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28/05/2011

Monarquia Lusitana : O Milagre de Ourique !







ULTIMATUM !

Nêste momento crítico , em que Portugal está sêr atacado em tôdas as frentes (e rectaguardas) pêlo capitalismo selvagem mundial , mas mais profundamente  , no Sêu Âmago , declarêmos o nosso ultimato sentido , pêla Voz de Portugal que É Fernando Pessôa , na sua personalidade de Álvaro de Campos .
(AVISO : Pêla natureza violenta das palavras que se seguem , pode ofendêr almas mais susceptíveis , mas o que Álvaro de Campos  diz , refere-se , não ás gentes sinceras e verdadeiras na sua Fé e Crença , sejam elas quais forem ,  mas á hipocrisia das instituições )

« Ultimatum

Mandado de despejo aos mandarins da Europa! Fora.
Fora tu, Anatole-France, Epicuro de farmacopeia-homeopática, ténia-Jaurès do
Ancien-Régime, salada de Renan-Flaubert em louça do século dezassete,
falsificada!
Fora tu, Maurice-Barrès, feminista da Acção, Chateaubriand de paredes nuas,
alcoviteiro de palco da pátria de cartaz, bolor da Lorena, algibebe dos mortos dos outros, vestindo do seu comércio!
Fora tu, Bourget das almas, lamparineiro das partículas alheias, psicólogo de tampa de brasão, reles snob plebeu, sublinhando a régua de lascas os mandamentos da lei da Igreja!
Fora tu, mercadoria Kipling, homem-prático do verso, imperialista das sucatas, épico para Majuba e Colenso, Empire-Day do calão das fardas, tramp-steamer da baixa imortalidade!
Fora! Fora!
Fora tu, George-Bernard-Shaw, vegetariano do paradoxo, charlatão da sinceridade,
tumor frio do ibsenismo, arranjista da intelectualidade inesperada, Kilkenny-Cat de
ti próprio, Irish-Melody calvinista com letra da Origem-das-Espécies!
Fora tu, H. G. Wells, ideativo de gesso, saca-rolhas de papelão para a garrafa da
Complexidade!
Fora tu, G. K. Chesterton, cristianismo para uso de prestidigitadores, barril de
cerveja ao pé do altar, adiposidade da dialéctica cockney com o horror ao sabão
influindo na limpeza dos raciocínios!
Fora tu, Yeats da céltica-bruma à roda de poste sem indicações, saco de podres
que veio à praia do naufrágio do simbolismo inglês!
Fora! Fora!
Fora tu, Rapagnetta-Annunzio, banalidade em caracteres gregos, «D. Juan em
Pathmos» (solo de trombone)!
E tu, Maeterlinck, fogão do Mistério apagado!
E tu Loti, sopa salgada fria!
E finalmente tu, Rostand-tand-tand-tand-tand-tand-tand-tand!
Fora! Fora! Fora!
E se houver outros que faltem, procurem-nos por aí pra um canto!
Tirem isso tudo da minha frente!
Fora com isso tudo! Fora!
Ai! que fazes tu na celebridade, Guilherme-Segundo da Alemanha, canhoto maneta
do braço esquerdo, Bismarck sem tampa a estorvar o lume?!
Quem és tu, tu da juba socialista, David-Lloyd-George, bobo de barrete frígio feito de Union Jacks?!
E tu, Venizelos, fatia de Péricles com manteiga, caída no chão de manteiga para
baixo?
E tu, qualquer outro, todos os outros, açorda Briand-Dato. Boselli da incompetência
ante os factos todos os estadistas pão-de-guerra que datam de muito antes da
guerra! Todos! todos! todos! Lixo, cisco, choldra provinciana, safardanagem
intelectual!
E todos os chefes de estado, incompetentes ao léu, barris de lixo virados para baixo à porta da Insuficiência da Época!
Tirem isso tudo da minha frente!
Arranjem feixes de palha e ponham-nos a fingir gente que seja outra!
Tudo daqui para fora! Tudo daqui para fora!
Ultimatum a eles todos, e a todos os outros que sejam como eles todos!
Senão querem sair, fiquem e lavem-se.

Falência geral de tudo por causa de todos!
Falência geral de todos por causa de tudo!
Falência dos povos e dos destinos — falência total!
Desfile das nações para o meu Desprezo!
Tu, ambição italiana, cão de colo chamado César!
Tu, «esforço francês», galo depenado com a pele pintada de penas! (Não lhe dêem muita corda senão parte-se!)
Tu, organização britânica, com Kitchener no fundo do mar mesmo desde o princípio da guerra!
(It ’s a long, long way to Tipperary and a jolly sight longer way to Berlin!)
Tu, cultura alemã, Esparta podre com azeite de cristismo e vinagre de
nietzschização, colmeia de lata, transbordamento imperialóide de servilismo engatado!
Tu, Áustria-súbdita, mistura de sub-raças, batente de porta tipo K!
Tu, Von Bélgica, heróica à força, limpa a mão à parede que foste!
Tu, escravatura russa, Europa de malaios, libertação de mola desoprimida porque
se partiu!
Tu, «imperialismo» espanhol, salero em política, com toureiros de sambenito nas
almas ao voltar da esquina e qualidades guerreiras enterradas em Marrocos!
Tu, Estados Unidos da América, síntese-bastardia da baixa-Europa, alho da açorda
transatlântica nasal do modernismo inestético!
E tu, Portugal-centavos, resto da Monarquia a apodrecer República, extrema-unção-enxovalho da Desgraça, colaboração artificial na guerra com vergonhas naturais em África!
E tu, Brasil, «república irmã», blague de Pedro-Álvares-Cabral, que nem te queria descobrir!
Ponham-me um pano por cima de tudo isso!
Fechem-me isso à chave e deitem a chave fora!
Onde estão os antigos, as forças, os homens, os guias, os guardas?
Vão aos cemitérios, que hoje são só nomes nas lápides!
Agora a filosofia é o ter morrido Fouillée!
Agora a arte é o ter ficado Rodin!
Agora a literatura é Barrès significar!
Agora a crítica é haver bestas que não chamam besta ao Bourget!
Agora a política é a degeneração gordurosa da organização da incompetência!
Agora a religião é o catolicismo militante dos taberneiros da fé, o entusiasmo
cozinha-francesa dos Maurras de razão-descascada, é a espectaculite dos
pragmatistas cristãos, dos intuicionistas católicos, dos ritualistas nirvânicos,
angariadores de anúncios para Deus!
Agora é a guerra, jogo do empurra do lado de cá e jogo de porta do lado de lá!
Sufoco de ter só isto à minha volta!
Deixem-me respirar!
Abram todas as janelas!
Abram mais janelas do que todas as janelas que há no mundo!

Revista “Portugal Futurista” , N.º 1 e único - pp. 30-34
Álvaro de Campos
Novembro de 1917

23/05/2011

O Escudo d' El-Rey D Afonso Henriques
































Escudo de D. Afonso Henriques, cadeiral manuelino do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra.







Segundo a tradição, o próprio monarca entregou ao cuidado dos monges que mantinham o cristianismo bem antes da fundação da nacionalidade, o escudo com que venceu os combates contra os infiéis.

Este mesmo escudo foi levado por D. Sebastião para Alcácer Quibir.

«Eu me tenho pubricado em e deuer de fazer por mim por amor de Nosso senhor e ua empresa em África, por muitas e mui grandes razoës, mui importantes ao bem de meus reinos e de toda A espanha, de que táóbem resulta beneficio a Christandade; o que me pareceo escreueruos assi Gérai emcomendardes a Nosso Senhor o bom sucesso da empresa, que por seu seruiço faço, como gérai uos direi que desejo leuar nella a espada e escudo daquelle grande e ualeroso primeiro Rey deste Reyno D. Affonso Henriques, cuja sepultura esta neste Mosteiro, porque espero em Nosso senhor que corn estas armas me de as uictorias que el Rey D. Affonso corn ellas teue; pelo que uos encomendó muito que logo mas enuieis por dous Religiosos desse conuento que pera isso elegereis E como embora tornar, as tornarei a enuiar a este Mosteiro pera as terdes na ueneraçaô" e guarda que E deuida a cujas forao, e pera que entendais que as nad quero senao emprestadas pera o effeito que uou e de quad grande contentamento isto da pera mim (?).
Escrita em Lisboa a 14 de Marco de lb?8
Rey»



Consultar: Dom José de Christo Bretiandos, Chrónica de Santa Cruz de Coimbra, Io parte e Mateo Aléman, Vida de Santo António de Padua, 1804-fontes: B.P.M.P. n° 86 - Antigo Santa Cruz.- D. Jose de Christo Bretiandos, 1625 Livro das Lembranças & Memórias,redactado segundo conjetura D. José de Christo, entre 1441 y 1459

O Plano do Senhôr para Portugal : O Milagre de Ourique !


A Batalha de Ourique e o nascimento do Reino de Portugal
 

Foi a partir da  Batalha de Ourique que nascêu o Reino de Portugal . Ao enfrentar  os Mouros , os Portuguêses achavam-se em grande inferioridade numérica, sendo que muitos cronistas idóneos , referem-se a cem Mouros  para cada Lusitano. Nessa situação crítica, Nosso Senhôr veio em auxílio dos Cristãos e designou definitivamente  D. Afonso Henrique como Rei dos Portuguêses.

Bastaria a tradição do aparecimento de Cristo, o nosso Salvadôr , mercê feita a El-Rey D. Afonso Henriques, mas esta é ainda confirmada, pelos textos dos nossos autôres, assim como o de muitos estrangeiros gravíssimos, para se têr como certo o favôr que Dêus Nosso Senhôr quis fazer à Nação Portuguêsa. Mas para maior confirmação , ordenou o mesmo senhôr El-Rey , parece que com particular providência, que nos ficasse outra memória ilustríssima dessa verdade. E é uma escritura autêntica em que o mêsmo rei D. Afonso jura pêlos santos Evangelhos como viu com os seus próprios olhos o Salvadôr do mundo na forma que temos contado.



Achou-se, no ano de 1506, no cartório do Real Mosteiro de Alcobaça e foi instrumento o Doutôr Frei Bernardo de Brito, cronista-mor de Portugal, a quem o Reino deve com a glória adquirida pêlos seus escritos, as graças de tão ditôso achado. É um pergaminho de lêtra antiga, já gasto, com o sêlo de El-Rey D. Afonso, e outros quatro de cêra vermelha, com pendentes de fios de sêda da mêsma côr, confirmado por pessôas de autoridade, em que se fundamenta o maior crédito humano que pode havêr em escrituras.

O Doutôr Frei Lourenço do Espírito Santo, Abade então daquela Casa Geral da Ordem de Cister, nêste reino, pessôas de grandes lêtras e muita prudência, julgou sêr vontade de Dêus divulgar-se por tôdos esta memória. E assim, indo a Lisboa, alevou o pergaminho e mostrou aos senhôres do governo, e depois fazendo jornada à côrte de Madrid, o apresentou

ao católico rei D. Felipe II, e o viram também muitos grandes da sua côrte, e por tôdos foi venerado e estimado como merecia , um documento de tanto prêço, do qual o teor é o seguinte:



“Eu, Afonso, Rei de Portugal, filho do Conde D Henrique e neto do grande Rei D. Afonso, diante de vós, Bispo de Braga e Bispo de Coimbra e Teotónio, e de tôdos os demais vassalos do mêu reino, juro nesta Cruz de metal, e nêste livro dos Santos Evangelhos, em que eu pônho as minhas mãos, que êu, miserável pecadôr, vi com estes olhos indignos a Nosso Senhôr Jesus Cristo estendido na cruz, do modo seguinte:

“Êu estava com o meu exército nas terras do Alentejo, no Campo de Ourique, para dar batalha a Ismael e outros quatro reis mouros que tinham consigo infinitos milhares de homens. E a minha gente , temerosa da sua multidão, estava muito atribulada e triste. Em tanto que publicamente, diziam alguns sêr temeridade acometêr tal jornada. E eu, enfadado do que ouvia, comecei a cuidar comigo o que faria. E como estivesse na minha tenda um livro em que estava escrito o Testamento Velho e o de Jesus Cristo, abri-o e li nele a vitória de Gedeão, e disse para mim mesmo. Muito bem sabeis vós, Senhor Jesus Cristo, que por Amôr Vosso tomei sobre mim esta guerra contra os Vossos adversários. Em Vossa Mão está, dar a mim e aos mêus, fortaleza para vencêr estes blasfemadores do Vosso Nôme.
“Ditas estas palavras, adormeci sôbre o livro e comecei a sonhar que via um homem velho vir para onde eu estava e que me dizia: Afonso, tem confiança, porque vencerás e destruirás estes reis infiéis e desfarás a sua potência e o Senhor Se te mostrará.


“Estando nesta visão, chegou João Fernandes de Souza, meu camareiro, dizendo-me: Acorde senhôr mêu, porque está aqui um homem velho que vos quer falar. Entre - respondi-lhe - se é cristão.

“E tanto que entrou, conheci sêr aquêle que no sonho vira, o qual me disse:

“Senhôr, tende bom coração, vencereis e não sereis vencido. Sois amado do Senhôr, porque sem dúvida Pôs sobre vós, e sôbre a vossa geração depois dos vossos dias, os olhos da Sua Misericórdia, até a décima sexta descendência, na qual se diminuirá a sucessão, mas nela assim diminuída, Êle tornará a pôr os olhos e Verá. Êle me Manda dizêr-vos que quando na seguinte noite ouvirdes a campainha da minha ermida, na qual vivo há sessenta e seis anos guardando no meio dos infiéis com o favôr do mui Alto, saiais fora do Real, sem nenhum criado, porque vos Quer mostrar a Sua grande Piedade.


“Obedeci, e prostrado em terra, com muita reverência, venerei o embaixadôr e Quem o mandava. E como, pôsto em oração, aguardava o som, na segunda vela da noite ouvi a campainha, e armado com espada e rodela, saí fora dos reais, e súbitamente vi à parte direita, contra o nascente, um raio resplandecente e indo-se pouco a pouco clarificando, cada hora se fazia maior.

E pondo de propósito os olhos para aquela parte, vi de repente, no próprio raio o sinal da Cruz, mais resplandecente que o Sol, e um grupo grande de mancebos resplandecentes, os quais creio que seriam os santos anjos. Vendo pois esta visão, pondo à parte o escudo e a espada, (...) me lancei de bruços e desfeito em lágrimas comecei a rogar pela consolação dos meus vassalos, e disse sem nenhum temôr:



“A que fim me apareceis, Senhôr? Quereis porventura acrescentar fé, a quem tem tanta? Melhor é, por certo, que Vos vejam os inimigos e creiam em Vós, que êu que dêsde a fonte do baptismo Vos conheci por Dêus verdadeiro, Filho da Virgem e do Padre Eterno, e assim Vos conheço agora.

“A Cruz era de maravilhosa grandeza, levantada da terra quase dez côvados. O Senhôr , com um tom de voz suave, que as minhas orelhas indignas ouviram, disse-me:

“Não te apareci dêste modo para acrescentar a tua fé, mas para fortalecêr o têu coração nêste conflito, e fundar os princípios do têu reino sobre pedra firme. Confia, Afonso, porque não só vencerás esta batalha, mas tôdas as outras em que pelejares contra os inimigos da minha Cruz. Acharás a tua gente alegre e esforçada para a peleja, e te pedirá que entres na batalha com o título de Rei. Não ponhas dúvida, mas tudo quanto te pedirem, lhes concede fácilmente. Eu Sou O Fundadôr e o Destruidôr dos reinos e impérios, e Quero em ti e nos têus descendentes fundar para Mim um Império, por cujo meio, seja o Mêu Nôme publicado entre as nações mais estranhas. E para que os teus descendentes conheçam Quem lhes dá o reino, comporás o Escudo das tuas armas com o prêço pêlo qual Eu Remi o género humano, e daquêle porque fui comprado pêlos judeus, ser-me-á o reino santificado, puro na fé e amado na Minha Piedade.

“Eu, tanto que ouvi estas coisas, prostrado em terra, O adorei dizendo: Por que méritos, Senhor, me mostrais tão grande misericórdia? Ponde, pois, os Vossos benignos Olhos nos sucessôres que me prometeis, e Guardai salva , a gente portuguêsa. E se acontecêr que Tenhais contra ela algum castigo aparelhado, executai-o antes em mim (...) e livrai este povo que amo como o único filho.

“Consentindo nisso, o Senhôr disse-me : Não se apartará nunca dêles nem de ti, a Minha Misericórdia, porque por sua via tenho aparelhadas grandes searas, e a êles escolhidos por mêus seguidores em terras muito remotas.


“Ditas estas palavras Desaparecêu e êu, cheio de confiança e suavidade me tornei para o real. E porque isto se passou em verdade, juro, eu, D. Afonso, pêlos Santos Evangelhos de Jesus Cristo, tocados com estas mãos. E, portanto, mando aos mêus descendentes que para sempre sucederem, que em honra da Cruz e das Cinco Chagas de Jesus Cristo, tragam no sêu escudo, os Cinco Escudos partidos em Cruz, e em cada um dêles os trinta dinheiros, e por timbre a Serpente de Moisés, por sêr a figura de Cristo e êste seja o troféu da nossa geração. E se alguém intentar o contrário, que seja maldito do Senhôr e atormentado no inferno com Judas, o traidôr.

“Foi feita a presente carta em Coimbra aos vinte e nove de Outubro, na Era de 1152,

“êu, El-Rey D. Afonso”.


(Fonte : da Crónica  d ' E l – Rey D Afonso Henriques por Duarte Galvão)

14/05/2011

Amôr e Gratidão á Mãe Ancestral da Lusitânia e Rainha de Portugal

A Divina Pastôra da Lusitânia
Ontem 13 de Maio , o Povo Simples e Devoto de Portugal , Honrou em Fátima com muita Fé e até
ingenuidade , o Amôr da Lusitânia , a Gratidão Imensa de Portugal á nossa Mãe Divina , a nossa Rainha e
Protectôra .
Foi ontem , mas êste Amôr que tôdos os Lusitanos e Lusitanas têm pêla Mãe Santíssima , é de
todos os Dias e para Sempre. 
E hoje , como ontem ,  o  Coração de Portugal enche-se de Alegria e Amôr pêla Nossa
Senhôra , a nossa Querida e Amada Mãe .

Bendita Sejas para Sempre  , Nossa Protectôra Muito  Amada ! 



Oração à Nossa Senhora Divina Pastôra , Mãe e Rainha de Portugal

“Oh Divina Pastôra, levai-nos ao Bom Pastôr, para que nada nos falte. 
Fazei-nos repousar em Vêrdes Pastagens e Conduzi-nos até junto das Águas Refrescantes.
Restaurai as fôrças da Alma de Portugal e  Levai-nos ,  por Amôr ao Santo  Nôme do Senhôr ,   pêlas  Verêdas da Rectidão  . 
Mêsmo  que passando no presente  por vales escuros, Fazei que  nada receêmos  , pois sabêmos que sempre Estais connôsco .
Que o Vosso cajado de Pastôra Divina da Lusitânia  seja sempre o nosso Amparo.
Amém !”




S . Miguel , o Arcanjo de Portugal

Anjos
de Pedro Teixeira da Mota
em 16 Dez 2010

  A Tradição Universal da Unidade Fraterna dos Seres e da existência das Hierarquias Celestiais e dos Anjos da Guarda, seres que nos apoiam e harmonizam no caminho e nos ligam mais à Verdade e a Deus, continua viva e só espera, para nos inspirar, que os aceitemos e chamemos com amor.
Vem dos tempos pré-cristãos a invocação dos Anjos (de angelo, em grego, angelus em latim, mensageiro), então também denominados deuses, espíritos, génios e daimons. Em Portugal, que viria a ser consagrado pelo rei D. Manuel I ao Arcanjo Mikael (conforme podemos ver no portal sul do mosteiro dos Jerónimos), vários locais de culto, do Alentejo (S. Miguel de Terena) a Trás-os-Montes (Panóias), atestam o perene conhecimento desses seres de corpos espirituais subtis que ligam o mundo divino e o humano.

A Tradição Universal da Unidade Fraterna dos Seres e da existência das Hierarquias Celestiais e dos Anjos (§) da Guarda, seres que nos apoiam e harmonizam no caminho e nos ligam mais à Verdade e a Deus, continua viva e só espera, para nos inspirar, que os aceitemos e chamemos com amor.
Vem dos tempos pré-cristãos a invocação dos Anjos (de angelo, em grego, angelus em latim, mensageiro), então também denominados deuses, espíritos, génios e daimons. Em Portugal, que viria a ser consagrado pelo rei D. Manuel I ao Arcanjo Mikael (conforme podemos ver no portal sul do mosteiro dos Jerónimos), vários locais de culto, do Alentejo (S. Miguel de Terena) a Trás-os-Montes (Panóias), atestam o perene conhecimento desses seres de corpos espirituais subtis que ligam o mundo divino e o humano. Na tradição judaica chamados Malak, os anunciadores da vontade divina, só depois do cativeiro na Babilónia (586 a.C.) é que se desenvolveu a sua consideração, certamente por influência assíria e iraniana. Com efeito, é no Irão que se preserva a mais antiga tradição, vinda do Zoroastrismo, com a Fereshtet ou Fravarti, a contraparte celestial do ser humano, vivendo para se unir a ele e ligá-lo ao mundo divino. Os místicos e gnósticos islâmicos do Irão aprofundaram fortemente esta ligação, sobretudo Avicena e Sohravardi, e tal foi excelentemente bem estudado pelo francês Henry Corbin, autor de várias obras a merecerem tradução em português...

Nas aproximações pioneiras ocidentais lembremo-nos de Pitágoras (§), de Sócrates confessando que o seu daimon o avisava do que não devia fazer, de Platão, e dos neo-platónicos Proclo, Apuleio e Plutarco. No Cristianismo, depois de Jesus Cristo, que várias vezes os refere ou mostra, destacam-se Clemente de Alexandria, Orígenes, S. Gregório de Niza e, sobretudo, Dionísio Areopagita (fim do século V), em cujas obras surge uma descrição hierarquizada de nove esferas ou ordens, tanto de manifestação dos atributos divinos como de funções:
Os Anjos (guardiões e mensageiros), Arcanjos (segundos anjos das pessoas e inspiradores), Principados ou Arcontes (presentes em cada igreja, e em associações), Potências (inspiradores da oração, protectores da Providência e da Justiça), Virtudes (fortificam-nos na prática das virtudes), Dominações (entusiasmam os que trabalham pelo advento do Reino, inspiram os que ensinam), Tronos (firmes na justiça, atribuídos aos países). Querubins (refulgindo na inteligência) e Serafins (ardendo no amor do Amor).

No Cristianismo Ortodoxo, a importância dos Anjos, enquanto transmissores de luz gloriosa de Deus, é fortemente acentuada, entre outros que os viram, por S. Gregório Palamas (1296-1359), enquanto que no Protestantismo, infelizmente, perdeu-se. No Islão estão muito presentes nos escritos dos grandes místicos, como Ibn Arabi e Shoravardi. Outros testemunhos valiosos encontrámos em Dante, Marsilio Ficino (§), P. António de Vasconcelos, Jacob Boehme, Swedenborg, Mechtilde Thaller, Rudolfo Steiner (§) ou o Padre Pio. Nos nossos dias, numa febre egoica e comercial, multiplicaram-se os livros tratando os anjos quase como entidades e instrumentos tipificados e quase mecanicamente à disposição do Homem, esquecendo-se do seu carácter único e de toda a sua intimidade, subtileza, elevação e imprevisibilidade.
Recuperar a visão, a audição ou o diálogo do Anjo da Guarda, ou dos Anjos da cura, da música, dos locais sagrados, dos nomes de Deus, orar tendo em conta a sua participação nos nossos trabalhos, anseios e encontros, pedir-lhes para estarmos mais conscientes deles e de Deus, do interior de nós e dos outros, são portanto vivências profundas e sérias que vale a pena tentar sentir no coração e valorizar.
Podemos invocá-lo ao acordar, tanto mais que por vezes é ele quem nos desperta, e sintonizar-nos. No banho, pedir-lhes que nos purifiquem. Na comida, que nos fortifiquem. Na concepção, que intensifiquem a luminosidade da relação amorosa e da criança que irá nascer. 

Durante o dia, a oração: «Meu Deus, meu mestre, meu anjo (§), amo-vos», ou outra, pode ser lançada, qual seta ardente de irradiação amorosa, ou de apelo ao que precisamos, ou de maior alinhamento e abertura do canal vertical. À noite, o "Com Deus me deito, com Deus me levanto, com a graça do Espírito Santo, Deus me cubra com seu divino manto. E o Anjo da Guarda me guie com seu encanto".

E em momentos especiais, relacionemo-nos mais com eles, orando, comungando no amor e na adoração a Deus, fazendo o silêncio receptivo, lembrando-nos que eles inspiram, protegem no sofrimento, ou levam as energias das nossas orações para os seres necessitados, e até ao mundo divino, abrindo-nos mais a ele.
Certamente que cada pessoa terá, derivada do seu auto-conhecimento interior, a sua especificidade de ligação ao Anjo: a uns poderá ser pela repetição cuidada e dirigida para dentro da palavra anjo ou de alguma oração, para outros será contemplação da natureza ou meditando em certos símbolos, como o espelho, já que eles são como espelhos da Luz de Deus, ou as asas, já que surgem movimentando-se no éter, e nos impulsionam à passagem das coisas visíveis para as invisíveis, e à contemplação. Nesta, na medida em que nos transformamos ou tornamos em templos, o anjo pode-se tornar presente, sensível, e fazer subir e descer as energias espirituais, e a bênção ou graça divina.

Lembremos ainda algumas orações: "Anjo da Gurda, minha companhia, rogai por mim de noite e de dia". -"Anjo da Guarda, presença pressentida, guia-me e ilumina-me de noite e de dia". -"Aconselha-me, ó Anjo do Senhor, e guia-me no caminho do Amor".
Boas épocas de trabalho:
Natal, quando os céus e os tectos das igrejas ou assembleias religiosas e espirituais estão mais abertos e cheios deles.

Equinócios e os Solstícios, momentos especiais da dinâmica da Alma do Mundo, tão participada pelos quatro Arcanjos. Dê a Eles e às suas hostes as boas vindas, ore com eles à hora exacta, e veja-os nas belas formações de nuvens, ou no nascer e pôr do sol, que nestes dias não deixam de nos surpreender. Assim na Primavera é Rafael (cura de Deus) e as energias curativas, mas ao longo de todo o ano os peregrinos podem contar com ele. No Verão, Uriel (Luz de Deus), o fogo ardente e purificador. Outono, Mikael (Quem como Deus?), o que nos ajuda pela paciência a vencer os obstáculos, e nos guia para o mundo espiritual. E no Inverno é Gabriel (Força de Deus) quem impulsiona a nossa aspiração para as revelações e para o renascimento espiritual e divino. Nesses momentos de dinamização da Alma do Mundo, participamos numa sincronia cultural, litúrgica, ou seja, simultaneamente o mundo divino, o espiritual e o humano alinham-se e vibram em ressonância harmonizadora.

Quem trabalha, medita e reza, tentando sentir o Anjo ao seu lado, ou mesmo face a face, conta pois com um ser celestial capaz de inspirar e auxiliar nos momentos difíceis, e está mais firme e luminosa, pois começou já a desenvolver os órgãos da percepção do seu corpo espiritual, tão necessários após a morte.
No silêncio interior os Anjos interpelam-nos: «Vós sois filhas e filhos de Deus, recuperai a visão e audição espiritual, e vivei fraternos e conscientes da realidade sagrada. Não sois os corpos físicos que usais, nem sequer as vossas personalidades, mas espíritos emanados de Deus, corpos gloriosos em potência, cooperando no plano divino para a Terra e o Cosmos».

Não sejais pois seres alienados ou manipulados pela televisão, pelo futebol, pela publicidade, pelos políticos, pelas drogas e bebidas alcoólicas, nem seres reduzidos à luta pela sobrevivência, mas seres auto-conscientes, corações despertos, lúcidos, criativos, solidários, ligando harmoniosamente o Céu e a Terra com os mensageiros de Deus, e tentando que isso melhore as condições de vida humana, eis o apelo sussurrante.  

Xvarnath chamava-se na tradição iraniana à Luz da Glória, desperta e irradiada através do recolhimento mais íntimo e do face a face com o Anjo (§), a contraparte celestial, a Fravarti, e que dá coerência e brilho às pessoas.
Ore pois a Deus pedindo-lhes asas, de aspiração ou dos anjos, para se elevar o mais possível até Ele. Erga a alma, suba ao cimo do monte, peça a purificação das suas intenções, um conhecimento maior de si próprio e do seu Anjo da Guarda, uma vida mais justa, e comungue com o Amor Divino, transmitindo-o, partilhando-o, irradiando-o à sua volta.

«Procurai e encontrareis; pedi e recebereis», disse-nos Jesus. Esteja atento ao zumbido, ou ao toque, do Anjo, faça silêncio dentro de si, entre na gruta do coração e seja inundado pelo Amor e inspirado pelos Anjos, para o bem do Universo e glória da Divindade.

03/05/2011

O declínio das abelhas é um Perigo mundial !

 
Einstein disse : "Se as abelhas desaparecerem da face da terra o Homem terá apenas 4 anos de vida..." 
 

Abelha (Apis mellifera) a preparar-se para recolher o néctar

 e colmeias repletas de mel.

( Sem abelhas não há polinização, sem polinização não há plantas, sem plantas não há animais...o Homem terá o mesmo destino. )

Imagens cada vez menos frequentes nas nossas serras:
Nos últimos anos e de forma inexplicável as populações mundiais de Abelha (Apis mellifera) têm diminuído acentuadamente sem que se conheçam as causas para tal situação.
Em Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Estados Unidos ou Argentina as abelhas saem da colmeia para recolher o néctar e não voltam à colónia, desaparecendo simplesmente sem deixar rasto.
Entre as explicações avançadas para tal declínio encontram-se a diminuição da biodiversidade botânica, a seca provocada pelas alterações climáticas, a existência de parasitas agressivos que infectam estes insectos ou as radiações emitidas por antenas de telemóvel ou cabos de alta tensão que eventualmente interferem com o sistema de navegação das abelhas e impedem o seu regresso às colmeias.
Seja qual for a causa, a verdade é que o seu desaparecimento teria enormes repercussões no mundo tal como hoje o conhecemos. Em vastas áreas as abelhas constituem o único polinizador conhecido pelo que a sua ausência poderia levar a uma perda de mais de 30% da biodiversidade. Para bem da Humanidade esperemos que esta regressão populacional se inverta rapidamente e que tal previsão nunca se concretize...

Portuguêses Do Fim Levantai Portugal

  Pela Graça e Vontade de Cristo, Coube aos Portuguêses do Fim,  Alguns dos mais Bravos e Valentes Lusos de tôda  a Nossa História,  A Missã...