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18/01/2013

A Simbologia do Estandarte D'El-Rey Dom Sebastião


A Simbologia do Estandarte D'El-Rey



Em resposta a algumas solicitações de interpretação do Estandarte que se encontra no final do Livro d'O Encoberto I e , na impossibilidade espacial de lá colocar tôda a informação relativa , resolvi abrir um nôvo artigo relativo ao « Livro d'O Encoberto » . 


Aqui vai um humilde estudo que fiz para o NAE , da mêsma simbologia .



« Lede bons livros; incentivai o são convívio e
procurai conhecer-vos a vós mesmos »



SIMBOLOGIA do MEDALHÃO SEBASTIANUS REX
SÍMBOLO do NAE


Nascido a 20 de Janeiro de 1554 (dia da celebração litúrgica
anual de S. Sebastião), razão pela qual foi baptizado com este
nome, El-Rei D. Sebastião teve uma constante e extraordinária
preocupação em representar as setas ou frechas que
martirizaram S. Sebastião em tudo aquilo que simbolicamente
fosse representativo do Poder Régio e da sua própria pessoa como Rei .

Tradição e História

Sabemos que, em 1571, El-Rei D. Sebastião, requerera ao Papa Pio V autorização para alterar os
estatutos das três Ordens Militares, de Cristo, Santiago e Avis e acrescentar à cruz dos referidos
hábitos uma seta ou frecha, em memória da arma com que fora martirizado o Santo cujo nome
usava, mas esta distinção só seria conferida aos Cavaleiros que se assinalassem por feitos notáveis
na Guerra.
Além destas alterações nos Estatutos (efectuadas em 6 de Fevereiro de 1572), solicitara D.
Sebastião uma das setas com que fora martirizado o Santo, para depositar na Igreja que lhe estava
edificando em Lisboa. A morte de S. Pio V conduziu a que só o seu sucessor, o Papa Gregório XIII,
pudesse satisfazer a vontade régia, já que, pelo falecimento de D. Joana de Áustria, enviou a seta
embebida no sangue do Mártir, acompanhada de um Breve datado de 8 de Novembro de 1573.
Esta veneranda relíquia veio para Portugal em 9 de Fevereiro de 1574, trazida pelo enviado papal
Pompeo Lanoja, Cubiculário de Sua Santidade, sendo recebido pelo Rei quando pousava nos seus
Paços de Almeirim.
Nascido a 20 de Janeiro de 1554 (dia da celebração litúrgica anual de S. Sebastião), razão pela qual
foi baptizado com este nome, El-Rei D. Sebastião teve uma constante e extraordinária preocupação
em representar as setas ou frechas que martirizaram S. Sebastião em tudo aquilo que
simbolicamente fosse representativo do Poder Régio e da sua própria pessoa como Rei.

PARALELISMO e SIMBOLISMO

Na História da Ordem Militar de São Sebastião, dita da Frecha, verificam-se duas fases distintas. A
primeira é a fase da sua fundação e efémera existência, realizada entre 1574-1576 até 1578. A
segunda é a fase da sua restauração dinástica, efectuada em 1994.
Nesta primeira fase, a Ordem da Frecha ou Ordem Militar da Setta de S. Sebastião, como referem o
Doutor Alexandre Ferreira, na sua obra História das Ordens Militares que houve no Reyno de
Portugal, e Manuel de Faria e Sousa, na sua Europa Portugueza, foi instituída por El-Rei Dom
Sebastião, pelo muito que era devoto do Santo patrono do seu nome, assumindo o carácter de uma
Ordem Militar ou de Cavalaria, com o fim de defender a Fé e dilatar a Cristandade.
Assim atesta também um magnífico exemplar epigráfico situado num dos edifícios da antiga
alfândega de Setúbal, onde juntamente com as insígnias das três ordens militares aparece a insígnia
das três frechas alusiva a esta Ordem.



Neste sentido, meditemos no paralelismo que Alexandre Ferreira estabelece entre a fundação
sebástica da Ordem da Frecha e as prévias fundações afonsinas da Ordem da Ala de S. Miguel e da
Ordem da Espada de Santiago:
"E passando ao que me importa, digo, que prezo El Rey desta ideia da jornada de Africa, e
penhorado da Setta de S. Sebastião, para gloria da empreza, a que se encaminhava, e lembrado
de que seu antigo avô, El Rey D. Affonso o I, no glorioso sucesso de Santarem contra hum
numero sem numero de Barbaros, capitaneados por El Rey de sevilha, instituira a Ordem da Ala,
ou Aza de S. Miguel, para escrever com aquellas pennas as memorias do seu agradecimento, e
voar com aquella Aza em gloriosos triunfos; e que El Rey D. Affonso o V, para continuar os
gloriosos empregos, que lhe derão o nome de Africano, creara a Ordem da Espada de Santiago;
e com estas honradas memorias creou a Ordem da Setta de S. Sebastião, espada segura para
triunfar do contagio daquelles Barbaros, porque nas azas, com que voara, levaria a saude contra
a peste da Infidelidade."

Obras : História das Ordens Militares que houve no Reyno de Portugal(Alexandre Ferreira)
Europa Portugueza( Manuel de Faria e Sousa)

«S Sebastião» de Diôgo de Contreiras

S SEBASTIÃO (Mártir)

“Concedei-nos, Senhor, o Espírito de Fortaleza, para que, a exemplo de vosso mártir São Sebastião,
aprendamos a obedecer antes a Vós que aos homens. Por Nosso Senhôr”.


e , a origem dêste pdf , é da  Assassinada (http://www.jf-sspedreira.pt/cgi-sys/suspendedpage.cgi)


Palácio Vivalva-S Sebastião da Pedreira






SEBASTIANUS REX (SEC XVIII)

I

Os Símbolos
( de Dentro p/ Fora )

1 - S e SETA / Lança no Centro do medalhão .
2 - A AMÊNDOA Sagrada/Vesica Piscis ( a forma que Protege os símbolos centrais)
3 - 8 Pétalas + as 8 direcções principais(Rosa dos Ventos?) .
4 - A Cruz do TAU
5 - A Corôa do Espírito Santo

II
Interacção entre os Símbolos

- A SETA é enrolada pêlo S no CENTRO do medalhão .
– A Amêndoa Sagrada que envolve e Protege os Símbolos centrais .
– As 8 Pétalas + as 8 direcções principais(Rosa dos Ventos ?) Rodeiam a Amêndoa
Sagrada .
– Tudo é encimado pêla Cruz do Tau , que suporta a Corôa do Santo Espírito.

III

SIGNIFICADO dos SÍMBOLOS

1 - O S(no Centro da Amêndoa Sagrada-Vesica
Piscis) . S de Serpente , S de Sebastião , S de Seta

 
A Imaculada Conceição Século XVIII
João Nepomuceno Correia e Castro


« O Caminho da Serpente
A Serpente, cujo olho direito é o sol em sua gloria...
as lagrimas alchymicas do Christo (a magua alchymica do Christo).
É preciso, quando se é Serpente, passar em Satã para chegar a Deus.
A Serpente, retida pela Vesica.... No vértice nada a retém...
Os Evangelhos Synopticos não são mais do que o Quarto Evangelho em processo de
formação... »

(Esp. 54A-1/F.Pessôa)


A Serpente, que, na ordem divina é o SS, na ordem espiritual direita e na esquerda é na
ordem material direita Portugal.


A Serpente é o entendimento de todas as coisas e a comprehensão intellectual da vacuidade
d'ellas.
Seguindo um caminho que não é o de nenhuma ordem nem destino, ella ergue-se á Altura que
é a sua origem e evita os logares por onde os homens passam.
O entendimento de tudo, a fusão dos oppostos, a sciencia da indifferença do bem e do mal, a
sciencia da valia da emoção como emoção e da vontade como vontade, a egual ironia para com
os sábios como para com os néscios.
No seu culto adultaram os últimos maghos no seu nome adolesceram os primeiros.


_ S _
E R P
E N S

É ignóbil na terra porque não é da terra. É subtil porque está fora.
A tentação de Eva é a admissão da Intelligencia na Vida. O fructo prohibido é
Conto: «O Senhor das Sete Ordens», indicando exactamente o que se queria fazer.
(Esp. 54A-2)




« ... Se como já apontámos este território que hoje é Portugal, tem a sua mais antiga referência literária na obra do escritor latino, Rufo Festo Avieno, a Ora Marítima, do século IV antes de Cristo,(...) e se esta primeira referência ao nosso território o designa com o nome de Ophiussa, como “terra de serpentes” e Saefes e Draganis como dois seus povos, e se numa passa passagem deste poema se cita o caso de que os Oestrimnios teriam sido expulsos daqui por uma invasão de serpentes – tudo apontará, entre símbolos, mito e história, através dum nome primevo dum território e de dois dos seus povos, como filhos ou adoradores da serpente, e por um acontecimento de sua existência colectiva, para a natureza ofídica deste território e sua humanidade. ... »

*in ”Da Serpente à Imaculada” de  Dalila L.P. da Costa 


« ... Aliàs era já muito antigo o culto da serpente na Lusitânea, como o demonstrou Mendes Correia no seu trabalho sobre A Serpente, Totem da Lusitânea. À Lusitânea se chamou Ophiussa, a terra da serpente. Como escreveu Pinharanda Gomes, a Serpente é o sinal remoto que nos introduz numa geneologia a divinis do povo lusitano e dos seus valores religiosos. A serpente apresenta como símbolo do conhecimento global _ a serpente enrolada, a boca tocando o rabo, denomina simbòlicamente o universo do saber, a unidade do ser. (...) A serpente indica a gravidade e a esfericidade do universo, a saber de geonomia e o conhecimento dos elementos, patentes na simbólica da cruz celta. 

Nos textos fragmentários que escreveu para o livro, nunca concluído, que se intitularia O CAMINHO DA SERPENTE, Fernando Pessoa disse que ELA (a serpente), liga os contrários verdadeiros, porque ao passo que os caminhos da direita, ou da esquerda, ou do meio, ela segue um caminho que passa por todos e não é nenhum. 

Ela é, acrescentou num apontamento nebuloso, na ordem material direita de Portugal.... » *

*In “Portugal Razão e Mistério” de  António Quadros



a SETA / Lança

Podêmos considerar 2 significados , separada ou simultâneamente .
A Seta , que matou S Sebastião e que foi pedida por El-Rey ao papa PioV .
A Lança Sagrada  ( na falta de textos em Português , optei por esta excelente página em Inglês) , símbolo de Dêus .
Se considerarmos a SETA , relembrêmos o simbolismo/paralelismo que El-Rey atribuiu á
Fundação da Ordem da Seta , comparativamente com a de S Miguel da Ala do sêu tataravô D
Afonso Henriques e a da Espada de Santiago de D Afonso V :

« Neste sentido, meditemos no paralelismo que Alexandre Ferreira estabelece entre a fundação
sebástica da Ordem da Frecha e as prévias fundações afonsinas da Ordem da Ala de S. Miguel e da
Ordem da Espada de Santiago:
"E passando ao que me importa, digo, que prezo El Rey desta ideia da jornada de Africa, e
penhorado da Setta de S. Sebastião, para gloria da empreza, a que se encaminhava, e lembrado
de que seu antigo avô, El Rey D. Affonso o I, no glorioso sucesso de Santarem contra hum
numero sem numero de Barbaros, capitaneados por El Rey de sevilha, instituira a Ordem da Ala,
ou Aza de S. Miguel, para escrever com aquellas pennas as memorias do seu agradecimento, e
voar com aquella Aza em gloriosos triunfos; e que El Rey D. Affonso o V, para continuar os
gloriosos empregos, que lhe derão o nome de Africano, creara a Ordem da Espada de Santiago;
e com estas honradas memorias creou a Ordem da Setta de S. Sebastião, espada segura para
triunfar do contagio daquelles Barbaros, porque nas azas, com que voara, levaria a saude contra
a peste da Infidelidade. »

( História das Ordens Militares que houve no Reyno de Portugal/Alexandre Ferreira
e Europa Portugueza/Manuel de Faria e Sousa)

Ainda relativamente á SETA foquêmo-nos na relação profunda

 SÃO SEBASTIÃO ~ EL REY D. SEBASTIÃO ~ O ENCOBERTO

A profusão de aldeias e vilas em Portugal que têm como orago são Sebastião e a sua relação
intrínseca a El-Rey D Sebastião , é , na minha opinião , indicativa do sentimento inato de
Saudade e orfandade de Portugal em relação a El-Rey D Sebastião e a Tudo o que
Representa para o Futuro , não só de Portugal , mas também do planêta Terra .


« … Em Portugal, a sua popularidade pode ser avaliada pelas largas dezenas de povoações de que é
padroeiro; pelas várias igrejas, capelas e ermidas que o têm por orago; e pelas, pelo menos, onze
localidades a que dá o nome. Só na diocese de Braga é padroeiro de quinze confrarias.
Foi sobretudo no século XVI que o culto a este Santo se intensificou no nosso País. Dom Sebastião
foi, aliás, baptizado com o seu nome, em mil quinhentos e cinquenta e quatro, por ter nascido em
vinte de Janeiro, dia em que assinala a morte do mártir, “a quem o povo português era muito
obrigado por devoção por Deus haver levantado a cruel e frequente peste destes Reinos, com a
vinda do seu braço.”
O braço de São Sebastião, conforme refere ainda a Crónica do Padre Amador Rebelo, foi furtado
em Itália e depois oferecido, em mil quinhentos e vinte e sete, por Carlos V, imperador da
Alemanha, a D. João II de Portugal, que mandou depositar a relíquia no mosteiro de São Vicente de
Fora, em Lisboa. Também em mil quinhentos e setenta e três, o Papa Gregório XII enviou, a pedido
de D. Sebastião, duas das setas que tinham servido o martírio do Santo. Aliás, foi no reinado do
monarca “O Desejado” que, em várias terras do País, se passou a celebrar o dia de São Sebastião...
… PADROEIRO DAS SEGUINTES FREGUESIAS
Mouriscas (Abrantes);Dornelas, Sequeiros e Souto de Aguiar da Beira (Aguiar da Beira);Vimeiro
(Alcobaça);Olhalvo (Alenquer);Mesquitela (Almeida);Gomes Aires (Almodôvar);São Sebastião
(Angra do Heroísmo);Cepos e Secarias (Arganil);Santa Justa (Arraiolos);Benavila (Avis);Aveiras de
Cima (Azambuja);Peral (Cadaval);Câmara de Lobos (Câmara de Lobos);Vile (Caminha);
Amedo e Seixo de Ansiães (Carrazeda de Ansiães);Almaceda (Castelo Branco);Cadafaz e Ratoeira
(Celorico da Beira);São Paulo de Frades (Coimbra);Coutada e Ferro (Covilhã);Figueira dos
Cavaleiros (Ferreira do Alentejo);Maceira (Fornos de Algodres);Barroca, Capinha e Escarigo
(Fundão);Colmeal (Góis);Cativelos (Gouveia);Meios, Ribeira dos Carinhos, Vila Cortes do
Mondego (Guarda);São Sebastião (Guimarães);Alcafozes (Idanha – a – Nova);São Sebastião
(Lagos);Calheta de Nesquim (Lajes do Pico);Bigorne e Vila Nova de Souto D’El Rei (Lamego);
Regueira de Pontes (Leiria);São Sebastião da Pedreira (Lisboa);Boliqueime (Loulé);Marteleira
(Lourinhã);Bagueixe, Chacim e Vilarinho do Monte (Macedo de Cavaleiros);Caniçal (Machico);
São Sebastião dos Carros (Mértola);Póvoa (Miranda do Douro);Cabanelas, Cobro, Romeu e Vale de
Salgueiro (Mirandela);Valverde (Mogadouro);Baldos (Moimenta da Beira);Meãs do Campo
(Montemor – o – Velho);Carva (Murça);Valado dos Frades (Nazaré);Sobral da Lagoa (Óbidos);
Vilar Barroco (Oleiros);Quelfes (Olhão);São Sebastião da Feira e Vila Pouca da Beira (Oliveira do
Hospital);Paradela (Penacova);Castelões (Penafiel);Castainço e Granja (Penedono);Cumieira e
Espinhal (Penela);Serra D’El Rei (Peniche);Atalaia, Bogalhal, Souro Pires e Vale de Madeira
(Pinhel);Ginetes e São Sebastião (Ponta Delgada);Carreiras (Portalegre);Pedreiras e Serro Ventoso
(Porto de Mós);Rendo (Sabugal);Fornelos (Santa Marta de Penaguião);Carragozela (Seia);
Penso (Sernancelhe);Vale de Vargo (Serpa);Cernache do Bonjardim (Sertã);São Sebastião (Setúbal);
Sines (Sines);Alfarelos e Degracias (Soure);Meda de Mouros (Tábua);Pereiro (Tabuaço);Granja
Nova e Vila Chã da Beira (Tarouca);Horta da Vilariça e Souto da Velha (Torre de Moncorvo);
Zibreira (Torres Novas);Chafé e Darque (Viana do Castelo);Budens (Vila do Bispo);Candoso (Vila
Flor);Queiriga, Touro e Vila Nova de Paiva (Vila Nova de Paiva);Sarnadas de Ródão (Vila Velha de
Ródão);Algoso (Vimioso);Edral (Vinhais) … »


Ao considerarmos a LANÇA , remontarêmos a uma Simbologia bem mais antiga que nos fala
de símbolos ancestrais anteriôres a Cristo e posteriôres a Cristo , mas que Sempre , estão ligados ao Cristo.

« The yoni and phallus were worshiped by
nearly all ancient peoples as appropriate
symbols of God’s creative power. The
Garden of Eden, the Ark, the Gate of
the Temple, the Veil of the Mysteries,
the vesica piscis or oval nimbus, and
the Holy Grail are important yonic symbols;
the pyramid, the obelisk, the cone, the
candle, the tower, the Menhir ,
the spire, the campanile, the Maypole,
and the Sacred Spear are symbolic of the
phallus." (Manly P. Hall)


Memorial da  Batalha de Ourique
Castro Vêrde



Depois de Cristo a Tradição continuou numa versão mais catolicizada , com a 
LANÇA SAGRADA , muito embora os Símbolos mantenham sempre a sua designação Universal . Segundo a tradição , a Lança do Destino (também conhecida como Lança Sagrada ou Lança de Longino), foi a arma usada pelo centurião romano Longinus para perfurar o lado de Jesus Cristo durante a crucificação.


Lança Sagrada Templária

1. Mas a essência do Símbolo é a mêsma , e liga-nos a Dêus . A Cruz do Tau acima da 



Vesica Piscis que apôia a Corôa do Espírito Santo continua abaixo, na sua parte Vertical , na Lança
(ou Seta).

Mas , recapitulêmos . A Amêndoa Sagrada ou Vesica Piscis representa em numerologia o
0

 Representa o Círculo e é o símbolo do Universo, o infinito, o início e o fim.
É a fonte de Tudo .

Pode ser representado pela Serpente que morde o próprio rabo (O OUROBOUROS).



O Tudo e o Nada em simultâneo . O ÔVO , que pode , ou não , ser fecundado.
Mas , é o resultado da combinação simultânea , como já dissemos , dos Polos Universais
que constituem o Podêr Criadôr de Dêus .


A SETA ou LANÇA no interiôr da Amêndoa Sagrada , também pode sêr um Mastro ,
Pilar , um Fuso de Fiar , um Pelourinho ,um Obelisco , tudo representações do
Princípio Masculino de Dêus Pai , cuja representação numérica é o 1.




Obelisco da Praia da Barra em Aveiro



Um - Representa Dêus Pai Criadôr , origem de todas as coisas e também uma imagem
do Phalus , a potência geradora masculina . Representa o princípio masculino de Dêus .
O início . Colocando um ponto(A SETA , Lança ,etc) no centro do Círculo ( o Cálice
Sagrado) temos a fecundação .
1



A Amêndoa Sagrada ou Vesica Piscis é o símbolo Sagrado da Dêusa , ou , da Mãe ,
o Princípio Feminino de Dêus , representado pêlo nº 2 .





DOIS – A Amêndoa Sagrada formada pêla intercecção de dois Círculos que representam
o
 Céu e a Terra.




O Ponto Central , a Vesica Piscis , é o grande Cadinho Cósmico , onde se juntam Dêus
Pai e Dêus Mãe ou , 
o Céu e a Terra .
2



Sendo que , a Amêndoa Sagrada , ou , Vesica Piscis é o símbolo da Mãe Cósmica , e também , um
óbvio símbolo do orgão sexual feminino .



Á esq a Mãe Cósmica e o Filho Solar . Á dir a Mãe Cósmica sob a designação de Nossa Senhôra de
Guadalupe.

 A AMÊNDOA SAGRADA
 ou 
 VESICA PISCIS



Já profusamente ilustrada atrás , mais uma imagem evidente .



Ainda mais alguns significados da Amêndoa Sagrada :

« A Amêndoa
A palavra «amêndoa», «amendoeira» ("saqed"), significa aquêle que vigia. De
facto, a Amendoeira é a primeira árvore a florir na Primavera, ou melhor,
ainda em plêno Inverno, antes da entrada da Primavera, e as suas pétalas
brancas dão a ilusão da neve na continuidade do Inverno. A fragilidade da sua
flôr acrescenta-lhe beleza. A Amendoeira é um sinal da vigilância, «árvore
estúpida», mal vem o sol floresce, não espera pela primavera. Ao mêsmo tempo
é sinal antecipadôr e anunciadôr de grandes novas.
No entanto, a sua precocidade é a metáfora para falar de Dêus como quem
está vigilante até ao plêno cumprimento da sua Palavra (cf. Jr 1, 11ss). «Dêus
pergunta a Jeremias: "O que vês Jeremias?", ao que Jeremias responde: "Vejo
um ramo de Amendoeira" (Jr 1,11). E Dêus manifesta a sua aprovação: "Viste
bem Jeremias, viste bem!" (Jr 1,12). "Bem" diz-se em hebraico "tôb". Mas
"tôb" significa também "belo" e "bom". Jeremias vê, portanto, "bem", "belo" e
"bom". (...) Jeremias ao respondêr: "Vejo um ramo de Amendoeira", Jeremias
já ergueu os olhos da invernia e da tempestade e do lôdo e da lama e da
catástrofe e da morte que tinha pela frente, e já os fixou lá longe ou aqui tão
perto, na frágil-forte-vigilante Flôr da Esperança, que a Amendoeira
representa.» Outras imagens bíblicas como o bastão de Aarão que se
transformou num ramo de Amendoeira florida (cf. Nm 17,23) indicam a
Bênção de Deus.
A seguir à floração a Amendoeira desenvolve as folhas e um casulo de casca
vêrde e dentro dêste, um outro casulo de côr castanha mais duro, em cujo
interior surgirá o grão de amêndoa. Só quando descascada e partida a
amêndoa , se descobre o grão, qual coração da mesma amêndoa. A amêndoa, o
fruto da amendoeira, é muito usada na doçaria tradicional portuguesa e na
cosmética. Na terra dos meus pais, Parada, concelho de Alfândega da Fé, a
amêndoa é umas das fontes de riqueza da aldeia e um dos seus símbolos. A
amêndoa é também representada na iconografia cristã como o enquadramento
ogival que recolhe a figura de Cristo na Ascensão e ainda tida como um dos
símbolos eloquentes da Páscoa, o núcleo do mistério cristão. Por isso mesmo,
escolhi o título “O Grão de Amendoeira”para esta colectânea de textos e
meditações realizadas em alguns retiros espirituais. O Espírito ressurge na
magnificência da própria Natureza. Numa poesia anónima lê-se: «O estudioso
disse à Amendoeira: fala-me de Dêus. E a Amendoeira floriu.»O grão de
amendoeira é o sabor do silêncio no coração da Igreja orante. … » (José
Manuel Cordeiro / In O Grão de Amendoeira, ed. Pedra Angular / 07.02.11 )



Sem o Três , a Criação não fica completa . Na minha perspectiva está implícita no medalhão ,
com o Pai/Mãe no centro , o Filho no TAU e , no cimo , a Corôa do Espírito Santo ( e os 3 em
tôdas as posições) , cujo significado completo nos fala das Três Idades , indo ao encontro da
Rainha Santa , que usava uma bengala em TAU , sendo que a nossa Rainha Santa Isabel foi ,
com D Dinis a instituidôra dos Impérios do Espírito Santo em Portugal .Daí falarmos agora
do 3



O 3 , é o resultado da união do 1 com o 2 , Dêus , o Pai com Dêus , a Mãe que geram a
Vida, o Filho (Eu Sou o Caminho , a Verdade e a Vida !), formando assim a Trindade
Santa .
Mas êste sentimento/pensamento é ancestral . Encontra-se de forma inata na
Consciência profunda de cada sêr humano . Por exemplo , os Antigos Irlandêses
acreditavam que encontrar um Trêvo trazia boa sorte e , ainda hoje acreditam .
O número 3 , também se refere á evolução cíclica de tôda a Criação :Nascimento ,
Desenvolvimento , Morte , assim como , o Movimento do Espírito de Dêus Manifestado
nas Três Idades : a do Pai , a do Filho e a do Espírito Santo.
Nas diversas religiões existe sempre o aspecto da Trindade :
Hinduísmo - Brahma, (criação) Vishnu (conservação) e Shiva (destruição) e , no Egipto
os mitos de Osíris, Íris e Hórus .


« …E Dêus disse : "Que as águas debaixo do céu se juntem num lugar, e que haja um
espaço sêco".
E Êle chamou ao lugar sêco , “terra”; e chamou “mar” ao ajuntamento das águas.
E Dêus viu que isso era bom.
Então , Dêus disse(Verbalizou / No Princípio Era o Verbo...) : “Que a terra produza ervas,
plantas e árvores de fruto” ;
e isso acontecêu, e Dêus viu que tudo era bom.
A madrugada e a manhã foram o 3º Dia. … » (in Genesis )




8 Pétalas + as 8 direcções principais
(Rosa dos Ventos)



As 8 Pétalas

Em primeiro lugar , consideramos o símbolo das Pétalas com Profunda Ligação a
Portugal e , em especial , á época da Fundação .

« … Ao longo deste vasto período, anterior à formação de Portugal, os mitos e os símbolos espalharam-se por todo o território. 
Uns, nos topónimos, muitos deles têm raízes
hebraicas, fenícias; outros, nos cultos religiosos, mais tarde, adaptados pela IgrejaCatólica; outros, nos templos, em estelas, em obras de arte, ou os filhos de Caim não fossem os mestres nas artes e nos ofícios, até a sinais, siglas, símbolos, mais ou menos ocultos. Já falámos sobre alguns deles.
Mas, quanto não estará perdido na Memória da Natureza, devido a diversos factores,desde o tempo que vai transmutando tudo o que é matéria, até à destruição por motivos de lutas, guerras, ou ainda devido a mentes fundamentalistas, a fanatismos de diversos quadrantes? 
Percorremos o país desde Caminha até Vila Real de Santo António; diversos monumentos analisámos, como outras fontes, mas um, algo de menor valor, mas único,afastado apenas por 6 quilómetros de Castro Daire, só que andou-se por terra batida, emmau estado, era o ano de 1982, rumo à Ermida de Paiva. Aqui, chegados, apenas vimos um jovem casal alemão, silvas crescendo ao seu redor e por cima, mas desfrutando de
uma bela paisagem, convidativa à meditação, à contemplação. Ali estava o conhecido Templo das Siglas, para uns, sinais dos pedreiros, para outros, algo sem valor, mas para todos cheio de enigmas.





Eis a rosa e a cruz, a rosa em formato de cruz, dupla, oito pontas, uma ligação, ao
octógono, à iniciação, símbolos que surgem na Charola do Convento de Cristo em Tomar.
Este sinal é um dos testemunhos evidentes de como os ideais rosacrucianos estavam já difundidos no Condado Portucalense.
Também o culto ao arcanjo S. Miguel, do hebraico, mikã ~el , quem é como Deus”,
patrono de Israel, de acordo com os relatos bíblicos, que acaba por ser o “protector da evolução” de Portugal, é prova da missão transcendental de Portugal. 
Daí as numerosas igrejas em sua honra, incluindo a que, segundo a tradição, D. Afonso Henriques foi
baptizado, que ainda hoje existe em Guimarães.


A CHAROLA, EM TOMAR

Em 1 de Março de 1160, sob o signo de Portugal, Piscis, começa a construção do novo
Templo, o Castelo, com a sua Charola, num estilo romano bizantino, em forma octogonal,
ligação ao número da Iniciação.



Estamos perante um símbolo e um mito com elevado valor
comunicativo, encerrado no esoterismo cristão.
Como se sabe, este santo lendário foi excluído do calendário
litúrgico pelo papa Paulo VI, em 9 de Maio de 1969. Em nossa
opinião muitos outros deviam ser afastados.
A sua lenda, intimamente ligada a Jesus, como à passagem de um
rio perigoso, por um vau, em que o mais alto Iniciado da onda de
Vida Humana transforma o bordão de Cristóvão, com corpo de
gigante, e cabeça de cão, numa palmeira.
Daí ser o patrono dos viajantes; daí muitas faces esotéricas, desde
a sua cabeça até à palmeira.
Cão refere-se à Constelação do hemisfério austral, a Sueste da de
Órion. Inicialmente, estava ligada apenas à estrela Sírio, a mais
brilhante deste conjunto e até dos Céus. 
Esta é o Cão Maior; 
o Cão Menor fica a seu Norte. 
Ora, aquela fica no fim da Estrada de Santiago, ou seja, o final da Via Láctea.
Por isso, temos íntimas relações entre os membros da Ordem do
Templo e os da Ordem de Santiago, caminho terrestre em sintonia com o do macrocosmo.
Mas é também o símbolo mais espalhado pelas diversas culturas
dos mais variados povos. Ele é guia do ser humano na noite da
morte, como é o seu companheiro fiel durante a vida terrestre.
Ora, a Charola, octogonal, era local simbólico iniciático, para
todos os que conseguem vencer a morte, libertando-se do ciclo dos
renascimentos. Contudo, o cão é ainda o defensor dos Filhos da
Luz, ou seja, dos Filhos de Caim. Era, assim, na cultura egípcia,
como noutras. Também ele está ligado ao poder de clarividência;
enfim, estamos perante um símbolo com numerosas faces.
Por outro lado, a palmeira é um símbolo ligado à ressurreição,
como é um símbolo solar ligado ao culto a Apolo. Surge ainda
associado à vitória; no fundo, à vitória sobre as trevas, daí também estar associado a Jesus Cristo.


O Mosteiro da Batalha


Mandado erigir pelo Rei D. João I, em cumprimento de um voto a Nossa Senhôra , pêla Victória na Batalha de Ajubarrota , nêle estão sepultados os sêus restos mortais, como os
da sua espôsa e filhos.


Cúpula da Capela do Fundador do simbólico Mosteiro. 
Foto do Autor, 1989.


Cúpula da abóbada octogonal da Capela do Fundador do simbólico Mosteiro. Aqui está uma Estrêla de 8 pontas com uma rosácea interiôr , composta por 8 estrelas menores,
com 8 pontas cada uma, e uma maior, ao centro, com 16.
Multiplicando o número das estrelas menores, 8, pelo número das suas pontas, temos 64,
cuja soma de algarismos é igual a 10,a unidade e o décimo rei de Portugal. … »

Feita a Ligação Profunda das 8 Pétalas de Rosa a Porto+Graal , falarei doutras
ligações místicas/esotéricas , incluídas nas anteriôres .


Buda e a Flôr de Lótus

O Buda reuniu os sêus discípulos, e mostrando-lhes uma Flôr de Lótus ,símbolo da Pureza por crescêr
imaculada nas águas pantanosas, desafiou-os .
- Gostava que me dissessem o que pensam sôbre esta Flôr .
O primeiro discípulo fez uma verdadeira dissertação sôbre a importância das flôres.
O segundo discípulo compôs uma linda poesia sôbre as suas pétalas.
O terceiro discípulo inventou uma parábola sôbre a flôr.
Chegou a vez de Mahakashyao. Êste aproximou-se de Buda, cheirou a flôr, e , com uma das pétalas ,
acariciou o rôsto .
- É uma Flôr de Lótus – disse Mahakashyao. Simples e Bela.
- Tu fôste o único que viste o que eu tinha nas mãos – disse o Buda.
Poderêmos considerar que as Pétalas á volta da Mandala/Amêndoa Sagrada/Vesica
Piscis , também representam o Lótus Branco das 8 Pétalas




« … PUNDARIKA é o Lótus Branco de Oito Pétalas, símbolo da perfeição mental e espiritual.
Este lótus tem tantas pétalas como as oito direcções do espaço, os oito pontos cardeais ou os oito
elefantes da cosmogonia hindú. … »(http://www.nova-acropole.pt/a_lotus-numeros.html )

As 8 Pétalas representam o O Nobre Caminho Óctuplo budista

1. Visão ou Entendimento correcto
2. Intenção ou Pensamento correcto
3. Palavra ou Linguagem correcta
4. Actividade ou Acção correcta
5. Modo de vida correcto
6. Esforço correcto
7. Atenção correcta
8. Concentração correcta

na verdade , Virtudes universais , tão válidas no oriente como no ocidente .
Outro sêu simbolismo , encontramo-lo nos 8 trigramas sagrados do I-Ching :



Em que encontramos também as 8 Direcções principais

 da

Cuja semelhança com
 a
Roda da Fortuna


AS 3 Mouras do Destino que representam o Passado , o Presente e o Futuro...


A Roda do Samsara



A Roda do Dharma, que representa o nobre caminho óctuplo ,

e

A Roda do Ano ou das Estações ,




não é Casual !

Temos ainda que considerar o 8 como número e o sêu significado , assim como o 1 .
Porquê o Um ? Por sêr o Centro do Octógono .

O 8


O 8 como símbolo de plenitude e regeneração . Já falei anteriôrmente , de algumas
representações simbólicas do 8 , mas darei mais algumas .

O Ogdoas e o OITO

O Ogdoas , é a expressão da infinidade précriacional e tem sempre 8 características , assim como
ligações com a LEMNISCATA ,



com o sentido da Eternidade Cíclica através do 8 e representada pêla Roda do Ano e pêlo
Octograma , como já falámos . A criação de tôdas as coisas em pares de sinal contrário é análoga ao
Yin e ao Yang .



O OGDOAD ou , em Grêgo , o OGDOAS Egípcio



O OGDOAS – as 8 divindades primordiais Egípcias adoradas em Hermópolis .

Poderíamos explorar , quase até ao infinito êstes símbolos , mas fica aqui a ligação ás
8 Pétalas e ás 8 Direcções Principais da Rosa dos Ventos , inseridas na simbologia do
Medalhão.
Considerando um centro na Roda da Vida que é a Amêndoa Sagrada , ou Vesica
Piscis , podêmos contar os 9 pontos que definem o Octograma . Reportando-nos ao
Ogdoas , as 8 Divindades primordiais , mais 1 , o Centro da Criação que as gerou ,
Dêus , de que já falámos.

4 - A Cruz do TAU



A Cruz do TAU que se vê no medalhão acima da Vesica Piscis , cujo pé continua para
Dentro da Vesica Piscis através da Seta/Lança até ao Centro que é Dêus , e que dá
suporte acima dela á Corôa do Espírito Santo , tem várias conotações Místicas que
se entreligam , mais uma vez , á Maravilhosa História de Portugal , e , nêste caso , á
nossa Amada Rainha Santa Isabel . Por isso , podêmos encontrar aqui 3 ligações
profundas . A ligação mais antiga , fala-nos do significado/origem/percurso do Tau
através dos Tempos .



« - A Verdade; a Luz; o Sol; Micael, rei dos Eloim.
- Cruz de Santo António (Tau): Recebeu esse nome por reproduzir a letra grega Tau.
É considerada por muitos, como a cruz da profecia e do Antigo Testamento.
Dentre as suas muitas representações estão: o martelo de duas cabeças, como símbolo daquele que faz cumprir a lei
divina, é representado na cultura egípcia, assim como se encontra presente na representação do bastão utilizado por
Moisés para levantar a serpente no deserto.
- ZI, Tau:
Templo da Sabedoria - a da verdade,mas também da morte.
O Tau representa o fim de uma acção: o futuro tornado presente.
I, Tau, é a marca, o cunho divino, o resultado da criação e a totalidade das coisas criadas.
- O Tau é o conhecimento do Absoluto, e do seu mistério, que se revela à alma simples; a sua perfeição permite à
corrente dinâmica, simbolizado pelo shín, gerar as suas forças.
O Labirinto do Tau:
O Livro e o Caminho da Rosa
O Milagre da Rosa
O Livro é O Labirinto do Tau.
O Labirinto do Tau é o Caminho da Rosa.
A rosa que a Rosa me deu anteontem era uma pequena rosa com uma longa haste símbolo do Caminho
da Rosa, da via sacra a que Fernando Pessoa também chamou o Caminho da Serpente.
O caminho da iluminação, a busca do Graal, da Pedra Filosofal que faz a união dos opostos e dá a
ressurreição.
Essa Pedra que é o próprio Espírito Santo que espera revelar-se dentro de cada um de nós.
Aquele que está encoberto, o verdadeiro Encoberto de que o Encoberto é símbolo e ainda labirinto, um
labirinto que conduz e aponta o caminho...
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
- Fernando Pessoa
A Rosa com a sua haste é símbolo do Caduceu de Hermes, do Tau.
O próprio 515 de Dante é símbolo desse mesmo Caduceu onde o 1 é a haste da rosa ou o bastão de um dos Santos dos Painéis.
O outro, igualmente vestido, traz na mão O Livro aberto com o T inscrito. E quase todos os presentes , trazem enfiado o barrete do Espírito Santo, um barrete feminino como o próprio Espírito.
E o dragão mais difícil de vencer é mesmo esse dragão interior, esse dragão ou serpente símbolo do
Caminho ou da sagrada união com o nosso próprio dragão... aquele que nos leva às costas (como o
dragão de Kuan Yin) até à Rosa Símbolo.
Ligado ao culto do Espírito Santo em Portugal.
Além de ser um símbolo Bíblico é a última letra do alfabeto hebraíco, e a 19ª do grego, derivado dos Fenícios e correspondente ao "T" em português.
Na Bíblia o "Tau" foi utilizado pelo profeta Ezequiel:
"E a Glória de Deus  levantou-se do querubim sobre o qual estava, e passou para a entrada da casa, e clamando ao homem vestido de linho branco, que trazia um tinteiro de escrivão à cintura, disse-lhe:

* Passa pelo centro de Jerusalém e marca com um T as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se cometem na cidade". (Ez 9-3,4).

O Tau é também a mais antiga grafia em forma de cruz, e significa: 
Verdade, Palavra, Luz, Poder e Força
dirigida para um grande Bem.
Convergindo  as duas linhas ,  a vertical e a horizontal, tal significa o encontro entre o Céu e a Terra, entre o Divino e o Humano.»




A ligação ao espírito Franciscano ...



« … "Mas, antes disso, (Frei Pacifico) teve a dita de ver no rosto de Francisco um
grande T de variadas cores, que lhe tornava o semblante maravilhoso. O curioso é
que Francisco tinha efectivamente uma singular veneração por essa letra ou por
esse símbolo, como sinal que era da cruz. Muitas vezes falava dele e o recomendava
e o traçava sobre si mesmo, antes de encetar qualquer acção e desenhava-o com o
seu próprio punho nas cartas que escrevia, como se todo o seu empenho fosse, no
dizer do Profeta, imprimir um T na testa de todos os que gemem e lamentam os seus
pecados (Ez 9, 1), ou seja, de todos os que sinceramente se convertem a Cristo" (Lm
II, 9; LM IV, 9).

I. 
BREVE HISTÓRIA DO TAU

S. Francisco adoptou esta letra, que é a última do alfabeto hebraico e que também é letra do
alfabeto grego, como seu símbolo, porque nele viu um sentido positivo e de salvação. Com
efeito, lê-se, no livro do profeta Ezequiel .

O Senhor disse-lhe :

«Vai pela cidade, atravessa Jerusalém
e marca uma cruz na fronte dos homens
que gemem e se lamentam por causa
das abominações que nela se praticam.»

E aos outros ouvi-o dizer :

«Ide pela cidade atrás dele e feri-o.
Que o vosso olhar não poupe ninguém
nem tenha piedade. Velhos, jovens,
virgens, meninos e mulheres, matai-os
a todos e exterminai toda a gente; mas
não toqueis naqueles que foram marcados
na fronte. (9, 4-6).

Na antiga escrita hebraica esta letra tinha a forma de uma cruz oblíqua. Os analfabetos
serviam-se deste sinal para assinar (Jb 31, 35). No Apocalipse, os servos de Deus são
marcados com um sinal (Ap 7, 2-8; 9,4). Desde os Padres da Igreja até hoje, viu-se no Tau
um símbolo da cruz. A forma do Tau fez lembrar a Francisco a cruz em que Jesus foi cravado.
E por isso é que ele costumava fazer a sua assinatura com o Tau e o Tau se tornou o seu
símbolo e sinal por excelência.

II
ESPIRITUALIDADE DO TAU

O TAU é, antes de mais nada, o símbolo da vida nova, nascida da conversão de Francisco a
Cristo e ao seu Evangelho, uma tarefa nunca terminada em ninguém e sempre em mutação e
em busca. É também símbolo da cruz, que ele trazia exteriormente, como prova de que a cruz
estava profundamente impressa no seu coração. Em terceiro lugar o Tau é símbolo espiritual
da solicitude, consolação e bênção para os irmãos, como logo demonstrou na bênção a Frei
Leão. O Tau é, pois, um compromisso de construir uma fraternidade universal pelo sincero
amor dos irmãos, sem distinção de raça, classe, sexo, língua, nação, cultura, idade e religião
pela conversão do coração, pelo perdão e pela bênção, pelo espírito de serviço e pelo
testemunho da novidade de vida ou conversão, partilha dos bens, simplicidade e gratuidade e
numa tensão esperançosa de edificar o Reino de Deus na terra, entre os homens. O Tau é
ainda símbolo da pobreza de Cristo, que é modelo da pobreza de Francisco e dos seus
irmãos. Foi esta pobreza que levou Francisco ao desnudamento no tribunal do bispo e ao
despimento na hora da morte, querendo morrer nu na terra nua. … »

*** 
E a Ligação á Rainha Santa Isabel !



« SANTA ISABEL, RAINHA DE PORTUGAL

Isabel de Portugal (4 de Julho)

A Rainha Santa Isabel era filha do Rei de Aragão e terá nascido em 1271. Casou com D. Dinis, rei de      Portugal, enviuvou em 1325, tornou-se monja de Sta Clara e morreu em 1336 .
Os milagres da  Rainha Santa são numerosos e conhecidos, particularmente a transformação do pão em rosas. Teve uma acção meritória junto dos pobres e doentes e foi uma activa conciliadora política.
 É padroeira de Coimbra, Saragoça e Portugal. Iconograficamente, é representada ou vestida de Clarissa ou de Rainha. Os seus atributos são a coroa e uma abada de rosas em alusão ao conhecido milagre. 
Foi canonizada em 1625 pelo papa Urbano VIII.

SANTA ISABEL, RAINHA DE PORTUGAL (Igreja «Velha» da Venerável Ordem Terceira de S. Francisco, Porto). Legenda na peanha : 

« ST.ª ISABEL. Ao lado, as armas de Portugal e de Aragão. A imagem veste o hábito franciscano, sustém uma braçada de rosas e tem uma bengala na mão direita. Ao que parece, esta Rainha, pelo menos nos fins da sua vida, apoiava-se numa bengala, que figura no seu jacente tumular, em Coimbra, , e que foi encontrada dentro do seu túmulo, quando ela foi exumada pela primeira vez. A imagem não apresenta coroa, ou porque nunca a terá tido, ou por esta ser de prata e só ser . »

O Bordão da Rainha Santa

« … Não fazendo parte do designado “tesouro da Rainha Santa”, mas integrando as peças
de seu inestimável legado, conta-se o bordão, de jaspe e prata, encontrado, no século XVII,
sobre o ataúde onde se guardavam os seus restos mortais. Oferecido pelo arcebispo de
Compostela à rainha Isabel, aquando da sua peregrinação a Santiago, o bordão em forma de
Tau, tal como o do Apóstolo na representação escultórica do Pórtico da Glória da catedral de
Compostela, é hoje pertença da Confraria da Rainha Santa Isabel. Apresenta uma singular
empunhadura, em jaspe vermelho sanguíneo, rematada por duas cabeças de leão, em prata,
que se encontra fixada à vara por dois triângulos de prata, decorados com trifólios recortados
e vazados. Na, com alma de madeira revestida de prata, encontram-se gravadas as
tradicionais vieiras, em prata dourada. Transformado, logo após ter sido descoberto, numa
verdadeira relíquia, o bordão encontra-se guardado num estojo de prata, mandado fazer, nos
inícios do século XVII, por D. Catarina de Noronha, abadessa do mosteiro de Santa Clara de
Coimbra. O invólucro que encerra esta preciosa peça tem a forma de custódia de balaústre,
com a parte superior composta por um ostensório oval, que permite ver a empunhadura.
… »



***
Também , sempre presente no Espírito de Portugal , o Espírito
Franciscano das Futuras Descobertas 



« … O Mar e a Missão
A difusão da Fé cristã acompanhou sempre a epopeia ultramarina. Nas velas brancas desfraldadas
ao vento, as embarcações que saíam da barra do Tejo ostentavam a Cruz de Cristo desenhada a
vermelho vivo. Desde a conquista de Ceuta aos Mouros pela Ínclita Geração, que o movimento
expansionista português assumiu o proselitismo religioso como uma das suas grandes bandeiras.
Assim se retomavam os ideais do espírito de Cruzada, de propagação da Fé, indissociável da
Expansão lusa: dilatando a Fé e o Império, como resumiu admiravelmente Camões.
Em nome da Cruz de Cristo
Tão importante como a nossa privilegiada situação geográfica, a ânsia de conhecimento, ou a
vocação marítima e comercial, o nosso ancestral zelo de expansão da Fé cristã constituíu um dos
grandes factores impulsionadores dos Descobrimentos: ad maiorem Dei gloriam. Na singular visãodo P. António Vieira, os descobridores lusos eram soldados de Cristo, ao serviço da construção deum novo reino de Cristo sobre a terra. À missão evangelizadora dos lusos navegantes e conquistadores se aplicaria a frase evangélica de Jesus aos apóstolos: 
Vos estis Lux mundi.
A expansão ultramarina constituía a ocasião privilegiada de concretizar o apelo evangélico de levara mensagem cristã a todos os povos: 

« Um dia, Portugal foi púlpito da Boa Nova de Jesus Cristo para o mundo, levada para longe em frágeis caravelas por arautos impelidos pelo sopro do Espírito »

— recordava o papa João Paulo II em Lisboa (1991), o espírito de missão dos portugueses.

O sentimento de missão providencial dos portugueses era antigo, remontando ao ancestral espírito
de cruzada. Recorde-se que, ao princípio, as despesas com as viagens marítimas eram pagas com os proventos da Ordem de Cristo. 
Acreditava-se também na existência de um imenso reino cristão na
África oriental, de Preste João, nosso aliado na expansão religiosa contra os infiéis.
Segundo a cultura e a teologia do tempo, a expansão da Fé e do Império constituíam apenas um
ideal, legitimando a guerra santa ou guerra justa aos infiéis, mouros ou gentios. Já o cronista Diogo do Couto acentua esta natural aliança dos ideais da Cruz e da Coroa: 
Os reis de Portugal sempre procuraram na conquista do oriente, ao unirem os dois poderes, espiritual e temporal, que um não pudesse nunca ser exercido sem o outro. 
Infelizmente, nem sempre a prática de alguns alferes da Fé
(bela expressão de Gil Vicente) condizia com os ideais da lei de Cristo.
 Com o primeiro ouro de Quíloa, manda D. Manuel fazer a célebre custódia de Belém.
Numa época em que parte da Europa se separava de Roma, Portugal alargava decididamente os
limites da cristandade mediterrânica, a República Cristiana, na expressão de Camões, Para do
Mundo a Deus dar parte grande. 
Como dizia Gil Vicente, que exaltara o ideal de Cruzada no momento das campanhas do norte de África, Deus é português! 

O trabalho catequético e cultural

Intrépidos e activos missionários foram os grandes protagonistas da expansão da Fé pelos novos
mundos. Embarcavam nas naus ou galeões que largavam da praia do Restelo. Pertenciam a várias
ordens religiosas: jesuítas, franciscanos, agostinhos, dominicanos. Nas longas viagens,
representavam o alento espiritual, presidindo aos actos de culto quotidiano: missas, confissões,
procissões, etc. Como eram das poucas pessoas cultas, elaboraram algumas das mais notáveis
descrições da vida a bordo, bem como dos contactos estabelecidos com outros povos.
Quando se descobria uma nova terra, assinalava-se a posse com um padrão duplamente simbólico,
ostentando, ao alto, a Cruz de Cristo e as Quinas da coroa portuguesa. Por vezes, os missionários
davam acção de graças, celebrando uma primeira missa em cada porto ou costa descoberta. Depois
de dizer que a expansão era obra simultaneamente humana e divina, Fernando Pessôa escreve que,
para estes homens navegantes e conquistadores, só Deus era o porto sempre por achar.
Neste trabalho missionário, distinguiu-se a Companhia de Jesus, pondo em prática o espírito da
Contra-Reforma. Entre os nomes maiores da nobilíssima missão evangelizadora dos portugueses,
destacam-se: Francisco Xavier, João de Brito, José de Anchieta, Manuel da Nóbrega, Inácio de
Azevedo, António Vieira, entre tantos nomes de mártires, santos e devotados missionários.
Espalhados por meio mundo, das terras do Brasil à África e aos distantes territórios orientais, os
missionários desdobraram-se a semear de Cristo a lei (Camões): transmitiram a fé cristã;
construíram magníficas igrejas; abriram escolas; fundaram imensas aldeias, vilas ou cidades;
ensinaram a língua portuguesa; assimilaram ainda a cultura desses povos, num notável processo de
aculturação, necessário ao seu trabalho evangelizador.
Além de se ter divulgado como língua comercial no Oriente, o português era o idioma da
cristianização de tantas gentes, de tão remotas e estranhas províncias. Por isso, João de Barros
escreveu sobre o legado português: As armas e os padrões portugueses, postos em África e em Ásia
e em tantas mil ilhas fora da repartição das três partes da Terra, materiais são e pode-as o tempo
gastar. Mas não gastará doutrina, costumes, linguagem que os Portugueses nessas terras deixaram.
Pela bôca e acção dos missionários, difundimos a Fé, expandimos a nossa Cultura, divulgámos a
Língua Portuguêsa. Ficámos ainda a dever-lhes a execução de um trabalho intelectual de valor
incalculável: obras históricas, gramáticas e dicionários das línguas autóctones, tratados científicos,
descrição dos hábitos e dos costumes em preciosos trabalhos etnográficos, e até a decisiva
influência ao nível da criação cultural e artística. … »

( in O Mar, as Descobertas e a Literatura Portuguêsa de J. Cândido Martins ,
Revista Mensageiro , de Maio a Dezembro de 1998)

***

5 - A CORÔA do ESPÍRITO SANTO



E finalmente , eis-nos chegados ao cimo do medalhão , com a Coroação do
Menino e a instituição do Império do Espírito Santo .


A concluir , as conhecedôras palavras de Luís Silveira em «Portugal Secreto» :

« … Muito haveria que dizer acerca deste último nódulo profético do Caminho da Serpente
e também acerca da importância da Serpente nas terras lusitanas, conhecidas desde a
remota antiguidade pelo nome de Ophiussa, ou Terra das Serpentes.
Serpentes que se descobrem esculpidas no subcoro da mais bela igreja manuelina de Lisboa
– os Jerónimos – por sobre os cenotáfios de Luís de Camões e de Vasco da Gama e perto
das mãos de Cristo esculpidas na pedra de duas colunas, mil vezes beijada pelos mareantes
de Quinhentos antes de partirem para o Oceano (e depois pelos pescadores e homens do
mar).
Essas nervuras ofídias são como a confirmação muda do Caminho da Serpente de Fernando
Pessoa: Serpente crística que cura e que, saída da Boca do Inferno do Ocidente extremo,
trepa até ao fecho da abobada petrificada do Céu, por sobre a memória dos heróis da viagem
ao Oriente, as terras do lendário Preste João e a mítica Ilha dos Amores, de onde se enxerga
toda a Maquina do Mundo.
Vale a pena lembrar que Fernando Pessoa afirmou: a futura civilização será uma
civilização lusitana; mas, logo a seguir, desfaz as abusivas interpretações imperialistas ao
acrescentar estas palavras profundamente paracléticas:
E a nossa grande Raça partirá em busca de uma Índia nova, que não existe no espaço,
em naus que são construídas «daquilo que os sonhos são feitos». E o seu verdadeiro e supremo
destino, de que a obra dos navegadores foi o obscuro e carnal ante-arremedo, realizar-se-á
divinamente.
Na Serpente teremos assim que ver, depois de tantos mistérios sagrados, depois de
Jesus, o simbólico rei Sebastião e a própria nação lusa e, no seu caminho, sobretudo o
caminho da Serpente do Quinto Império, do qual Sebastião é o Cristo. »

E o heterónimo  Álvaro de Campos  conclui:

« O Quinto Império. O futuro de Portugal – que não calculo, mas sei – está escrito já, para
quem saiba lê-lo, nas trovas do Bandarra, e também nas quadras de Nostradamus.
Esse futuro é sermos tudo.



Quem, que seja Português, pode viver a estreiteza de uma só personalidade, de uma só
nação, de uma só fé ? »


Portugal , a Nação Mundial !

Porto do Graal ! 








Portuguêses Do Fim Levantai Portugal

  Pela Graça e Vontade de Cristo, Coube aos Portuguêses do Fim,  Alguns dos mais Bravos e Valentes Lusos de tôda  a Nossa História,  A Missã...