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04/10/2017

Nós Somos Livres, O Nosso Rey É Livre e As Nossas Mãos, Pela Graça de Cristo, Libertar-Nos-Ão!






5 de Outubro de 1143 a 5 de Outubro de 2021
  Nós somos livres, o nosso Rei é livre e as nossas mãos libertaram-nos

http://purl.pt/12915
Nos liberi sumus, Rex noster liber est, manus nostrae nos liberverunt
A  Precedência de Portugal e da Monarquia de Portugal, sôbre a "introducção"  forçada pela Maçonaria  internacional dum vírus infecto  estranho  ao Côrpo da Nação, a  chamada  "implantação da república" , é ÓBVIA e ABSOLUTA!


Portugal é o único país do mundo que não celebra oficialmente a data da sua fundação como país independente, o dia do seu aniversário. E este sim é motivo de festa, de vaidade e de coesão nacional.
Aclamação d'El-Rey em Ourique
Ao invés,o regime republicano jacobino-Maçónico , prefere comemorar a data em que, contra a vontade do Pôvo Português, se PRETENDEU(Porque a História de Portugal , ainda não acabou...) acabar com 800 anos de História, acabar com a  Monarquia de Portugal, através dum golpe-de-estado ILEGAL e Criminôso, que iniciou uma guerra  Fratricida entre Portuguêses.
Para o Regime Maçónico que Tiraniza Portugal,   o dia 5 de Outubro é o SEU feriado, o feriado do   laicismo republicano de 1910, que pretendem IMPÔR aos Portuguêses.

Após a implantação SANGUINÁRIA, Ilegal e Forçada  ao Pôvo Português, da "República", assistem-se a perseguições selváticas e assassinas não só ao Pôvo(que na sua MAIORIA se opunha) mas também á Igreja Católica(que por fim, nêstes Dias Finais que correm, já se lhes vendeu...), seguindo-se uma enorme agitação popular , e (des)govêrnos que duravam dias...e assim continua a acontecêr em Portugal, que Nunca Viu na Sua Linda História, tanto Descalabro, tanta Destruição, tanto Fartar Vilanagem como agora.
A maçonaria instalada em Portugal, obedecendo a ordens da Maçonaria internacional, pretendia criar uma República Ibérica de raiz Hispânica e para isso contactou, no país vizinho, organizações irmãs de forma a levarem a cabo a destituição do Rei Afonso XIII.
Importa referir que algum tempo após a "implantação da república", os cabecilhas de então, iniciam contactos com a Inglaterra tendo por objectivo aquilatar se esse país se oporia à absorção e ao desaparecimento de Portugal.
Porque será que o nosso País, com mais de oitocentos anos de História deixou de se chamar Portugal e se passou a chamar de  "república portuguesa"?
A resposta é óbvia. A Maçonaria Globalista é que (por enquanto...) "manda" em Portugal!!!


A "república" , nunca sufragada pelos Portuguêses,  É ILEGAL! 



Oficialmente no dia 5 de Outubro é "comemorada" a "implantação da república" que teve como acto preparatório o assassinato de El-Rei D. Carlos, por ordem expressa da Carbonária, braço armado da Maçonaria,



ignorando completamente, as "autoridades republicanas" - actuais e passadas - que foi no dia 5 de Outubro de 1143, com o Tratado de Zamora e na presença do Legado Pontifício, Cardeal Guido de Vico, que D. Afonso VII de Leão reconhece a existência de  PORTUGAL como REINO INDEPENDENTE.



Mas recordêmos El-Rey Dom Afonso Henriques, O Primeiro de Portugal e os acontecimentos da época, de que foi protagonista principal, e que levaram ao Tratado de Zamora.


Acerca d´El-Rey diz Bernardo de Brito o seguinte:
"Foi o Rei D. Afonso homem grande de corpo & quase agigantado, teve o cabelo castanho & muy comprido, a boca grossa, o rosto & nariz comprido, os olhos castanhos claros & grandes, sendo velho foi calvo na fronte & todas as suas coisas foram cheias de Majestade & grandeza de ânimo, seu retrato ficou do tempo de D. Manuel, que o mandou tirar quando trasladou seu corpo do primeiro lugar a outro em que agora está & de pedra o mandou esculpir sobre a mesma sepultura: difere do esculpido..." »
D.Afonso I - O Conquistador
- (1139 - 1185 ) -

 
 
Os muçulmanos, em sinal de respeito, chamavam-lhe  Ibn-Arrik («filho de Henrique», tradução literal do patronímico Henriques) ou  El-Bortukali («o Português»)
 


 
Ainda que no princípio do seu reinado D. Afonso Henriques fôsse obrigado a submetêr-se ao seu primo Afonso VII, começou a usar o título de Rei depois da sua victória sobre os Muçulmanos em Ourique 25 de Julho de 1139.


 
 
Em 1143 o seu primo aceitou a sua autonomia, mas o título de rei só foi formalmente concedido em 1179, quando El-Rey D.Afonso Henriques colocou Portugal sob a protecção directa da Santa Sé ( no pontificado de Alexandre III ), prometendo um tributo anual.




 

 
A Batalha de Ourique

http://macieluxcitania.blogspot.pt/2011/05/o-milagre-de-ourique-o-plano-do-senhor.html

Em 1131 muda a capital de Guimarães para Coimbra.


Em 1135 conquista Leiria



Em 1137 vence os Leoneses na batalha de Cerneja, mas os moiros aproveitando-se das quezílias entre D. Afonso Henriques e o seu primo Afonso VII, conquistam o Castelo de Leiria, e ameaçam Coimbra.

D. Afonso Henriques convence o Rei de Leão e Castela a fazêr as pazes em Tui, e reconquista Leiria (1145). 

 
 A seguir lança-se sobre os mouros e vence-os na
Batalha de Ourique a 25 de Julho de 1139.


A partir deste momento D. Afonso Henriques considera-se rei de facto. Comunica essa decisão a Afonso VII, mas este não aceita. 


O Tratado de Zamora (1143)


http://blog.rumbo.pt/passeio-cultural-historico-portimao/2016-05-13/

Após cerca de três anos sem hostilidades entre os dois territórios vizinhos, o encontro de Zamora serviu para definir as cláusulas da paz e, possivelmente, os limites de cada Reino.




 Ao mesmo tempo, foi reconhecido o
título de Rei a D. Afonso Henriques, reafirmando-se os seus laços de vassalagem em relação a Leão, porque Afonso VII considerava-se Imperador e portanto podia ter reis como vassalos.

O Tratado de Zamora foi um diploma resultante da conferência de paz entre D. Afonso Henriques e seu primo, Afonso VII de Leão e Castela, celebrado a 5 de Outubro de 1143.

Esta é, portanto, considerada como a data da Independência de Portugal e o início da Dinastia Afonsina, a de Borgonha.




 E foi PRECISAMENTE êste DIA de Portugal e Feriado Nacional que  foi suspenso pelos Traidôres de Portugal,  os Carbonários  republicanos ILEGALMENTE  no podêr dêsde  há 100 e tal anos, e que paulatinamente  têm irremediávelmente Destruído a Memória Material e muita Imaterial de Portugal, assim como têm Destruído mentalmente, várias Gerações de Portuguêses, afastando-as das suas Verdadeiras Raízes.


Em Zamora, revogou-se o anterior Tratado de Tui datado de 1137.

O Douro, Zamora e a Catedral

Vitorioso na Batalha de Ourique, em 1139, D. Afonso Henriques beneficiou da acção desenvolvida, em favor da constituição do novo Reino de Portugal, pelo arcebispo de Braga, Dom João Peculiar. 

http://www.arqnet.pt/dicionario/peculiar.html
 Dom João Peculiar,

Êste procurou reconciliar os dois primos e fez com que êles se encontrassem em Zamora nos dias 4 e 5 de Outubro de 1143 na presença do cardeal Guido de Vico.

 
Pelos termos do tratado, Afonso VII concordou em que o Condado Portucalense passasse a ser Reino, tendo D. Afonso Henriques como seu REX-REI .
Embora reconhecesse a independência de Portucale, D. Afonso Henriques continuava a ser seu vassalo, pois D. Afonso VII para além de ser rei de Leão e Castela, considerava-se o imperadôr de toda a Hispânia.


Contudo nunca D. Afonso Henriques lhe prestou vassalagem, sendo caso único de entre todos os reis existentes na península Ibérica.

A soberania portuguesa, reconhecida por Afonso VII em Zamora, veio a ser confirmada pelo Papa Alexandre III só em 1179, mas o título de "rex", que D. Afonso Henriques usava desde 1140, foi confirmado em Zamora, comprometendo-se então o monarca português, ante o cardeal, a considerar-se vassalo da Santa Sé, obrigando-se, por si e pelos seus descendentes, ao pagamento de um censo anual.


A partir de 1143 D. Afonso Henriques vai enviar ao Papa remissórias declarando-se seu vassalo lígio e comprometendo-se a enviar anualmente uma determinada quantia de ouro.

As negociações vão durar vários anos, de 1143 a 1179.

http://www.arqnet.pt/portal/portugal/documentos/manifestis_probatum.html

Em 1179 o Papa Alexandre III envia a D. Afonso Henriques a "Bula Manifestis probatum"; neste documento o Papa aceita que D. Afonso Henriques lhe preste vassalagem directa, reconhece-se definitivamente a independência do Reino de Portugal sem vassalagem em relação a D. Afonso VII de Leão e Castela (pois nenhum vassalo podia ter dois senhores directos) e D. Afonso Henriques como primeiro rei de Portugal, ou seja, Afonso I de Portugal.

 As Côrtes de Lamêgo


http://solaresebrasoes.blogspot.pt/search/label/Lamego

 Seguidamente, D. Afonso Henriques convoca   as primeiras rtes em Lamego, no mêsmo ano do Tratado de Zamora, 1143.
Fôram reunidas por El-Rey , em Lamêgo, na Igreja de Santa Maria de Almacave .


De acordo com o hábito e costumes portugueses o poder do Rei sempre adveio de um pacto com as Cortes – que no fundo era um Congresso de Chefes – por isso o Rei de Portugal é Aclamado e não Coroado. Firmado esse pacto, o Rei seria assim o primus inter pares entre os barões do reino.

http://www.dodouro.com/noticia.asp?idEdicao=306&id=19549&idSeccao=3447&Action=noticia
No caso particular de Portugal, e sempre tal aconteceu desde o próprio Rei Fundador Dom Afonso Henriques, o Rei é Aclamado e nunca imposto! Ou seja, apesar do Príncipe herdeiro suceder ao Rei falecido existe uma participação dos Pares do Reino e do Povo que ratifica essa sucessão sendo que esse passo é o acto jurídico que verdadeiramente faz o Novo Rei! Nos 771 anos da Monarquia Portuguesa o Rei sempre reinou por delegação da comunidade portuguesa que reunida em Cortes o Aclamou e fez Rei.
Então nesta sessão da Assembleia convocada por Dom Afonso Henriques que ficaram conhecidas como Cortes de Lamêgo reuniu-se a nobreza, o clero, assim como procuradores dos concelhos de todo o Condado Portucalense.
Nessa sessão, os representantes terão eleito o jovem Infante e regulado a sucessão dinástica do Reino de Portugal.
ACTAS DAS CORTES DE LAMÊGO
‘Em nome da santa, e indivisa Trindade Pai, Filho, e Espírito Santo, que é indivisa, e inseparável. Eu, Dom Afonso filho do Conde D. Henrique, e da Rainha Dona Teresa neto do grande D. Afonso, Imperador das Espanhas, que pouco há que pela divina piedade fui sublimado à dignidade Rei. Já que Deus nos concedeu alguma quietação, e com seu favor alcançamos vitória dos Mouros nossos, inimigos, e por esta causa estamos mais desalivados, porque não suceda depois faltar-nos o tempo, convocamos a Cortes, todos os que se seguem: o Arcebispo de Braga, o Bispo de Viseu, o Bispo do Porto, o Bispo de Coimbra, o Bispo de Lamego, e as pessoas de nossa Corte que se nomearão abaixo, e os procuradores da boa gente cada um por suas Cidades, convém a saber por Coimbra, Guimarães, Lamego, Viseu, Barcelos, Porto, Trancoso, Chaves, Castelo Real, Vouzela, Paredes Velhas, Seia, Covilhã, Monte Maior, Esgueira, Vila de Rei, e por parte do Senhor Rei Lourenço Viegas havendo também grande multidão de Monges, e de clérigos.

Juntámo-nos em Lamego na Igreja de Santa Maria de Almacave. E assentou-se o Rei no trono Real sem as insígnias Reais, e levantando-se Lourenço Viegas procurador do Rei disse:
“Fez-vos ajuntar aqui o Rei D. Afonso, o qual levantastes no Campo de Ourique, para que vejais as letras do Santo Padre, e digais se quereis que seja ele Rei.”
Disseram todos:
– “Nós queremos que seja ele Rei.”
E disse o procurador:
– “Se assim é vossa vontade, dai-lhe a insígnia Real.”
E disseram todos:
– “Demos em nome de Deus.”
E levantou-se o Arcebispo de Braga, e tomou das mãos do Abade de Lorvão uma grande coroa de ouro cheia de pedras preciosas que fora dos Reis Godos, e a tinham dada ao Mosteiro, e esta puseram na cabeça do Rei, e o senhor Rei com a espada nua em sua mão, com a qual entrou na batalha disse:
– “Bendito seja Deus que me ajudou, com esta espada vos livrei, e venci nossos inimigos, e vós me fizestes Rei e companheiro vosso, e pois me fizestes, façamos leis pelas quais se governe em paz nossa terra.”


Disseram todos:
– “Queremos Senhor Rei, e somos contentes de fazer leis, quais vos mais quiserdes, porque nós todos com nossos filhos e filhas, netos e netas estamos a vosso mandado.”
Chamou logo o Senhor Rei os Bispos, os nobres, e os procuradores, e disseram entre si, façamos primeiramente leis da herança e sucessão do Reino, e fizeram estas que se seguem.
Viva o Senhor Rei Dom Afonso, e possua o Reino. Se tiver filhos varões vivam e tenham o Reino, de modo que não seja necessário torná-los a fazer Reis de novo. Deste modo sucederão. Por morte do pai herdará o filho, depois o neto, então o filho do neto, e finalmente os filhos dos filhos, em todos os séculos para sempre.
Se o primeiro filho do Rei morrer em vida de seu pai, o segundo será Rei, e este se falecer o terceiro, e se o terceiro, o quarto, e os mais que se seguirem por este modo.
Se o Rei falecer sem filhos, em caso que tenha irmão, possuirá o Reino em sua vida, mas quando morrer não será Rei seu filho, sem primeiro o fazerem os Bispos, os procuradores, e os nobres da Corte do Rei. Se o fizerem Rei será Rei e se o não elegerem, não reinará.
Disse depois Lourenço Viegas Procurador do Rei, aos outros procuradores:
– “Diz o Rei, se quereis que entrem as filhas na herança do Reino, e se quereis fazer leis no que lhes toca?”
E depois que altercaram por muitas horas, vieram a concluir, e disseram:
– “Também as filhas do senhor Rei são de sua descendência, e assim queremos que sucedam no Reino, e que sobre isto se façam leis”, e os Bispos e nobres fizeram as leis nesta forma.


Se o Rei de Portugal não tiver filho varão, e tiver filha, ela será a Rainha tanto que o Rei morrer; porem será deste modo, não casará se não com Português nobre, e este tal se não chamará Rei, se não depois que tiver da Rainha filho varão. E quando for nas Cortes, ou autos públicos, o marido da Rainha irá da parte esquerda, e não porá em sua cabeça a Coroa do Reino.
Dure esta lei para sempre, que a primeira filha do Rei nunca case senão com português, para que o Reino não venha a estranhos, e se casar com Príncipe estrangeiro, não herde pelo mesmo caso; porque nunca queremos que nosso Reino saia fora das mãos dos Portugueses, que com seu valor nos fizeram Rei sem ajuda alheia, mostrando nisto sua fortaleza, e derramando seu sangue.
Estas são as leis da herança de nosso Reino, e leu-as Alberto Cancheler do senhor Rei a todos, e disseram, boas são, justas são, queremos que valham por nos, e por nossos descendentes, que depois vierem.
E disse o Procurador do senhor Rei.


– “Diz o senhor Rei. Quereis fazer leis da nobreza, e da justiça?”
E responderam todos:
– “Assim o queremos, façam-se em nome de Deus”, e fizeram estas.
Todos os descendentes de Sangue Real, e de seus filhos e netos sejam nobilíssimos. Os que não são descendentes de Mouros ou dos infiéis Judeus, sendo Portugueses que livrarem a pessoa do Rei ou o seu pendão, ou algum filho, ou genro na guerra sejam nobres. Se acontecer que algum cativo dos que tomarmos dos infiéis, morrer por não querer tornar a sua infidelidade, e perseverar na lei de Cristo, seus filhos sejam nobres. O que na guerra matar o Rei contrário, ou seu filho, e ganhar o seu pendão seja nobre. Todos aqueles que são de nossa Corte, e têm nobreza antiga, permaneçam sempre nela. Todos aqueles que se acharam na grande batalha do Campo de Ourique, sejam como nobres, e chamem-se meus vassalos assim eles como seus descendentes.
Os nobres se fugirem da batalha, se ferirem alguma mulher com espada, ou lança, se não libertarem ao Rei, ou a seu filho, ou a seu pendão com todas suas forças na batalha, se derem testemunho falso, se não falarem verdade aos Reis, se falarem mal da Rainha ou de suas filhas, se forem para os Mouros, se furtarem as coisas alheias, se blasfemarem de nosso Senhor Jesus Cristo, se quiserem matar o Rei, não sejam nobres, nem eles, nem seus filhos para sempre.
Estas são as leis da nobreza, e leu-as o Chanceler do Rei, Alberto, a todos. E responderam: “boas são, justas são, queremos que valham por nós, e por nossos descendentes que vierem depois de nós.”
Todos os do Reino de Portugal obedeçam ao Rei e aos Alcaides dos lugares que aí estiverem em nome do Rei, e estes se regerão por estas leis de justiça. O homem se for compreendido em furto, pela primeira, e segunda vez o porão meio despido em lugar público, aonde seja visto de todos se tornar a furtar, ponham na testa do tal ladrão um sinal com ferro quente, e se nem assim se emendar, e tornar a ser compreendido em furto, morra, pelo caso, porem não o matarão sem mandado do Rei.

http://www.tribop.pt/MBd/2/2/52

A mulher se cometer adultério a seu marido com outro homem, e seu próprio marido denunciar dela à justiça, sendo as testemunhas de crédito, seja queimada depois de o fazerem saber ao Rei e queime-se juntamente o varão adultero com ela. Porem, se o marido não quiser que a queimem, não se queime o cúmplice; mas fique livre; porque não é justiça que ela viva, e que o matem a ele.
Se alguém matar homem seja a quem quer que for, morra pelo caso. Se alguém forçar virgem nobre, morra, e toda sua fazenda fique a donzela injuriada. Se ela não for nobre, casem ambos, quer o homem seja nobre, quer não.
Quando alguém por força tomar a fazenda alheia, vá dar o dono querela dele à justiça, que fará com que lhe seja restituída sua fazenda.
O homem que tirar sangue a outrem com ferro amolado, ou sem ele, que der com pedra, ou algum pau, o Alcaide lhe fará restituir o dano e o fará pagar dez maravedis.
O que fizer injúria ao Agoazil, Alcaide, Portador do Rei, ou a Porteiro, se o ferir, ou lhe façam sinal com ferro quente, quando não 50 marevedis, e restitua o dano.
Estas são as leis de justiça e nobreza, e leu-as o Chanceler do Rei, Alberto, a todos, e disseram:
– “Boas são, justas são, queremos que valham por nós, e por todos nossos descendentes que depois vierem.”


 E disse o Procurador do Rei, Lourenço Viegas:
– “Quereis que o Rei nosso senhor vá ás Cortes do Rei de Leão, ou lhe dê tributo, ou a alguma outra pessoa tirando o senhor Papa que confirmou no Reino?”
E todos se levantaram, e tendo as espadas nuas postas em pé disseram:
– “Nós somos livres, nosso Rei é livre, nossas mãos nos libertarão, o senhor que tal consentir, morra, e se for Rei, não reine, mas perca o senhorio.”
E o senhor Rei se levantou outra vez com a coroa na cabeça, e espada nua na mão falou a todos:
– “Vós sabeis muito bem quantas batalhas tenho feitas por vossa liberdade, sois disto boas testemunhas, e o é também meu braço, e espada; se alguém tal coisa consentir, morra pelo mesmo caso, e se for filho meu, ou neto, não reine”: e disseram todos: “boa palavra, morra o Rei se for tal que consinta em domínio alheio, não reine”; e o Rei outra vez:
– “Assim se faça, etc.”

http://www.tribop.pt/MBd/2/2/52
Terá sido então proferido o famoso Grito de Almacave, em latim:
Nos liberi sumus, Rex noster liber est, manus nostrae nos liberverunt


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Tôdo êste Artigo é baseado em e adaptado de textos que se podem encontrar nos seguintes sítios:

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