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25/04/2018

“Soldados que sem serem batidos, abandonaram terras, armas e bandeiras, populações inteiras” de Joaquim Paço D' Arcos




Joaquim Paço D' Arcos, um grande Português, Poeta, Ensaísta, Dramaturgo, 
mais um Português "esquecido" pelo Regime Maçónico que Crucifica Portugal, 
descreve assim o MALFADADO dia da TRAIÇÃO a Portugal. 
Deixo-vos com as suas palavras.

«25 de Abril de 1974

 Duzentos capitães! Não os das caravelas
 Não os heróis das descobertas e conquistas,
 A Cruz de Cristo erguida sobre as velas
 Como um altar
 Que os nossos marinheiros levavam pelo mar
 À terra inteira! (Ó esfera armilar, que fazes hoje tu nessa bandeira?)
 Ó marujos do sonho e da aventura,
 Ó soldados da nossa antiga glória,
 Por vós o Tejo chora,
 Por vós põe luto a nossa História!
 Duzentos capitães! Não os de outrora…
 Duzentos capitães destes de agora (pobres inconscientes)
 Levando hílares, ufanos e contentes
 A Pátria à sepultura,
 Sem sequer se mostrarem compungidos
 Como é o dever dos soldados vencidos.
 Soldados que sem serem batidos
 Abandonaram terras, armas e bandeiras,
 Populações inteiras
 Pretos, brancos, mestiços (milagre português da nossa raça)
 Ao extermínio feroz da populaça.
 Ó capitães traidores dum grande ideal
 Que tendo herdado um Portugal
 Longínquo e ilimitado como o mar
 Cuja bandeira, a tremular,
 Assinalava o infinito português
 Sob a imensidade do céu,
 Legais a vossos filhos um Portugal pigmeu,
 Um Portugal em miniatura,
 Um Portugal de escravos
 Enterrado num caixão d’apodrecidos cravos!
 Ó tristes capitães ufanos da derrota,
 Ó herdeiros anões de Aljubarrota,
 Para vossa vergonha e maldição
 Vossos filhos mais tarde ocultarão
 Os vossos apelidos d’ignomínia…
 Ó bastardos duma raça de heróis,
 Para vossa punição
 Vossos filhos morrerão
 Espanhóis! »
Joaquim Paço d'Arcos


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