Pesquisar neste blogue

15/06/2011

Por Portugal e Mais Nada !

Apesar de liberal e de não têr jurado fidelidade a D Miguel , a  Passos Manuel  nunca poderá negar-se o Amôr á Pátria   .Então , afirmou algo , que o celebrisou  :

 " A Rainha é o chefe da nação toda. E antes de eu ser de esquerda já era da Pátria. A Pátria é a minha política. "

Num tempo ,  em que se põe á frente da Pátria  , tudo e mais alguma coisa , convém Relembrar aos políticos ,assim como aos portuguêses esquecidos ,  sejam de esquêrda , do centro ou  de direita , qual deve sêr o foco .

O grande compositôr Português contemporâneo , Eurico Carrapatôso ,  tem vindo a maravilhar-nos , com algumas das mais belas composições  de sempre  , interpretadas internacionalmente  entre as quais , o Requiem á memória de Passos Manuel aqui apresentado .



12/06/2011

O Desejado

(Retrato de El Rey por  Vieira Lusitano)

O título só aparentemente é prosaico, pois dessa maneira o não queremos. Esperança, no sentido escatológico, emerge da raiz dos sentimentos mais nobres, e transcende, por exemplo, o anseio sobre as probabilidades de nas próximas semanas ou meses as leis do mercado ficarem mais favoráveis, ou de determinada figura poder vir a regenerar certo partido político ou meio social. Nestes anos iniciais e indecisos do século XXI, ao contrário das religiões (cada uma à sua maneira) que anunciam a Esperança num Salvador, o mundo profano, entendido como o meio onde só se pensa o lado material da vida, representado pelos grupos tecno-buro-plutocráticos, pelos governos orgulhosamente laicos (mas parece que nem tanto), não se atreve a pensar num Salvador. Já não dizemos um todo-poderoso, o que democraticamente soaria mal, mas pelo menos alguém de rara inteligência, que vindo na curva do destino sepultasse condignamente mediocridades e más-vontades.
Esta espécie de nihilismo da Esperança, que cresce como erva ruim no homem habituado a depender da conta bancária, nesse que se descentrou da sua verdadeira condição, não acontece apenas por sobranceirismo intelectual, mas por uma ignorância que a si mesmo já se não reconhece como tal.
Da Esperança como categoria escatológica, não pode haver semelhança ou mesmo analogia com qualquer outra, pois a primeira fundamenta-se na vinda de Alguém ou Algo que por fim justifique o sentimento de ânsia positiva a que chamamos Esperança; no segundo caso ela é apenas uma mezinha que, eficaz para um dado momento, logo se esfuma no efémero.
No que a palavra significa verdadeiramente é difícil encontrar semelhança entre a esperança de um político voraz ou de um religioso convicto e praticante, entre a de um cidadão laicizado e o compassivo e humilde servidor do próximo. Os tempos de modernidade, com aquilo que de bom (compensatório) têm trazido e muitas vezes não enxergamos, têm apagado a ideia de que uma ideologia não é uma filosofia ou doutrina, e uma religião ou credo espiritual não se regem por regulamentos ou constituições, necessários, mas que duram enquanto duram. Quando não há um Salvador (que é sempre um Desejado) não se acreditando num Ser enviado, não se admitindo a excepcionalidade individualizada (dada a tendência do actual ensino democrático nivelar “por baixo”, ou quem desponta encaixá-lo num grupo porque aí se esbaterá convenientemente), não havendo Esperança, em suma, o êxito de continuar, numa espera optimista, só pode vir ultrapassando e empurrando os outros – sejam países, associações, empresas e parceiros. É claro que o “salvador” só pode ser mais lucro!
É fulcral o contraste com um verdadeiro Salvador (Avatar) que as religiões apresentam – Aquele que por modos inefáveis, mas depois evidentes, constitui a Esperança salvífica, na medida em que há superação pessoal, aperfeiçoamento (alquimia) individual, polimento desde a pedra tosca ao diamante de luz. Superação pessoal e ajuda fraterna! Como é diferente da ideia (absurda) de um grupo económico ou partido político ajudar outros a crescerem, a minimizarem as suas dificuldades...
Não desconhecemos as interacções do ser humano nos vários sectores da vida actual, a verdade em tudo se cruza e entrecruza, mas queremos, para já, a utopia de que um dia as leis do mercado, quando o mercado for outro, sejam reflexo da ordem do Cosmos através da justeza (melhor que justiça), pelo número na divina proporção, conforme sabia Pitágoras. Um dia será Reino: num espaço e no tempo, mesmo que a isso chamemos outra dimensão. Cristo como Avatar da humanidade já disse que era possível. Mais: que seria um facto. O Salvador do mundo cristão, apresenta-nos contudo um ponto doutrinal único, e que assim remete a Esperança n´Ele para uma universalidade omniabrangente: é um Salvador que já veio e que regressará de novo. Entre estes dois marcos, eis o solo mais fértil para o germinar ou mais propriamente para o fortalecimento da Esperança, para uma sempre mais reverdecida Primavera da Humanidade.
Ao longo dos tempos, certos arquétipos religiosos, na roupagem dos mitos, vão-se estratificando psíquica e espiritualmente nas sociedades. É difícil encontrar uma nação que não tenha um salvador para os seus filhos. Quando as elites culturais (as únicas que podem estar vigilantes sobre o tónico espiritual para o seu povo) ou por não existirem ou por estarem impossibilitadas de algum modo, não podem alimentar esse mito salvador, a pátria entra na amargura, deixa de ter Esperança. Assim, é de admitir esta nuance de Esperança, interpondo-se entre a verdadeiramente escatológica e a outra, que não existe, no mundo dos negócios e das transações.
Esperança e Messianismo sempre de mãos dadas. Mas messianismos sem messias parece-nos absurdo. Só podemos entender a frase de André Neher «O Messias vem do Homem; é o que o homem dá a Deus» se esse mesmo homem viver em quotidiano religare, sendo uma espécie de circunferência que não ignora o seu centro. Parece que os i smos têm proliferado em boa parte derivados ao erro cometido.
O sentimento profético-salvífico, vindo do antigo judaísmo, enlaçado depois no cristianismo embora este de contornos diferentes, conhece, nos últimos dois séculos, certo declínio quando remete a esperança num salvador apenas dentro do homem. Dizemos certo declínio, porque este posicionamento é uma faca de dois gumes, e infelizmente o que mais tem cortado tem sido o que ganhou relevo no pressuposto de que a esperança e a acção procedem do ser humano transitório e não daquela chispa divina que nele habita, e muitos sabem ser real. É interessante observar que menos vezes aparece a palavra esperança nos textos bíblicos, comparativamente a uma outra - fé. Certo é que esta pressupõe aquela, mas o contrário pode não ser verdade. Tal como nos milenarismos do passado, perante a angústia da decepção, o sentimento de esperança era, muitas vezes, acompanhado do de revolta. Aí a interposição, digamos cultural, entre a palavra no autêntico sentido escatológico e a simples mezinha para melhorias de assuntos passageiros.
Ainda que o nosso Sampaio Bruno (1857-1915) acreditasse que a Esperança - personificada como é no Desejado - estaria no devir do próprio homem, do homem novo, o pensador português não ignorava o Salvador transcendente e, consequentemente, quanto mais não fosse o seu arquétipo a nortear a vida do homem-peregrino na Terra. Bruno utilizou bem a tal faca de dois gumes, e poderíamos dizer que o seu pão tem sido almejado por muitas gerações e até “multiplicado”, bem entendido, nas resultantes diversidades.
O problema fulcral da Esperança no contexto português viu-o lucidamente José Marinho (1904-1975), e chegado até nós na obra vinda recentemente a lume - Nova Interpretação do Sebastianismo e outros textos (Imprensa Nacional - Casa da Moeda). Não só nos diz que «a esperança é a virtude sebástica, por excelência» (pág. 36), como nos ilumina com esta ideia-chave - o mito sebástico é um colapso no tempo: «... Portugal, depois das descobertas e da aventura sebástica, saltou para fora do tempo (...) Aquele que vive até aos extremos limites do tempo e do espaço, não pode já caber no tempo e no espaço. Por isso nós dizemos que Portugal saltou fora do tempo» (pág 190). Na companhia de José Marinho, finalizamos com uma última citação: «E pois que a fé tem suas implícitas e explícitas concomitantes a esperança e a caridade, é o mito, é a lenda messiânica o sempre recomeçar da esperança e o restabelecer dos concretos laços fraternais que vinculam os homens». (pág. 137).
Também num admirável relance sintético, Pinharanda Gomes, em Dicionário de Filosofia Portuguesa (publicações D. Quixote, pág. 155), nos diz que: «o messianismo português é complexo e compósito, ininterrupto e persistente, apesar de eventuais quebras na sua filosofia através dos tempos. Se avaliarmos apenas pelo que se vê, concluiremos que a cristologia católica predomina sobre o messianismo hebraico e sobre o madismo muçulmano, mas não obsta ao surgimento de um messianismo que, embora radicado nas três tradições, se assume também em foros delas separados». Assim sendo, parece que o autor nos convida a viver esta tão heterodoxa Esperança portuguesa.
Vale a pena, para finalizar este artigo, uma referência ao livro recentemente editado pela Fundação Lusíada, Mapa Metafísico da Europa, do pintor e pensador Carlos Aurélio, obra de visão superior a mostrar que há outros modos de ver a Europa com mais Esperança, e menos cobiça económica. Para o autor existe uma geografia, simultaneamente da terra e do Homem deste nosso nosso continente que pode ser misticamente simbolizada um pouco além daquela figura conhecida como a Virgem Coroada de Heinrich Bünting, séc. XVI. No metafísico espaço europeu, útero de grandes culturas, da filosofia, do renascimento raiz da modernidade, ela tem um nome concreto e chama-se (hoje mais almejada do que nunca) Nossa Senhora da Esperança – radiosa e irradiante de Vila Viçosa, de Estremoz, de todo o Portugal, da Europa, do Mundo. «A Senhora é da Esperança ao modo da língua portuguesa antiga e popular ao designar a mulher quando grávida, esperando o filho: “está de esperanças”».
Fernando Pessoa disse que «a alma lusitana está grávida de divino». No referido livro de Carlos Aurélio sentimos que há uma Europa que também está metafisicamente grávida, e assim todo o mundo está “de esperanças”.
(in  «ESPERANÇA:
A escatológica e a que não existe nas finanças, na economia e na política» de Eduardo Aroso)

10/06/2011

Hoje , Também É Dia de Portugal !


 

“Quem nasce em Portugal é por Missão ou Castigo” - Profecia lapidar da Montanha de Sintra.

E a nossa grande Raça partirá em busca de uma Índia nova, que não existe no espaço, em naus que são construídas «daquilo que os sônhos são feitos». E o sêu verdadeiro e suprêmo destino, de que a obra dos navegadôres foi o obscuro e carnal ante-arremêdo, realizar-se-á divinamente.

(Profecia de Fernando Pessoa, extraída de A Nova Poesia Portuguesa no Seu Aspecto Psicológico, in A Águia, nº 12, II série.)

 
(O V Império)



 A VISÃO ESPECIAL de uma GRANDE PORTUGUÊSA ACÊRCA da VINDA do SENHÔR EL REY

«  
 
Homenagem a Portugal

(de Maria Ferreira da Silva)

em 09 Jun 2006
Evocando Luís de Camões por mais uma passagem do dia 10 de Junho, prestamos homenagem a Portugal com a Introdução do livro “O Avatāra” de Maria, obra dedicada a todos aqueles que pela sua realização espiritual, se vão tornando mais conscientes da responsabilidade universal que cabe a cada um, neste cantinho do mundo.
INTRODUÇÃO

Este livro é dedicado aos Discípulos
do Senhor Maitreya em Portugal e em
todo o mundo.

Este livro é uma narrativa sobre a descoberta dos excelsos e incomensuráveis mundos interiores no qual, gradualmente, readquiri a consciência divina, numa recriação de mim própria, aprofundando uma via de comunicação com os planos invisíveis, e aceitei ser transmissora das missivas de Avataras. Num todo de felicidade irrompeu a escrita inspirada para registo deste testemunho que o tempo não apagará. Muitas coisas fizeram parte deste percurso, num plano divinamente traçado pela Hierarquia Planetária em simultâneo com o Plano Divino de Portugal, para o nascimento de um Avatāra e futuramente do Senhor Maitreya no Tibete.

O Rei Menino
A descida de um Avatāra à Terra implica muito labor em dois níveis de actuação: o do mundo material e o do mundo espiritual. Requer a preparação das melhores condições possíveis materiais e físicas para a missão, que será feita por aqueles que do “outro lado” se prontificaram a colaborar, mas que por vezes, quando passam a viver no corpo físico na Terra se esquecem das suas ligações e obrigações cármicas e espirituais. Engloba também a preparação nos planos invisíveis da aproximação do Avatāra à esfera terrestre, preparando Ele próprio, com as entidades congéneres, os seres que virão a reincarnar futuramente, bem como a preparação através das Almas dos que, já reincarnados, serão o sustentáculo da Sua missão na Terra: pais, professores, amigos e inimigos e toda uma restante congregação de seres.

Nesta missão em que fui guiada pelos Mestres, tinha entre outras tarefas, a incumbência de chamar a atenção dos seres que colaborarão um dia com o Avatāra designado para nascer em Portugal. Alguns, renitentes, foram os espinhos da missão, para a qual, e por este motivo, tive de manter-me firme, convicta da minha pureza de intenções e de objectivos. Foi por isso necessário muito recolhimento, meditação e renúncia ao mundo, para entrar em estados espirituais que permitissem a comunicação com os Mestres e com Deus, sem interferências, a fim de melhor confiar em mim, com tranquila e calma aceitação. O caminho é tanto mais difícil, quanto mais se tem a noção duma missão.

Nos níveis ocultos há também outra congregação de seres actuando em simultâneo, visível e invisivelmente para dificultar a irradiação da Luz e a descida de um Avatāra que será a manifestação dessa Luz. É o eterno confronto da Luz com as Trevas. Eles manobram e tentam por todos os meios, desviar os seres do seu plano divino e arrastar as energias positivas para um sentido oposto àquele para que foram precipitadas e canalizadas.
Deus fez-me esta pergunta: “Se a humanidade não se desviasse do seu propósito, ou os seres do seu plano divino, como se justificaria a vinda de Messias ou Avatares?
Há pois duas causas: uma, é o impulso evolutivo que um Avatāra vem dar através de alguma iniciação colectiva e, como Poder manifestado, afectar a humanidade; outra, é a necessidade de reconduzir essa mesma humanidade ou povos, para uma atitude mais religiosa e pura de vida, pois aturdidos de tal forma na frivolidade material, descuidam as suas aspirações espirituais.

Quanto aos seres que têm por missão ajudar um Avatāra directamente, ou os que têm de preparar a Sua vinda, existe neles, como será evidente depreender, avançada evolução e fortes personalidades, dificultando até por essa razão o trabalho a realizar enquanto não atingirem a consciência mais nítida da missão, tanto no nível físico, como no nível espiritual. Já aconteceu, que seres, sendo mesmo Avataras, onde a Luz teria de manifestar-se conscientemente, encherem-se de orgulho, independência e liberdade, numa rebelião contra a missão que tinham, (pois sempre são espinhosas) e auto-convencerem-se de que têm livre arbítrio, usando-o abusiva ou incorrectamente.

Um ser quando já tem consciência da manifestação Divina, deixa a ilusão do livre arbítrio e só tem de preparar-se para cumprir o desígnio Divino, e já não tem vontade própria, condição ainda inerente àqueles que não têm consciência da sua divindade. Os que sabem quem são, só têm de aceitar a Vontade de Deus.
Os homens com o seu orgulho, independência e vaidade, abrem brechas que facilitam a entrada de influências vindas dos inimigos da Luz. Outros ligam-se a seres que por terem uma vibração menor e pouca evolução, facilmente os desviam do Plano ou Desígnio Divino, por vezes apresentando-se com intenções aparentemente nobres. Assim, para se trabalhar com os Mestres e Deus, e cumprir-se na totalidade a mCastelo de Tomarissão que compete, seja como suporte para a descida dum Avatāra, seja mesmo um Avatāra, é requerido um percurso espiritual intenso de meditação e afastamento da mediocridade do mundo, o que conduz ao despojamento dos escolhos da personalidade sendo o modo pelo qual se ouve a própria Alma e Deus. Temos de nos assemelhar na força a uma árvore que, no meio do deserto se prendeu firmemente à terra e que, mesmo abanada pela violência dos ventos, por nada será derrubada.

As forças do mal, todavia, são também necessárias à evolução a fim de que o homem faça um esforço contínuo sobre si mesmo, exercitando a inteligência para sobrepujá-las e prosseguir robustecido. Pelo seu lado elas também evoluem neste combate com as forças do bem e isto restabelece o equilíbrio universal e faz avançar a evolução. O mal existe para que o bem triunfe, e o mal, através do triunfo do bem, evolui. Um Avatāra vem sempre expor verdades espirituais, contudo vive incessantemente um drama, pois a humanidade afasta-se do seu propósito espiritual, ficando as mentes dos homens alheadas dessas linhas, acompanhando dificilmente um pensamento superior. Este drama transforma-se numa representação desempenhada no palco do mundo, sendo o Avatāra a figura principal entre as hostes de seres que o acompanham, (amigos e inimigos), que marca e regista historicamente a vida dum Avatāra.

Assim o objectivo deste livro é narrar um drama menor, numa antecipação e preparação para um drama maior, que marcará obviamente a vida espiritual e cultural de Portugal e que irradiará para o mundo a súmula da sabedoria realizada por Ele nesse momento da vida portuguesa e que, ao transpor as fronteiras, se tornará naturalmente sabedoria universal.
Este livro, feito a partir dos meus diários, abrange no tempo os anos de 1988 a 1993 e, no espaço para além de Portugal, a Inglaterra, Egipto, Índia, Nepal, Israel, Itália, Tibete, Tailândia, Madeira e Açores aonde viajei em missão espiritual.

Como já anunciei há alguns anos num pequeno livro intitulado “ Maitreya vem...” está a preparar-se um acontecimento de extrema importância que é a vinda do Senhor Maitreya (para os Cristãos é o Cristo), algures no tempo. Nesse livro conto, como tendo vivido casada e feliz vários anos, recebi inspirações espirituais que me indicavam ser necessário renunciar à família, ao mundo e ingressar num Mosteiro. Acabou por ser num Mosteiro Budista em Inglaterra, Amarāvati, onde aprofundei o desapego e a compreensão da ilusão do mundo e onde intensifiquei também a ligação com os Mestres, que por fim me deram uma missão para a qual tive de deixar também de ser monja e abandonar o Mosteiro, o que constitui agora a narrativa deste livro.

Quem são os Mestres, perguntarão?
Foram seres humanos que, pela sua alta evolução entraram já no Reino Espiritual, ou são grandes seres de outras evoluções ou origens que não a terrestre. Fazem parte de uma Hierarquia que liga a Divindade com a humanidade e procuram realizar o Plano Divino, inspirando os seres humanos. Por todos os povos têm passado ou surgido, e há narrativas por vezes extraordinárias dessas protecções e inspirações.
Os Mestres da Hierarquia Planetária, da qual a Ordem de Mariz é o ramo português, e com os quais trabalho são: o Mestre Jesus, que pela facilidade de ligação, ou afinidade refiro apenas como Mestre; Maitreya (1) ou Cristo, Aquele que se manifestou em Jesus na Palestina e que vem de novo; Mestre Morya; e Sanat Kumara, a quem chamam o “Rei do Mundo”. 


Tenho tentado alertar as pessoas para as realidades espirituais falando dos Mestres, do Plano Divino e da ligação da nossa História com o trabalho da Ordem de Mariz, a Ordem Espiritual invisível de Portugal. Afirmo pois a necessidade de consciencialização de que no momento actual esta mesma Ordem Espiritual está activa em Portugal, quer nos meios espirituais, quer nos meios culturais, ainda que insuspeitada. Porém, há ainda muito a fazer-se nesses campos e, se na nossa História a cultura esteve sempre muito ligada à religião, agora é a hora de dar mais atenção à espiritualidade. Por isto se entende uma ligação directa com os próprios Mestres e a Ordem de Mariz. Que a cultura dê as mãos à pura espiritualidade, que obviamente também ainda se encontra nos ensinamentos e ambientes religiosos e então teremos uma grande oportunidade de expandir a nossa cultura, de realizar outros “descobrimentos” e de servir de novo o Plano Divino.

(Ilustração de Raúl Lino no livro de Afonso Lopes Vieira «Bartolomêu do Mar»)
Para compreender-se a importância do momento actual, no qual se prepara por um lado, a vinda do Cristo ou Maitreya, por outro a do AvaMosteiro do Jerónimostāra nacional, convém saber que em Portugal têm reincarnado nas últimas décadas, muitos seres notáveis da nossa História, e que por dharma (2) ou karma (3), têm de continuar esta missão que vem sendo preparada há séculos. Posso mencionar alguns desses seres, conforme os tenho reconhecido ao longo destes anos. Aquêle que foi D.João I, tem feito um trabalho espiritual de ajuda a centenas ou milhares de pessoas. É um dos poucos seres que trabalha em grupo, com consciência de quem é, e da responsabilidade de ser membro da Ordem Espiritual Portuguesa. Também D.Duarte, filho de D.João I, inserido num grupo esotérico tem a consciência de quem foi e está a colaborar activamente, a seu nível com a Ordem de Mariz. Já o Infante Santo, assim como D.Afonso V, o Infante D.Pedro das Sete Partidas, D.João II, D.Afonso 1º Duque de Bragança, Infanta Santa Joana, etc, estão a trabalhar a sós ainda que se conheçam.

São seres de grande envergadura espiritual e trabalham com afinco na elevação espiritual dos portugueses, preparando-os para aceitarem e aspirarem à vinda de Cristo-Maitreya, de modo a que o campo astral e mental português e mundial possa melhorar e permitir a descida desse grande Ser e o êxito da Sua missão.
Há muitos portugueses com responsabilidades diversas que foram no passado Cavaleiros Templários, bem como da Ordem de Cristo e de Aviz. Há já algum tempo que a Ordem de Mariz dizia, estarem em Portugal os seus membros trabalhando a diferentes níveis. Hoje que os conheço verifico a veracidade de tal informação. E porque se juntam de novo tantos seres neste momento? Porque assim como em alguns momentos cruciais da História, eles se encontraram ligados entre si, pelos mesmos ideais e lutas e pela ligação espiritual à Ordem de Mariz, assim também hoje é uma hora importante de cooperação, pois as condições kármicas ou evolutivas de Portugal requerem a descida de energias mais elevadas trazidas por esses seres, para um evento tão importante como é, a descida de Avataras.

Portugal, por todo o seu passado histórico ou cultural, reuniu incansavelmente as condições favoráveis para tal evento. Não é um privilégio, mas sim o fruto de grande trabalho, diverso e muitas vezes até inconsciente. As diferenças dos níveis de consciência de trabalho resumem-se no seguinte: os que trabalham em grupos recebem as directrizes da Ordem de Mariz, através de intermediários; e os mais avançados por intuições, e podendo ou não ter consciência da proveniência das instruções, os isolados ou independentes, e não são muitos, recebem conscientemente as instruções da Ordem a até directamente do Senhor Maitreya, ou de outros Mestres seus colaboradores.

Ao ser um destes, tento agora com este livro feito de diários, ajudar os que se sentem preparados para estarem sós a compreenderem quanto é necessária a renúncia a nós próprios a aos outros para o Serviço dos Mestres, bem como os nossos karmas ou estados evolutivos podem ser acelerados quando a máxima aspiração brota e flui da nossa Alma. Os Mestres são exigentes e precisamos de nos temperar com a ousadia da auto-abnegação, não esperando recompensa. Precisamos de encher o nosso coração com a compreensão do Princípio e do Eterno e então a felicidade do Amor dos Mestres e de Deus, virá gradual e despercebidamente, como o crescimento das sementes e das flores.

Só então depois de despida a veste da personalidade, sem apegos e sem desejos egoístas, é que nos iremos juntar, e tanto pode ser nos planos visíveis, como invisíveis, trabalhando a um nível superior de consciência, directamente com Maitreya, inseridos num grupo especial de discípulos, os Iniciados. Temos então a consciência e a responsabilidade para O receber, ou para prepararmos intensamente o campo de forças necessário à Sua vinda, quer agora, ou mais tarde. O que interessa como Serviço é esta preparação energética, quer sejamos nós a recebê-LO, quer sejam outros futuramente.

(Gravura de Ana Paula Roque)
Nota (1) - Maitreya, nome que vem do adjectivo sânscrito, “Maitri”, Compassivo e que é atribuído ao próximo iluminado divino ou Buddha. Corresponde ao Cristo, esperado na Sua segunda vinda pelos ocidentais, ou a outros seres das profecias de outras religiões.
(2) - Karma, palavra sânscrita, significativa da Lei de causa e efeito, “o que semeias, colhes”. É o resultado das nossas acções levadas a cabo em existências anteriores e nesta vida. Assim a nossa posição actual depende do karma. Os Upanisads, um dos conjuntos mais sagrados de textos da Índia, dizem: “Consoante a acção levada a efeito pelo homem, assim será a sua existência futura”.
(3) - Dharma- esta palavra sânscrita, significa lei, dever, missão própria de cada ser. Dharma e karma não são dissociados, um faz parte do outro, o que vai sendo construído de positivo em vidas sucessivas, acumula bom karma e é esse bem adquirido que se transforma em norma ou conduta prescrita.
(4) - Avatar- em sânscrito: Avatāra. Manifestação divina na Terra, incarnação total ou parcial num ser. Na religião Hindu, Krisna e Rāma são os mais conhecidos. No Ocidente, Jesus foi um “Avatāra”.
(® http://www.fundacaomaitreya.com)



03/06/2011

Um Sêr Humano e Português Extraordinários -João Antunes, O Padre Bôi de Condeixa-a-Nova

Hoje senti vontade de vos falar do Padre João Antunes . Na História extraordinária de Portugal , sempre houve , Grandes Heróis e Personagens Fantásticos .Uns imortalmente conhecidos , e outros , Sêres Humanos e Portuguêses fantásticos , desconhecidos da grande maioria do Pôvo . O padre João Antunes é um dêles .Não vos vou maçar com as minhas palavras .Deixo-vos com palavras sabedôras .



"Eis o Padre-Boi, sua alcunha. Comilão émulo de D. Carlos. Eu parava na rua, deslumbrado e estarrecido, para lhe admirar o porte e lhe beber as famas. Financiava do seu desgorvenado bolso uma Escola de Artes e Ofícios; com mestres de quilates; morreu sem um lençol na cama. Mas entretanto a vila multiplicara-se em pintores de Domingo, Marceneiros-artistas, Ferreiros, Compositores Populares."
 (Fernando Namora)


«
"João Augusto Antunes nasceu em Coimbra, em 15 de Novembro de 1863, filho legítimo de Luís Antunes, criado de servir, e de Teresa de Jesus, ambos naturais de Semide, Miranda do Corvo. Foi baptizado a 30 do mesmo mês, na igreja de S. Bartolomeu.
De criado de servir, Luís Antunes transformou-se num abastado talhante da Lusa Antenas, onde adquiriu casa na Rua da Ilha e terrenos, parte dos quais actualmente ocupados pelo edifício do Hotel Avenida e pelo parque Dr. Manuel Braga.
A razoável abastança de Luís Antunes permitiu-lhe dar ao filho uma formação superior.
Licenciou-se em Teologia e Direito.
Dr. João Augusto Antunes inicia a sua actividade profissional como conservador do Registo Predial de Condeixa.
... Ele era corpulento e já se afirma que tinha o tamanho de uma torre, tinha o seu fraco por mulheres (diz-se que teria pelo menos 35 filhos provenientes de várias mulheres), comprovados conhecem-se-lhe 13 filhos de 5 mulheres diferentes, tinha o seu fraco por mulheres e propala-se que deixou filhos por tudo quanto era sítio, adorava mesa farta e não falta quem jure que a alcunha de "Padre-Boi" lhe adveio de ter ganho a aposta de comer num jantar um boi inteiro ...
Faleceu em 26 de Agosto de 1931, estando sepultado no cemitério de Condeixa". »
(in Dr João Antunes , o Padre Bôi  de  M. Rodrigues dos Santos-Edição da C M  de Condeixa)
« Dr. João Antunes - "Padre-Boi"
O perfil da personalidade mais carismática da história de Condeixa traça-se entre a figura extraordinária de cabeleira leonina, porte hercúleo e de veio erudito e a proximidade natural e afável com a arraia-miúda. Entre a bonomia, a alegria contagiante, a gargalhada sempre pronta e tonitruante e a luta afincada e nem sempre risonha pela prosperidade cultural e material da terra. Entre uma generosidade sem limites, a que não estorvava a míngua de recursos e a riqueza do exemplo e do legado deixados. Entre o homem e a obra.
João Augusto Antunes nasce em Coimbra, em 1863. O relativo desafogo económico dos pais possibilitou-lhe uma formação superior: conclui o curso de Teologia, obtém ordenação sacerdotal e prossegue estudos na faculdade de Direito. Vem para Condeixa, na qualidade de Conservador do Registo Predial, e exerce funções religiosas enquanto coadjutor do pároco da vila e capelão da casa Ramalho.
Detentor de uma cultura excepcional, dedicado à pintura e, acima de tudo, musicólogo de reconhecido mérito, converteu operários e trabalhadores rurais da terra em cantores-corais, constituindo o primeiro orfeão popular do país. A primeira audição do assim designado Orfeão dos Trabalhadores e Artistas de Condeixa teve lugar na Igreja-Matriz de Condeixa-a-Nova, em 1903, ao que se seguiram inúmeras apresentações por todo o país que colheram rasgados elogios da crítica.
Preocupado com a orientação profissional dos jovens do concelho (na sua maioria desprovidos de qualquer instrução) e desejoso de despertar talentos artísticos desconhecidos, instituiu uma Escola de Desenho Industrial que em larga medida custeava.
A alcunha de "Padre-Boi", com que ficou popularizado, adveio-lhe da compleição física avantajada e de um apetite voraz; proliferam os episódios caricatos sobre a sua gula impenitente que terá mesmo motivado a sua aproximação ao rei D.Carlos, numa sua visita a Condeixa. O monarca, que para além dos interesses gastronómicos, rapidamente encontrou outras afinidades com o douto João Antunes, distinguiu-o, mais tarde, com a nomeação de Capelão da Casa Real.
Apesar de profundamente devoto, o seu modo de vida algo boémio e a prole numerosa que sempre assumiu (prova inequívoca dos sêus deslizes profanos) suscitaram conturbação na Igreja, tendo-lhe valido diversas admoestações do Bispo.
A morte sobreveio em 1931, pondo termo a uma vida de entrega à comunidade que lhe granjeou a admiração, o respeito e a saudade de quantos o conheceram e de quantos, hoje, se revêem na sua obra.»
Espero que tenham ficado a gostar tanto do Padre Bôi como êu !

~ Cruz e Ferro - São Frei Nuno de Santa Maria ~ ~ No Tempo em Que A Igreja Católica Em Portugal, Era A Igreja Cristã de Portugal ~

A pátria não se discute, nem se condiciona a acordos e juramentos; está acima dos direitos dos homens. Se for necessário mudam-se as const...