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28/03/2011

A Menina que Vôa !

Voar
Sei de uma rapariga que vôa. Chama-se Natsumi Hayashi, é fotógrafa e vive em Tóquio. Digo que ela vôa, por vêr as suas fotografias, de que gosto tanto. A bem dizêr não tenho outras provas. Mas nas suas fotografias, acreditem, ela está sempre a voar. E são muitas centenas de imagens, a horas diferentes, em lugares distantes. Onde quer que se faça vêr, Natsumi Hayashi levita, como se pudesse deslocar-se em vôo. Às vezes surge um registo por dia, no esplêndido diário, em forma de blogue, que ela mantém. Se quiserem ir espreitar, o enderêço é o seguinte: http://yowayowacamera.com/ . Quem lá fôr fica a sabêr que esta conversa é a sério e passará a conhecêr alguém que vôa.
Às vezes perguntam-me onde é que no mundo está a poesia. Acho que tôdos sabemos como o mundo pode sêr um lugar prosaico e violento, sem fulgôr nenhum, uma máquina de tortura para as questões do espírito, uma parede implacável que nos derruba. Mas não será apenas isso o mundo. E mêsmo quando êle se parece reduzir dolorosamente a isso, não podêmos esquecêr que todos os dias êle é salvo. A mim faz-me bem relêr o poêma que Jorge Luís Borges escrevêu sobre aquêles que salvam o mundo. Chama-se “Os justos”:
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«Um homem que cultiva o sêu jardim, como sugeria Voltaire.
O que agradece que na terra haja música.
O que descobre com prazêr uma etimologia.
Dois empregados que num café do Sur jogam um silencioso xadrez.
O ceramista que premedita uma côr e uma forma.
O tipógrafo que compõe bem esta página, que talvez não lhe agrade.
Uma mulher e um homem que lêem os tercêtos finais de um certo canto.
O que acaricia um animal adormecido.
O que justifica ou quer justificar um mal que lhe fizeram.
O que agradece que na terra haja Stevenson.
O que prefere que os outros tenham razão.
Essas pessoas, que se ignoram, estão a salvar  o mundo».

Foto

No sentido do poêma de Borges, eu não tenho dúvidas que as fotografias de Natsumi Hayashi estão a salvar o mundo. O primeiro juízo que se faz sobre elas é que são estranhas. Olhamos repetidamente para percebêr o que nelas acontece, como é que a situação que relatam foi produzida, essas coisas. É verdade, que se pode arrumar depressa o assunto dizendo: “está bem, é uma miúda aos pulos em contextos diversos de um quotidiano urbano, nada mais”. Porém, dizêr isso, anula o trabalho de restauração do mundo que está a sêr posto em prática. As imagens de Natsumi Hayashi documentam o sonho que todos têmos, pois como Ícaro, o herói grêgo, também nós aspiramos por sair do nosso labirinto. Ícaro experimentou sair com umas asas de cêra e pênas fabricadas por Dédalo, sêu pai. E nós? A história humana, a grande e a pequena história humana, não passa de um estaleiro imenso ao serviço da invenção de asas. Natsumi Hayashi como que nos ajuda a pedir: “O voo nosso de cada dia, nos dá hoje”. É uma oração necessária. Sim, é possível a cada um de nós erguêr-se do peso das coisas, transcendêr-se, perfurar a cápsula de penumbra e desânimo que se abate sôbre a vida, êlevar-se, recolocar-se perante a linha límpida do horizonte.

Foto


José Tolentino de  Mendonça
In Diário de Notícias (Madeira)
27.03.11

AQUI TAMBÉM SE FALA e ESCREVE PORTUGUÊS , E SEMPRE SE FALARÁ e ESCREVERÁ PORTUGUÊS!




Aqui escreve-se e sempre se escreverá em Português!

«Eu, porém, não defendo - nem, presumo, defender alguém - o critério de que o Estado, onde tem ingerência, admita variações ortográficas. Como o indivíduo, o Estado - que em certo modo é também um indivíduo - adopta a - e uma só - ortografia, boa ou má, que entende, e impõe-a onde superintende.»
 Fernando Pessoa em A Língua Portuguesa.
«Vamos desobedecer! Nunca foi tão fácil ignorar impunemente um acordo feito atrás das nossas costas, enquanto dormíamos, por quem estava sempre a acordar.»
 Miguel Esteves Cardoso sobre o novo (des)acordo ortográfico.
«A elaboração, aprovação e aplicação do Acordo Ortográfico é um escândalo nacional. Um verdadeiro case study sobre a falta de transparência e democraticidade com que dossiers da Cultura, da Educação e da Ciência são sistematicamente tratados em Portugal.»
António Emiliano em Apologia do Desacordo Ortográfico.
Foi com uma sentida tristeza e um profundo pesar que recebemos hoje a confirmação da sentença de morte da língua portuguesa às mãos do novo (des)acordo ortográfico. A Presidência do Conselho de Ministros determinou a aplicação do novo (des)acordo ortográfico da língua portuguesa no sistema educativo já  no próximo ano lectivo de 2011-2012. Este culturicídio estender-se-á ao Governo e a todos os serviços, organismos e entidades na sua dependência, bem como à publicação do Diário da República, a partir do dia 1 de Janeiro de 2012. Não obstante, a própria Rádio Televisão Portuguesa começou já a contaminar os seus espectadores, pelo que incitamos e apoiamos o seu boicote.
Ao longo do último ano fomos assistindo de uma forma lamentável à gradual adopção da nova ortografia por grande parte dos jornais e revistas portuguesas, com as notáveis excepções de publicações como Público e O Diabo, os únicos periódicos que a partir de hoje passarão a merecer o nosso carinho e respeito pela sua patriótica posição. 
Aos que insistem em classificar esta mudança como irreversível e fruto do progresso, gostaríamos de lembrar que após perdermos todos os resquícios de soberania que ainda detínhamos, a língua era a única riqueza  segura, um tesouro que não nos parecia alienável. Infelizmente, também ela foi vendida aos interesses económicos, por (des)governantes mercenários, incompetentes, vis, sem carácter,  honra ou dignidade, gananciosos, abjectos, obtusos, ignorantes, analfabetos, cornudos, bastardos, brutos, feios, porcos e maus. A este grupo de criaturas inferiores, quase humanas, juntamos autores como Mia Couto ou a gentalha de movimentos como o MIL que, aproveitando-se da confusão, procuram conseguir alguma projecção ou razão de ser para as suas ignóbeis existências. 
Jamais postulámos que o português era uma língua morta e inorgânica, pelo contrário. Sempre defendemos a língua lusíada como um organismo vivo e em constante mutação. Contudo, esta mutação processa-se de forma natural e não de um modo artificial, por decreto político-económico, completamente alheio aos princípios fundamentais da linguística.
É caso para pensar se institucionalmente fará algum sentido continuar-se a celebrar o 10 de Junho como dia de Portugal, em homenagem Luís Vaz de Camões. Quanto à Nossa Alma, desígnio maior desta Pátria mutilada, essa continuará para sempre orgulhosamente Portuguesa. De hoje em diante, mais do que nunca, ou connosco ou contra nós!

20/03/2011

VIVA o DESACÔRDO ORTOGRÁFICO !

 Um Grande Bem Haja a Tôdos os Portuguêses !

http://espectivas.wordpress.com/2011/03/02/acordo-ortografico-podem-enganar-muita-gente-mas-nao-toda/

«  perspectivas

Quarta-feira, 2 Março 2011

Acordo Ortográfico: podem enganar muita gente, mas não toda

Antes de mais, convém dizer que a esmagadora maioria dos mentores da Wikipédia em português é de nacionalidade brasileira; mas não é isso que eu quero colocar em causa aqui: não tenho nada contra o facto dessa maioria ser brasileira. O problema é outro.


  1. Na imagem acima, que se refere a um verbete da Wikipédia sobre o substantivo Óscar (que pode ser um nome próprio ou nome do prémio da academia de Hollywood), os mentores da Wikipédia colocaram “Óscar (português europeu)” e “Oscar (português brasileiro)” — como podem verificar na imagem e no sítio, se entretanto não for alterado.
  2. Pergunta: por que é que, em contraponto a “português brasileiro”, os mentores da Wikipédia não se referiram a “português português”?
    Resposta: porque “português português” é tautológico; “português português” = “português”. Ponto final.
  3. Perante o embaraço decorrente do facto de “português português” ser igual a “português”, os mentores brasileiros da Wikipédia utilizam a designação de “português europeu”, mas não prescindem da designação de “português brasileiro” em vez de “português americano”, por exemplo.
  4. A designação de “português europeu” evita a tautologia do “português português”, tautologia essa que cobriria de ridículo os intelectuais nacionalistas brasileiros. E mais importante, a designação de “português europeu” evita que o português escrito em Portugal seja simplesmente “português”, o que lhe daria um cariz primordial. A ideia é esta: há que eliminar os primórdios, a História, baralhar e tornar a dar.
  5. A designação de “português europeu, de certa forma, dissocia simbolicamente a língua do país que é Portugal — enquanto que a designação “português brasileiro acentua o simbolismo da nacionalidade atribuída à língua (ver o que diz, sobre este assunto, Ferdinand de Saussure: a supremacia do significante (brasileiro) sobre o significado (português), ou o conceito de assimetria conceptual. No caso de “português europeu”, o significante é “europeu”).
  6. Neste contexto desconstrutivista / cultural brasileiro, o próximo passo do nacionalismo brasileiro será, talvez, o da implementação do conceito cultural de “brasileiro” para a língua do Brasil, e o de “brasileiro português” para Portugal. Aquilo que era português passa a ser brasileiro, e aquilo que era brasileiro passa a não ser português.
Enquanto isto, temos uns palhaços em lugar de políticos.   ... »

A minha Homenagem do Coração ao Saudôso João de Dêus

Preito de Gratidão a João de Deus


As linhas que se seguem, mal alinhavadas, não pretendem mais do que prestar homenagem, muito simples, ao Homem que concebeu o meu primeiro livro – A Cartilha Maternal.
***
João de Deus Nogueira Ramos nasceu a 8 de Março de 1830 em São Bartolomeu de Messines. Foi o 8º de 12 filhos do casal Pedro José Ramos e Isabel Gertrudes Martins. Embora os pais fossem comerciantes humildes preocuparam-se com a educação dos filhos Foi assim que durante a sua infância estudou com o pároco da sua aldeia e mais tarde foi para o seminário onde estudou matemática, latim, português... preparando-se com conhecimentos sólidos para o seu futuro. Porém João de Deus não queria seguir a via sacerdotal.
 Por vezes os padres chamavam-no à atenção porque ele não se vestia de modo digno para entrar na igreja, porque não levava um fato domingueiro.
Mas ele acreditava que “o hábito não faz o monge”.
Aos 19 anos decidiu sair do seminário e matriculou-se em Direito na Universidade de Coimbra.
Enquanto estudante surgiu-lhe o fascínio pelo desenho à pena, interesse que o acompanhou toda a vida. Fazia especialmente retratos de pessoas que lhe vinham à memória. Desenhava em qualquer pedaço de papel, num canto de jornal... Humilde e afável, rapidamente captou o afecto dos que o rodeavam. Era um conversador maravilhoso, amante das tertúlias, era admirado pelos colegas e conhecido por todos por o “João”.
Em 1859 termina o curso e decide permanecer em Coimbra, colaborando com diversos jornais traduzindo obras do francês para o português. As suas poesias ganharam fama entre o meio académico.
O seu carácter era tão dócil que falava de igual modo tanto a um homem simples como a um homem importante.
A sua fama era tal, que passou a assinar tudo o que escrevia, unicamente por “João de Deus”, o seu nome próprio.
Em 1870 recebeu um convite do senhor Rovere da Casa Rolland para criar um método de leitura adaptado à língua portuguesa e inicia desde logo esse seu novo projecto a que chamará mais tarde Cartilha Maternal ou Arte de Leitura.
Em 1876 escreveu “A Palavra escrita”, uma reflexão sobre os efeitos da fala e da escrita na civilização e concluiu o seu trabalho sobre o método de leitura publicando a Cartilha Maternal. Porém, ela não foi publicada pela Casa Rolland como inicialmente lhe tinha sido proposto porque a editora faliu, mas foi publicada por um amigo seu, o Abade de Arcozelo que tinha uma tipografia.
Ele dedicou essa obra às mães e escreveu :
(...) Às mães, que do coração professam a religião da adorável inocência, e até por instinto sabem que em cérebros tão tenros e mimosos todo o cansaço e violência pode deixar vestígios indeléveis, oferecemos, neste sistema profundamente prático, o meio de evitar a seus filhos o flagelo da cartilha tradicional. (...)
Foi assim que eu comecei a aprender a ler, com a minha Mãe, que também tinha aprendido a ler na mesma Cartilha.
Para quem já não se lembra, deixo aqui uma imagem que ainda hoje me faz humedecer os olhos:
  
 
Para quem quiser folhear a Cartilha, hoje, pode vê-la na sua totalidade através do link
   
Um abraço amigo
Alfredo Formiga
  




As linhas que se seguem, mal alinhavadas, não pretendem mais do que prestar homenagem, muito simples, ao Homem que concebeu o meu primeiro livro – A Cartilha Maternal.

***

João de Deus Nogueira Ramos nasceu a 8 de Março de 1830 em São Bartolomeu de Messines. Foi o 8º de 12 filhos do casal Pedro José Ramos e Isabel Gertrudes Martins. Embora os pais fossem comerciantes humildes preocuparam-se com a educação dos filhos Foi assim que durante a sua infância estudou com o pároco da sua aldeia e mais tarde foi para o seminário onde estudou matemática, latim, português... preparando-se com conhecimentos sólidos para o seu futuro. Porém João de Deus não queria seguir a via sacerdotal.

Por vezes os padres chamavam-no à atenção porque ele não se vestia de modo digno para entrar na igreja, porque não levava um fato domingueiro.

Mas ele acreditava que “o hábito não faz o monge”.

Aos 19 anos decidiu sair do seminário e matriculou-se em Direito na Universidade de Coimbra.

Enquanto estudante surgiu-lhe o fascínio pelo desenho à pena, interesse que o acompanhou toda a vida. Fazia especialmente retratos de pessoas que lhe vinham à memória. Desenhava em qualquer pedaço de papel, num canto de jornal... Humilde e afável, rapidamente captou o afecto dos que o rodeavam. Era um conversador maravilhoso, amante das tertúlias, era admirado pelos colegas e conhecido por todos por o “João”.

Em 1859 termina o curso e decide permanecer em Coimbra, colaborando com diversos jornais traduzindo obras do francês para o português. As suas poesias ganharam fama entre o meio académico.

O seu carácter era tão dócil que falava de igual modo tanto a um homem simples como a um homem importante.
A sua fama era tal, que passou a assinar tudo o que escrevia, unicamente por “João de Deus”, o seu nome próprio.

Em 1870 recebeu um convite do senhor Rovere da Casa Rolland para criar um método de leitura adaptado à língua portuguesa e inicia desde logo esse seu novo projecto a que chamará mais tarde Cartilha Maternal ou Arte de Leitura.

Em 1876 escreveu “A Palavra escrita”, uma reflexão sobre os efeitos da fala e da escrita na civilização e concluiu o seu trabalho sobre o método de leitura publicando a Cartilha Maternal. Porém, ela não foi publicada pela Casa Rolland como inicialmente lhe tinha sido proposto porque a editora faliu, mas foi publicada por um amigo seu, o Abade de Arcozelo que tinha uma tipografia.

Ele dedicou essa obra às mães e escreveu :

(...) Às mães, que do coração professam a religião da adorável inocência, e até por instinto sabem que em cérebros tão tenros e mimosos todo o cansaço e violência pode deixar vestígios indeléveis, oferecemos, neste sistema profundamente prático, o meio de evitar a seus filhos o flagelo da cartilha tradicional. (...)

Foi assim que eu comecei a aprender a ler, com a minha Mãe, que também tinha aprendido a ler na mesma Cartilha.

Para quem já não se lembra, deixo aqui uma imagem que ainda hoje me faz humedecer os olhos:





Para quem quiser folhear a Cartilha, hoje, pode vê-la na sua totalidade através do link

http://purl.pt/145/1/P2.html



Um abraço amigo

Alfredo Formiga

(blogue activo: http://sol.sapo.pt/blogs/void2/default.aspx)

12/03/2011

QUEM FOI MESTRE LIMA DE FREITAS?


(Sítio de Rui Palmela )
 
Lima de Freitas (1927 - 1998) foi um grande pintor setubalense, desenhador e ensaista português que ilustrou mais de uma centena de livros, de que se destacou PORTO DO GRAAL publicado pela editora Ésquilo em Março 2006, com textos e ilustrações de cariz filosófico e esotérico relacionados com a “Alma Lusa” e ligados à história oculta de Portugal de que era um profundo conhecedor e estudioso.
As suas obras de arte revelam um profundo conhecimento da tradição mítico-espiritual portuguesa que através dele se revestem de uma grande riqueza. Autor de inúmeras obras, incluindo murais de azulejos de que se destacam os 14 painéis na estação do Rossio, tudo fora inspirado nos Mitos e Lendas de Lisboa, capital de Portugal  (Porto-Graal ou Porto da Paz),  lugar de Luz ou “Lux-Citânia”, que falta cumprir-se numa Nova Era Universal, a do "V Império" no dizer de Fernando Pessoa ou do  Padre António Vieira.
Mestre Lima de Freitas sabia tudo isso e só poucos entenderam a mensagem que passou nas suas pinturas , as quais  podemos ver abaixo.  Escreveu também prefácios e publicou diversos textos, tendo sido agraciado com diversos prémios. Foi também um respeitável mestre da Maçonaria (Regular) como de resto  o poeta setubalense Bocage cujo nome consta num painel de figuras destacadas daquela Ordem e foi dado à Rua onde se situa a Qtª da Regaleira ou a  "Mansão Filosofal" de Portugal, em Sintra.
Aqui ficam pois algumas pinturas de Mestre Lima de Freitas, pouco conhecidas de resto  pela maioria da população setubalense e nacional, muitos não entendendo sequer a mensagem e riqueza simbólica dos seus quadros cheios de significados, cuja beleza no entanto pode ser apreciada tanto por leigos como por eruditos, aparte uma minoria mais informada.  
                             O Graal

   
Preste João





O Milagre das Rosas

O Jardim das Hespérides
O Encoberto
A Montanha da Lua - Sintra
F. Pessoa e "O Caminho da Serpente" 
Padre António Vieira e o "Quinto Império"

    Estas são pois algumas pinturas inspiradas de Lima de Freitas com um sentido iniciático da «Alma Lusa»  que falta cumprir-se no Novo Mundo, tal como no passado, numa Nova Era Universal. Aliás, tal como dizia Gilbert Durand (um amigo pessoal do pintor), "Portugal possui em abundância os mitos da Europa... Os acontecimentos graves que estão para vir talvez permitam à Europa adquirir consciência do seu destino", sendo certo que...  "Portugal não tem razão para se envergonhar perante as restantes Nações da Europa. Pelo contrário, temos muito para ensinar-lhes, para dar-lhes",  dizia Lima de Freitas, concluindo ainda que... "A missão  tem a ver com as nossas qualidades maiores: a Fraternidade humana que temos arreigada; a ideia de universalidade; o desenho do Quinto Império"...

Profecias acerca de Portugal



Fernando Pessoa

A PROFECIA DO MONGE NAPOLITANO

A PROFECIA DO MONGE NAPOLITANO
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações, porque há-de vir sem falência tempo em que a tua luz se apagará; ver-te-ás debaixo dos pés dos outros, que te quebrarão, como se fosses um vaso de barro, (e tirarão) tuas riquezas e tesouros; então serás tributária, gemerás, e de todos que te amavam nenhum te consolará. A tua honra será mudada, a tua gente destruída, as tuas cidades tomadas pelos infiéis. Mas então o Pai das misericórdias te porá os olhos, verá o teu opróbrio, e do meio de ti fará surgir o salvador, que te libertará da escravidão alheia. Depois do que mandar-te-á outro, que se reputava morto, e este, que te havia posto em miséria, te restituirá ao teu antigo esplendor, exaltará o teu Império, e dilatará a fé de Cristo * , destruirá a casa de Mahomet *1; então o seu império será eterno, e todo o Povo dirá: Alegra-te ó Lusitânia porque Deus te fez a primeira das Províncias e Dominadora das Nações.

Notas :

* : Há que considerar o tempo em que foi escrita . Nos tempos que correm , significa a Fé em CRISTO e nunca a "fé" no papismo vaticanista .
&&&
*1 : A Casa de Maomé , em si , nada de negativo tem , pois cada religião , na sua purêza inicial , pode sêr benéfica para os povos nos locais onde nascêram .O que aqui se fala é adaptado aos tempos que correm .
 No tempo em que a Profecia foi escrita , o Islão era tudo aquilo que antagonizava o podêr mundano do Vaticano . 
Nos tempos actuais ,  os Sionistas ,  querem  fazêr da "Casa de Maomé"  o  Bode expiatório para podêrem "justificar" as suas acções demoníacas de Destruição da Vida , da Inocência , da Bondade ,  da Belêza , da Verdade ... enfim , a Casa de Maomé , tem  fanáticos como em tôdo o lado há fanáticos , mas não é o Inimigo !
O Inimigo Disfarça-se por Detrás de  tôdas as fôrças das Trevas , as fôrças Involutivas  que pretendem Destruir o Amôr Genuíno a Dêus , independentemente da religião seguida .

Viriato

Viriato - Pai da Lusitânia e o Modo de Viver Estóico



Ainda que Indibil e Mandonio fossem caudilhos iberos que combateram as legiões romanas, aliando-se aos cartagineses, o primeiro que praticamente uniu toda a Lusitânia na luta contra o invasor foi Viriato. Ele é uma encarnação da História e talvez, ante o olhar do Céu, o primeiro Rei da Lusitânia. Também é um modelo de vida austero, generoso, entregue ao serviço da comunidade, “a Coisa Pública”. Os filósofos estóicos fizeram dele um paradigma de alma forte e sábia, pois sendo ainda um pastor - da Serra da Estrela? - logo caçador, antes de se converter num caudilho de homens, sabia ler no coração do homem e no coração da natureza.
Viriato (m. em 139 a. C.) converte-se, depois das suas façanhas e da sua vida austera, no ideal do herói da filosofia cínica e estóica. Não um ideal de “bom selvagem”, mas o de uma alma valente e sábia não deformada pelos modos amaneirados e falsas necessidades que uma civilização com excesso de refinamento cria. Séneca ensinou-nos que aquilo que é necessário deves procurá-lo, é lei de vida; aquilo que é útil, só se for oferecido e o que não é necessário nem útil, nem se for oferecido. Platão, na sua República elegeu como modelo de vida o espartano. A educação ateniense era ideal, mas a forma de viver espartana era melhor para os desígnios da alma. Ainda que, talvez, a melhor opção fosse o “modus vivendi” de Júlio César, de alma sensível à arte e à beleza, capaz dos maiores refinamentos de vida e, no entanto, quando era necessário tinha uma dureza e têmpera espartanas, na hora de experimentar privações e fadigas. A questão é que é muito difícil estar aberto a todo o tipo de influências e prazeres e que a alma não se amoleça com isso, por isso a chave do pensamento estóico, ao contrário da escola de Epicuro, era forjar a alma através das dificuldades dando ao corpo aquilo que necessitava estritamente, segundo a sua natureza.
Ouçamos os “murmúrios da história”, que repetem como um eco o nome, têmpera e façanhas de Viriato, o nosso herói lusitano. O texto é do filósofo estóico Poseidónio (135-50 a. C., aprox.), que juntamente com Panécio, é a figura mais destacada do chamado Estoicismo Médio. Este texto do filósofo aparece na obra de Diodoro Sículo:
“O lusitano Viriato foi de uma linhagem humilde, segundo alguns, mas famosíssimo pelas suas façanhas, já que de pastor se converteu em bandoleiro e depois general. Era naturalmente e pelos exercício que fazia, extremamente rápido na perseguição e na fuga, e excelente na luta a pé. Uma comida simples e uma bebida sem refinamentos era o que tomava com maior prazer: passou a maior parte da sua vida ao ar livre e sempre se satisfez com os leitos que a natureza lhe ofereceu. Por isso era superior a todo o tipo de cansaços e inclemências, nunca sofria com a fome, não se lamentava ante nenhuma contrariedade, sabendo extrair um bom partido de todas as circunstâncias desfavoráveis. Destacado tanto pela natureza como pela sua preocupação em manter essas qua-lidades físicas, destacava-se ainda mais pelas qualidades do espírito. Era rápido a compreender e a executar o necessário, vendo ao mesmo tempo o que tinha que ser feito e a oportunidade óptima para o realizar; era também capaz de fingir que conhecia o mais obscuro e que desconhecia o mais evidente. Mantinha-se sempre igual a si mesmo tanto acto de mandar como na obediência, nem modesto nem altivo: e pela humildade da sua origem e prestígio do seu poder conseguiu não ser inferior nem superior a nenhum. Em definitivo, não empreendia a guerra nem por ganância, nem por amor ao poder, nem movido pela cólera, mas fazia-a por ela mesma, e é sobretudo por isto que foi temido como guerreiro ardente e conhecedor da arte bélica”.

José Carlos Fernández
Director Nacional da Nova Acrópole


Portugal Está a Despertar ! Hoje , 12 de Março de 2011 - Os Homens da Luta e a Geração á Rasca

Hoje é Dia de Luta ! 
A verdadeira Luta é a de termos um Sol a Brilhar de Alegria no Coração !
Alegremo-nos . Portugal está a sair do Nevoeiro .
É a Hora !
 

03/03/2011

Portugal Está a Voltar a Casa ...

 
 
« 'Primitivos Portugueses' recebeu mais de 32 mil visitantes e vai ser prolongada
28 de Fevereiro, 2011
A exposição Primitivos Portugueses. (1450-1550) O Século de Nuno Gonçalves, que recebeu mais de 32 mil visitantes em três meses e meio, foi prolongada até 23 de Abril, anunciou hoje o Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa.Inaugurada a 11 de Novembro do ano passado, a exposição «tem suscitado um crescente interesse e adesão do público, registando-se semanalmente um aumento gradual de visitantes», indicou a fonte do museu.
A instituição revelou que mais de 32 mil pessoas visitaram a mostra de pintura antiga portuguesa, a primeira edição do catálogo esgotou de imediato e há uma procura crescente de visitas guiadas.
Primitivos Portugueses (1450 e 1550) - O século de Nuno Gonçalves, que deveria ter encerrado no domingo, dia 27 de Fevereiro, vai continuar patente no MNAA até 23 de Abril de 2011.
A mostra reúne 160 obras do período dos Descobrimentos, o património mais rico da pintura portuguesa, segundo os especialistas do museu que possui no seu acervo muitas peças deste período.
Inserida nas Comemorações do Centenário da República, a mostra tem duas sedes, uma em Lisboa, no MNAA, com cerca de 140 obras, e outra no Museu de Évora, com mais duas dezenas de pinturas de mestres luso-flamengos do século XVI.
A exposição assinala os 100 anos da redescoberta pública dos célebres Painéis de São Vicente de Fora, do pintor português do século XV Nuno Gonçalves, e recorda ainda os setenta anos da mostra de pintura organizada no âmbito da Exposição do Mundo Português.
As obras são provenientes em um terço do acervo do próprio MNAA, que possui a maior colecção de pintura antiga portuguesa, e ainda de colecções de norte a sul do país, e algumas vindas do estrangeiro, nomeadamente de França, Itália, Polónia e Bélgica.
No MNAA, o pintor Nuno Gonçalves está no centro de um núcleo com os Painéis de São Vicente, considerada uma obra-prima da pintura portuguesa. »

01/03/2011

Orações



ORAÇÃO a COMEÇAR o DIA

Ao Pai !

O meu Senhor é o meu Deus

O meu Senhor é o meu Pai e o meu Deus

O meu Senhor é o meu Deus

Estou em Paz , pois , ao pronunciar o Teu Santo Nome , querido Pai , e o do Teu

Filho Unigénito , nosso Senhor Jesus Cristo , todas as forças negativas á minha volta

desaparecem .

 Entoar : IESUS CRISTÓS

Estou em Paz , pois , ao pronunciar o Teu Santo Nome , querido Pai , e o do Teu Filho Unigénito , nosso Senhor Jesus Cristo , todas as forças negativas dentro de mim ,
desaparecem .

Entoar : IESUS CRISTÓS

Estou em Paz , pois , ao pronunciar o Teu Santo Nome , querido Pai , e o do Teu Filho Unigénito , nosso Senhor Jesus Cristo , todas as forças negativas que me rodeiam ,
desaparecem .

Entoar : IESUS CRISTÓS

Com reverência e humildade saúdo Santa Sofia , Senhora do Céu e da Terra , Espôsa do

Santo Espírito e Mãe do Verbo Encarnado , a Nossa Senhôra . Saúdo com Amôr a

Dispensadôra da Misericórdia , a Mediadôra das Graças , a Protectôra do Conhecimento

.Saúdo em especial a Sua manifestação como Virgem Negra , Senhôra dos peregrinos e dos

que procuram a Verdade .

Lembro-me , em particular da Virgem Negra da Nazaré , Senhora da Montanha da Luz .

Saúdo S José de Arimateia e toda a Família do Graal .Saúdo S Patrício , Sta Maria

Madalena e todos os mestres , adeptos e instructôres do Conhecimento de todos os tempos

e lugares .

Também saúdo todos os Anjos do Senhor , o meu Anjo Custódio e todos os meus

protectores e amigos invisíveis .

E neste dia de -------- saúdo o Anjo Superior , o Espírito Santo e todos os Anjos que regem o dia de hoje , para que ouçam as minhas preces , os meus pedidos e as levem aos Pés do muito amado Senhor Santo Cristo , de modo que os meus caminhos se abram e eu possa realizar tudo o que desejo , nos planos material e espiritual da Vida , segundo os princípios do Direito , da Justiça e da Razão de Deus , o nosso muito Amado Pai .
    Glória ao Poder do Pai para nos Fortificar .
Glória á Sabedoria do Filho para nos Ensinar .

Glória ao Amôr do Espírito Santo para nos consolar .
Amém
Porto+Graal
22 de Dezembro de 2010

~ Cruz e Ferro - São Frei Nuno de Santa Maria ~ ~ No Tempo em Que A Igreja Católica Em Portugal, Era A Igreja Cristã de Portugal ~

A pátria não se discute, nem se condiciona a acordos e juramentos; está acima dos direitos dos homens. Se for necessário mudam-se as const...