Um Feliz e Santo Natal do Senhôr
para Portugal!
Do Amôr que tenho ao Menino Jesus, á Sua Santa Mãe e ao Natal Português.
Encontrei , algures num sítio estrangeiro os filmes que aqui vos apresento.
Fôram feitos pela RTP( a que era Portuguêsa...) numa edição especial de Natal, com o nosso Saudôso Professôr Hermano Saraiva.
Natal Português: Noite da Consoada - Missa do Galo
e o Beijar do Menino
(infelizmente não consegui encontrar o autôr)
Em tom de história , o bom Professôr , fala-nos do Natal Português, no caso , o Belo Natal Beirão, em que nos conta lindos trechos Natalícios da sua meninisse, da sua família encadeados com a História do Natal em Portugal. Quando encontrei esta preciosidade não divulgada em Portugal(pelo mênos, que eu tenha conhecimento) quis logo partilhar Convôsco.
Pôsto isto, deixo-vos com O Menino Jesus.
Que Êle nos Abençoe sempre.
O Menino já nasceu,
Os pastores estão dormindo.
Acordai rudes pastores
E vinde adorar o BEM VINDO!
Pastores, deixem o gado,
Vão p'ras bandas de Belém,
Adorar o DEUS MENINO
Que nasceu pra nosso bem!
Entrai, pastores, entrai
Por esse portal adentro
Vinde ver o DEUS MENINO
No seu santo nascimento.
Adorando o DEUS MENINO
Lá estão os pastorinhos
Com a fé no coração
E nas mãos os cordeirinhos.
(Popular Português)
Este Menino
é pequenino,
qual passarinho
a querer poisar
devagarinho.
Devagarinho
poisa no ninho
que o colo tem:
ninho do colo
da Sua Mãe.
(Êste Menino
Maria A. Menéres)
Dorme, dorme...
Vai-te embora, passarinho,Vai-te embora, passarinho,
Deixa a baga ao loureiro.
Deixa dormir o Menino,
Deixa dormir o Menino,
Que 'stá no sono primeiro.
Dorme, dorme, meu Menino,
Dorme, dorme, meu Menino,
Que a mãezinha logo vem.
Foi lavar os cueirinhos
Foi lavar os cueirinhos
À fontinha de Belém.
(Popular Português
Alentejo)
Cantai, pastores, cantai,
Agora que a Virgem dorme,
Cantai bem de mansinho
P'ra que a Virgem não acorde.
E o MENINO está dormindo
Nas palhinhas despidinho.
Os anjos Lhe estão cantando:
"Puro Amor tão pobrezinho!"
Pastorinhos do deserto
Vem sorrindo de contentes,
Todos correm para O ver,
Todos Lhe trazem presentes,
Aqui vos trago, Senhora,
Um cordeirinho de oferta.
Rogai por nós a Jesus
Que nos dê salvação certa.
(Popular
Português)
O nosso Menino Jesus
Nasceu em Belém
Nasceu tão somente
Para querer o bem
Nasceu sobre as palhas,
O nosso Menino
Mas a Mãe sabia
Que ele era divino
Gloria, gloria in excelsis deo.
(Popular
Português)
Ó meu MENINO JESUS
Ó que MENINO tão belo,
Logo TU foste nascer
Na manhã do carambelo.
De quem são esses "cueirinhos"
Que estão além no estendal?
São do MENINO JESUS
Que nasceu pelo Natal.
O meu MENINO JESUS
Chora, chora até mais não;
Fizeram-Lhe a cama curta
Tem os pézinhos no chão.
Ó meu MENINO JESUS
Quem vos podera valer!
Com sopinhas da panela
Sem a Vossa Mãe saber.
Ó meu MENINO JESUS
Tomai lá castanhas quentes,
Abride a Vossa boquinha,
Quero ver se tendes dentes.
(Popular
Português)
Natal Português, A Consoada numa Ilustração de
Raquel Roque Gameiro
Haja Natal
Mulheres atarefadas
Tratam do bacalhau,
Do peru, das rabanadas.
— Não esqueças o colorau,
O azeite e o bolo-rei!
– Está bem, eu sei!
– E as garrafas de vinho?
– Já vão a caminho!
– Oh mãe, estou pr’a ver
Que prendas vou ter.
Que prendas terei?
– Não sei, não sei…
Num qualquer lado,
Esquecido, abandonado,
O Deus-Menino
Murmura baixinho:
– Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Senta-se a família
À volta da mesa.
Não há sinal da cruz,
Nem oração ou reza.
Tilintam copos e talheres.
Crianças, homens e mulheres
Em eufórico ambiente.
Lá fora tão frio,
Cá dentro tão quente!
Algures esquecido,
Ouve-se Jesus dorido:
– Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Rasgam-se embrulhos,
Admiram-se as prendas,
Aumentam os barulhos
Com mais oferendas.
Amontoam-se sacos e papeis
Sem regras nem leis.
E Cristo Menino
A fazer beicinho:
– Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
O sono está a chegar.
Tantos restos por mesa e chão!
Cada um vai transportar
Bem-estar no coração.
A noite vai terminar
E o Menino, quase a chorar:
– Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Foi a festa do Meu Natal
E, do princípio ao fim,
Quem se lembrou de Mim?
Não tive tecto nem afecto!
Em tudo, tudo, eu medito
E pergunto no fechar da luz:
– Foi este o Natal de Jesus?!!!
Os Três Reis Magos Seguiram
Do peru, das rabanadas.
— Não esqueças o colorau,
O azeite e o bolo-rei!
– Está bem, eu sei!
– E as garrafas de vinho?
– Já vão a caminho!
– Oh mãe, estou pr’a ver
Que prendas vou ter.
Que prendas terei?
– Não sei, não sei…
Num qualquer lado,
Esquecido, abandonado,
O Deus-Menino
Murmura baixinho:
– Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Senta-se a família
À volta da mesa.
Não há sinal da cruz,
Nem oração ou reza.
Tilintam copos e talheres.
Crianças, homens e mulheres
Em eufórico ambiente.
Lá fora tão frio,
Cá dentro tão quente!
Algures esquecido,
Ouve-se Jesus dorido:
– Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Rasgam-se embrulhos,
Admiram-se as prendas,
Aumentam os barulhos
Com mais oferendas.
Amontoam-se sacos e papeis
Sem regras nem leis.
E Cristo Menino
A fazer beicinho:
– Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
O sono está a chegar.
Tantos restos por mesa e chão!
Cada um vai transportar
Bem-estar no coração.
A noite vai terminar
E o Menino, quase a chorar:
– Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Foi a festa do Meu Natal
E, do princípio ao fim,
Quem se lembrou de Mim?
Não tive tecto nem afecto!
Em tudo, tudo, eu medito
E pergunto no fechar da luz:
– Foi este o Natal de Jesus?!!!
in Lágrima do Mar – 1996)
Os três Reis Magos seguiram
Uma estrela até Belém,
Onde estava o Dêus Menino,
José e Maria, a Sua Mãe.
Um curral, tanta pobrêza!
Exemplo de Humildade
Foi aquilo que Jesus Quis
Transmitir à Humanidade
Ouro, Incenso e Mirra
Oferecêram a Jesus
Êle que é o Rei do Mundo
E que a tôdos Dá A Luz!
Uma estrela até Belém,
Onde estava o Dêus Menino,
José e Maria, a Sua Mãe.
Um curral, tanta pobrêza!
Exemplo de Humildade
Foi aquilo que Jesus Quis
Transmitir à Humanidade
Ouro, Incenso e Mirra
Oferecêram a Jesus
Êle que é o Rei do Mundo
E que a tôdos Dá A Luz!
Português)
Estando a Virgem
À borda do rio
Lavando os cueirinhos
Do seu Bento filho
A Virgem lavava
São José estendia
O Menino chorava
Com frio que fazia
A Virgem ao peito
O foi conhecer
E logo o Deus Menino
Deixou de chorar.
(Popular
Português)
Amo êste Poêma de Pêdro Homem de Mello !
Tudo É Teu!
Descalço venho dos confins da infância,
E a minha infância ainda não morreu…
Em face e atrás de mim ainda há distância.
Ó Menino Jesus da minha infância,
Tudo o que tenho (e nada tenho!) é Teu!
Natal
Português, O Presépio
numa Ilustração de Raquel
Roque Gameiro
Nasceu o Menino Jesus
Há muito tempo em Belém,
Numa pequêna gruta
Com José, Maria e mais ninguém.
Apênas um jumentinho e uma vaquinha
Se juntaram à Alegria.
Aqueciam o Dêus Menino
Dentro daquela gruta fria.
Foi então que no Céu
Uma Estrela Brilhou,
E por cima daquela Gruta
A Pequena Luzinha pousou.
Os Anjos foram avisar
Todos os pastôres da Serra,
Que vieram com Alegria
Visitar o Salvadôr da Terra.
Cada um por sua vez,
O Menino Adoraram,
E com grande emoção,
O Seu Nascimento Louvaram.
A Estrelinha lá brilhou,
Dando bastante Luz.
Ajudava os Três Reis Magos
A encontrar Jesus.
Dentro da pequena Gruta
Os Magos viram ao fundo
Entre palhinhas deitado,
O Salvadôr do Mundo.
Oiro, Incenso e Mirra
Traziam para Oferecêr,
Àquele Grande Rei
Que Acabara de Nascêr.
E assim tôdos Adoraram
Aquêle Menino Sagrado,
Sorrindo, apesar de tudo,
Naquelas palhinhas Deitado.
Assim, nêste Seu Natal,
Por esta Terra afora
Vamos Adorar o Dêus-Menino
Êle que tanto nos adora!
Aleluia! Nasceu o Salvadôr!!!
(Popular
Português)
(Popular
Português)
(Popular
Português)
Eu hei-de dar ao Menino
Eu hei-de dar ao Menino
Uma fitinha pró chapéu;
E ele também me há-de dar
Um lugarzinho no céu.
Olhei para o céu,
Estava estrelado.
Vi o Deus Menino
Em palhas deitado.
Em palhas deitado,
Em palhas estendido,
Filho duma rosa,
Dum cravo nascido!
No seio da Virgem Maria
Encarnou a divina graça;
Entrou e saiu por ela
Como o sol pela vidraça.
Arre, burriquito,
Vamos a Belém,
Ver o Deus Menino
Que a Senhora tem;
Que a Senhora tem,
Que a Senhora adora.
Arre, burriquito
Vamos lá embora.
(Popular
Português)
O Menino está dormindo
O Menino está dormindo
Nas palhinhas, despidinho,
Os Anjos Lhe 'stão cantando
Os Anjos Lhe 'stão cantando
Por Amôr tão pobrezinho.
O Menino está dormindo
O Menino está dormindo
Nos braços da Virgem pura.
Os Anjos Lhe 'stão cantando:
Os Anjos Lhe 'stão cantando:
« Hosana lá nas alturas».
O Menino está dormindo
O Menino está dormindo
Nos braços de São José,
Os Anjos Lhe 'stão cantando:
Os Anjos Lhe 'stão cantando:
« Glória Tibi Domine».
O Menino está dormindo
Um sôno de Amôr Profundo
Os Anjos Lhe 'stão cantando:
Os Anjos Lhe 'stão cantando:
Viva o Salvadôr do Mundo !
(Natal de Évora
Alentejo)
Um maravilhôso conto de Eça de Queirós , narrado superiôrmente
Beijai o Menino
Beijai o Menino
Beijai-O agora,
Beijai o Menino
De Nossa Senhôra.
Beijai o Menino
Beijai-O no pé
Beijai o Menino
De São José
Beijai o Menino
Beijai-O na mão
Beijai o Menino
De São João.
(Popular
Português)
Noite Feliz
Noite Feliz!
Noite Feliz!
O Senhôr, Deus de Amôr,
Pobrezinho, Nasceu em Belém;
Eis na lapa Jesus, o nosso Bem!
Dorme em Paz, ó Jesus!
Dorme em Paz, ó Jesus!
(Popular
Português)
Pequenino,está Deitado
Pequenino está deitado
Em palhinhas, Dêus Infante.
Ai! Não há no Céu Estrelado,
Astro de Oiro mais Brilhante.
Correi pastorinhos
Depressa a Belém,
Co’a alma em Carinhos
Por Dêus O nosso Bem.
Ó! Levai-LHE cordeirinhos
Todos brancos de candura,
De lã branca, com arminhos,
De olhos meigos de ternura.
Mais que a Estrêla do Oriente,
Mais que o Oiro dos Reis Magos,
Jesus Preza o inocente,
E dos simples Quer afagos.
(Popular
Português)
Feliz e Santo Natal Português!