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31/10/2011

A TRADIÇÃO de PORTUGAL ! AMANHÃ , 1 de NOVEMBRO , é Dia de Todos-os-Santos !





Cada vez mais se celebra o Dia de Tôdos-os-Santos 

 no Dia de Finados ou Dia dos Fieis Defuntos .

A igreja Católica de Portugal aceita esta vontade do Pôvo Luso .


(Frontispício da Igreja de Sta Isabel em Lisbôa)


O Espírito Isabelino do Pôvo de Portugal

Êste espírito manifesta-se também , na natural liberdade  do Pôvo Luso .
De tal modo é assim , que , ao longo dos séculos o Pôvo foi fazendo ``adaptações´´ do catolicismo muito Português , á sua vontade de manifestar a Alma de Portugal .
Esta é uma dessas ``adaptações´´ do espírito Luso que está intímamente ligado ao Espírito Santo .

 « ..O padre José Manuel Almeida prefere acrescentar uma justificação mais espiritual :

``A voz do Pôvo é a Voz de Dêus e se calhar muitos dos nossos defuntos podem sêr também celebrados no dia de Tôdos-os-Santos´´ , explica. O religiôso vai mais longe e acredita que , como ``Dêus Escreve Direito por Linhas Tortas ´´ , esta combinação popular dos dois dias pode-nos  fazêr pensar e assim ,  fazêr-se Luz :  ``Se calhar não são datas assim tão diferentes.´´
Uma coisa parece certa, os portugueses dão mais significado ao Dia-de-Finados que à celebração de Tôdos-os-Santos. Talvez porque  esta é uma data em que ``particularmente se recordam os amigos e familiares que se encontram a caminho da comunhão com Dêus´´, refere o priôr da paróquia de Santa Isabel. A proximidade das pessôas aos sêus defuntos aumenta o significado desta data, em relação à celebração de santos que são desconhecidos. ...  »   




O DIA DE TODOS-OS-SANTOS





Amanhã é Dia de Todos-os-Santos e celebram-se todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados.


Embora o Dia-de-Finados seja no dia 2 de Novembro, é no dia 1 (Feriado) que normalmente as pessoas se deslocam aos cemitérios, para prestar homenagem aos seus familiares já falecidos.



Em algumas aldeias do país, há ainda (entre outras) a tradição de as crianças irem de porta-em-porta , com um saco na mão, pedir o Pão-por-Dêus.



 Normalmente recebem bôlos, frutos sêcos, pão , …


Esta sim, é uma tradição nossa que se está a perdêr, enquanto vamos importando as tradições de outros países. 



No entanto, o número de Aldeias/Povoações de Portugal que têm recuperado esta tão Bela Tradição Portuguêsa, tem aumentado lenta, mas cada vez mais seguramente.


Gente com alma , tem vindo a recuperar esta linda 

Tradição Portuguêsa .



« Em Portugal, no dia 1 de Novembro, Dia de Todos-os-Santos,


 logo de manhã bem cedinho, as crianças saem à rua em pequenos grupos para pedir o Pão-por- Dêus . 

                                                         
Passeiam assim por tôda a povoação batendo de porta em porta, até ao fim da manhã , 




e voltam com os seus sacos de pâno cheios de romãs, maçãs, dôces, bolachas, rebuçados, chocolates, castanhas, nozes, passas de figo e, às vezes até dinheiro.  ...  » (http://www.junior.te.pt/servlets/Bairro?P=Sabias&ID=312)




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Há povoações em que se chama a êste dia, o "Dia dos Bolinhos". 




« Ainda hôje em muitas localidades com maior incidência nas aldeias de Portugal, é um hábito do Pôvo, comemorar duma forma curiosa e genuína este dia feriado.
Na tradição popular o Dia de Todos-os-Santos é conhecido pelo “Dia dos Bolinhos” ou “Pão-por-Dêus” conforme os usos e costumes de região para região.
Logo pela manhã, as crianças em pequenos grupos com as suas saquinhas de pano, andam de porta em porta por ruas e vielas, repetindo com entusiasmo e alegria o tradicional pregão “ Ó tia! dá bolinho?”. É interessante sabêr-se que, principalmente nos meios rurais, há pessôas que levam muito a rigôr esta tradição , dedicando-se à confecção de bolinhos , adicionando à sua massa, a noz, as passas de uva e o pinhão (frutos sêcos da época) para que nêste dia, possam presentear os sêus familiares, amigos e todas as crianças que alegremente vão batendo  a tôdas as  portas. ... » (http://florliriodocampo.blogs.sapo.pt/19923.html)


 Uma coisa muito bôa que não sabias de certeza é que é costume os Padrinhos oferecerem um bôlo, o Santoro, aos sêus Afilhados no Dia de Tôdos-os-Santos! Já viste o que tens andado a perdêr ?
« ... O mês do Santoro

O mês de Novembro inicia-se com o ritual do Santoro. Talvez hoje em dia, exceptuando em digitas zonas rurais, esse ritual se haja perdido.
Jesué Pinharanda – Carta Dominical
Mudam-se os tempos e mudam-se os costumes. Como a vida é uma festa, o imaginário de haver um dia em que acontece algo de diferente, terá perdido o anelo com que se aguardava o dia 1 de Novembro.
Nessa festa, os padrinhos de baptismo costumavam oferecer aos afilhados o Santoro. Este nome é uma variante popular da festa litúrgica de Todos os Santos – Omnium Sanctorum, de onde: sanctorum – santorum – santoro. A lembrança que se recebia na Festa de Todos os Santos.
Pão Rosca de Todos os Santos
Não era mais do que uma boa rosca de pão de trigo, amassado com um pouco de azeite e cozido no forno. Pesaria para aí uns três arrates, e quando ia ao forno já levava umas incisões que permitiam partir o bolo por fracções, sem recurso a faca.
Pão em argola, era esta largo o bastante para se pendurar no braço e ir com ele pela rua, de casa do padrinho até casa dos pais, raramente a rosca chegando inteira.
Foi um costume rural, a partilha do pão novo. O pão de Todos os Santos.«Carta Dominical» de Pinharanda Gomes




       « ...     Antigamente tôdas as pessôas , tradicionalmente , iam pedir o Pão-por-Dêus   porque havia muita pobreza e havia mêsmo necessidade de pedir.


 Normalmente as pessôas punham as mêsas com o que tinham em casa (comida e bebida), e quando chegavam os pobres, entravam e comiam à vontade e à saída ainda lhes davam mais alguma coisa.


            Hoje, em muitas aldeias , só pedem as crianças para que se mantenha  a Tradição.   

 

Depois, almoça-se e vai-se ao cemitério pôr flôres nas Campas dos Familiares já falecidos.


            Na Tradição Portuguêsa o Pão-por-Dêus era guardado num saquinho de pâno , que tempos antes ,  as mães ou as avós preparavam com todo o cuidado com uma sobra de chita de algum trabalho de costura.



            Havia até mulheres simpáticas que confeccionavam para oferecêr nesta época , uns bôlos , as Ferraduras , que ainda hôje se cozem , com um agradável sabôr a Erva-Dôce, assim como Brôas, para comêrem e dar ás  crianças que lhes batiam à porta.


            Estas andanças de porta em porta eram sempre acompanhadas com Cantilênas que continuam na memória colectiva e que continuam a sêr cantadas com Alegria , nêssse renascimento da Tradição em Portugal .

``Pão por Dêus,
Fiel de Dêus,
Bolinho no saco,
Andai com Dêus.

Pão, Pão-por-Dêus
à mangarola,
encham-me o saco,
e vou-me embora .

Bolinhos e bolinhós
Para mim e para vós
Para dar aos Finados
Que estão mortos, enterrados
À porta daquela Cruz

Truz! Truz! Truz!
A senhôra que está lá dentro
Assentada num banquinho
Faz favôr de se levantar
P´ra vir dar um tostãozinho.

(quando os dônos da Casa davam alguma coisa, vinha a resposta...)

Esta casa cheira a brôa
Aqui mora gente bôa.
Esta casa cheira a vinho
Aqui mora algum santinho.

(quando os dônos da Casa não dão nada, era a ira da miudagem...)

Esta casa cheira a alho
Aqui mora um espantalho.
Esta casa cheira a unto
Aqui mora algum defunto. ´´

            Tradicionalmente as crianças usam estas quadras, algumas diferentes, variando de região para região.    »







Mais linques sôbre o Dia de Finados ou dos Fieis Defuntos  , Pão-por-Dêus ou Dia dos Bolinhos , Dia do Santoro até ao Dia de S Martinho







e muitos mais ...


Espero que tenham amado como êu Amo .

A Tradição Portuguêsa é a Nossa Alma , a Nossa 

Identidade Ancestral que precisa Estar Viva para 

que Portugal Viva .






Por Amôr a Portugal !

30/10/2011

AS VERDADEIRAS RAÍZES dos PORTUGUÊSES I

Um Livro Importante de Moisés do Espírito Santo !



Em 2004, Moisés Espírito Santo, lança a obra "Cinco Mil Anos de Cultura a Oeste - Etno-história da religião popular numa região da Estremadura" ...
Numa quadrícula da Estremadura tomando por guião a religião popular  e a toponímia (libertada dos estereótipos latinistas e arabistas), o autor põe a claro estratos da cultura lusitano-fenícia (ou lusitano-púnica) que foi tabu académico até aos anos 80 do século XX (proíbido investigar). A partir duma capela à Senhora da Luz, perto de Aljubarrota e do que foi o porto lusitano-fenício de Cós, deparamo-nos com um santuário megalítico à Lua (ainda quase intacto) e com resquícios do mito da Descida de Istar aos Infernos referente aos mistérios de Istar/Ísis (a Lua). A Lua foi uma das expressões da Magna Mater dos lusitanos (ainda invocada há trinta anos) de onde provêm a Senhora da Conceição popular e a Senhora dos Prazeres (nome que não teve relação com gozos). De fio a fio, descobre-se que a história da Senhora da Nazaré é a tradução dum poema épico fenício escrito no século XV a.C., que a lenda de Santo Amaro procede da Epopeia de Guilgamesh e que das mesmas paragens vieram outros deuses que deram os cultos populares de S. Brás, S. Bartolomeu, Santo António, Santa Susana, S. João (e a Moura Encantada)...
Com uma digressão pelas fontes da região, ficamos a saber que algumas – pelos seus nomes – já foram lusitanas: ora de casamentos, ora medicinais e uma, até, em memória da aparição da deusa Istar a uma rapariga. De lugar em lugar, por entre mitos e arqueossítios, emerge um vasto rol de descobertas como, por exemplo, a lenda da Padeira de Aljubarrota que foi um ditote lusitano-fenício/púnico referente a ladrões de celeiros, extraído do nome da terra. No fim da caminhada descobre-se uma rede de silos de cereais escavados na rocha (afro-orientais, da civilização púnica). E como esta cultura veio pelo mar, atente-se a como a gíria dos marujos portugueses foi a linguagem técnica dos mareantes acádico-fenícios.

AS VERDADEIRAS RAÍZES dos PORTUGUÊSES


CONVERSA COM
FERNANDO RODRIGUES DE ALMEIDA



“Na nossa sociedade ser ‘semita’ é mau, e por isso se nega a importância que alguns povos semitas, particularmente os fenícios, tiveram para a vida na antiguidade”, afirma o investigador.

Fernando Rodrigues de Almeida (n. 1960) - fundador da Quercus, escritor e investigador - acaba de publicar um livro que merece toda a nossa atenção. Intitula-se O Outro Lado da História e saiu com a chancela da Câmara Municipal de Odemira, vila onde desenvolve actividade docente na Escola Secundária local. Embora um olhar comodista procure arrumar a sua obra no campo das monografias com interesse meramente local, o facto indesmentível é que o seu estudo tem um enorme interesse para o entendimento das raízes mais remotas da cultura portuguesa, radicadas numa herança fenícia / cartaginesa, que foi sendo ocultada a partir do domínio político do Império Romano, o qual teve como principal opositor na Península Ibérica e no Norte de África precisamente o poder de Cartago. Traz-nos ainda uma sólida leitura da chamada “Escrita do Sudoeste”, que teimosamente alguns investigadores e divulgadores continuam a apresentar como indecifrável. A investigação de Fernando Almeida não dispensa ainda um olhar sobre alguma toponímia e documentação ligada ao litoral alentejano, provando quanto uma visão atenta da nomeação do espaço não consegue desviar-se do encontro com fósseis do falar semita das camadas populares do nosso país.
Resolvemos conversar um pouco com autor a propósito dessa edição. Aqui ficam as respostas de um homem que não tem medo de remar contra a maré de alguns cuja principal preocupação é demolir o conhecimento com insinuações, sem apresentar argumentos científicos minimamente sólidos para a sua discordância.




O seu livro intitula-se “O Outro Lado da História” e defende um visão pouco consensual dos tempos mais remotos do território hoje português. Que outro lado é esse?

O povo deste canto da Península, povo que depois de vencido pelo império romano não mais deixou de ser gente anónima sem direito à sua própria História, é efectivamente o objecto de estudo deste livro. Sigo-o desde o tempo em que possuía os seus próprios chefes e escrevia a sua língua no seu próprio alfabeto (a que chamamos hoje “escrita do Sudoeste”), até aos nossos dias, em que tanto a escola como os poderosíssimos meios de comunicação social tentam esmagar o mais possível os vestígios da antiga língua de origem fenícia, uniformizando todos os falares regionais à norma urbana de base latina. Esse é O Outro Lado da História, mas é essa a nossa verdadeira História, e que no essencial está por escrever. A que conhecemos, é a dos generais romanos, dos reis bárbaros, dos emires árabes, das famílias reais europeias; é a História de todos os que nos tentaram (com mais ou menos sucesso) impor a sua língua, forma de pensar e cultura; a quem pagámos impostos e de quem fomos escravos, servos, criados ou mesmo trabalhadores pobres e indiferenciados. Sabemos a História das elites. O povo no entanto não escreveu a sua História, e nem sequer falou a língua das elites. Redescobrir essa língua, quer pela decifração da escrita do Sudoeste, quer pela toponímia, pelas lendas, ou mesmo pela língua portuguesa actual, é a essência desse O Outro Lado da História. Evidentemente que esta perspectiva terá que ser sempre pouco consensual…

Até que ponto a sua visão foi influenciada pelos livros de Moisés Espírito Santo?
Moisés Espírito Santo é nesta matéria o pioneiro que para além de muitos outros méritos tem o de estabelecer a relação fundamental entre o português e o fenício. Sem ele, provavelmente a escrita do Sudoeste continuaria indecifrada por se desconhecer a língua em que os textos teriam sido escritos.

Que confirmação no terreno o levou a concordar com esse autor?

Tudo no terreno apoia a tese inicial de Moisés Espírito Santo, e só não o verá quem obstinadamente o não quiser ver. Há centenas de exemplos nos quais o investigador tropeça a cada dia. Um exemplo de entre muitos que constam do O Outro Lado da História, e de muitos outros que se poderiam dar: o topónimo “Malavado” provém de “mal av ad”, e significa em fenício “poço de águas subterrâneas que transborda”; em todos os locais com este nome (ou nomes parecidos, como “Malvado”, “Mal Lavada”, etc.) existe grande abundância de água, e poços artesianos. Tudo o mais, na toponímia, nas lendas, no nosso falar actual, etc. mostra claramente que se falou “fenício” por aqui.

Propõe uma leitura inovadora da chamada “Escrita do Sudoeste” numa época em que ainda ouvimos alguns académicos, historiadores e arqueólogos afirmarem que ela é indecifrável. Onde se alicerça a sua audácia, se ela existe?

A proposta de decifração que faço é fruto de perto de 15 anos de trabalho, e não lhe vejo nenhuma audácia, mas apenas alguma intuição combinada com muito trabalho e esforço dedutivo. É normal que haja resistências ao meu trabalho, quer pela natural tendência do ser humano de desconfiar do que é novo, quer porque é efectivamente complexo todo o processo de decifração e tradução, e eventualmente nem todos serão capazes de o compreender com facilidade…

De onde virá a resistência do meio académico português à aceitação de um passado semita da nossa cultura?

A ciência, como todos sabemos, é feita por gente, e a gente, cientista ou não, tem preconceitos que afectam a sua visão e compreensão do mundo. Na nossa sociedade ser “semita” é mau, e por isso se nega a importância que alguns povos semitas, particularmente os fenícios, tiveram para a vida na antiguidade, o que às vezes acaba por roçar o ridículo. Para nós, seria bom por exemplo ter origens gregas, era tão bom que até já houve quem pretendesse encontrar em Ulisses o fundador de Lisboa…
Palermices à parte, devem ter sido os romanos quem mais denegriu o nome dos seus inimigos mais perigosos – os fenícios, que estavam instalados em Cartago, na Península Ibérica e grande parte da bacia do Mediterrâneo. Os documentos escritos que se conservaram ao longo dos séculos são romanos, dos seus aliados, e de elites religiosas e intelectuais europeias que se filiam na cultura latina, e daí o preconceito que passa de geração em geração entre investigadores e académicos. Na nossa cultura gostamos tão pouco de povos semitas que até dizemos que foram os judeus a matar Cristo, como se Cristo não fosse ele próprio judeu…

Na sua opinião, como se deu a introdução dos falares fenícios / cartagineses em território do ocidente peninsular?

Esta é uma questão complicada para a qual não tenho uma resposta segura. Parece plausível que os povos portadores da agricultura e do Neolítico fossem semitas. A agricultura é uma actividade complexa que não é fácil de dominar sem uma vivência quotidiana prolongada, e foram semitas os povos que primeiro a desenvolveram. Parece portanto tentador admitir que o povo que trouxe a agricultura tenha trazido a língua. Mas há topónimos que têm uma distribuição que sugere uma ocupação do território mais tardia; por outro lado, é igualmente tentador admitir que o povo da escrita do Sudoeste tenha chegado na época em que foram feitas as inscrições, ou seja, no Bronze Final e início da Primeira Idade do Ferro; seria portanto uma vaga de colonos fenícios a chegar e impor a língua… Penso que neste momento ainda não se podem ter certezas nesta matéria.

Que manifestações ainda existem dessa maneira de falar e dessa cultura?

Há muitíssimas marcas dessa língua, que de resto sobrevive mesmo no português padrão: quando dizemos “chão”, “curral”, “labareda”, etc., etc., estamos a usar palavras fenícias. Penso que é essa influência fenícia que cria as particularidades das línguas ibéricas (em especial do português) no contexto das línguas latinas. No que se refere à cultura teremos certamente muitas marcas, a começar pela religião popular: quem leia o Antigo Testamento encontrará nele descrições que podiam ser aplicadas aos nossos santuários rurais.

Que é preciso fazer para continuar a aprofundar esse veio da nossa identidade cultural?

É necessário prosseguir com este tipo de trabalho baseado no estudo da língua e da cultura popular, pois é aí que reside a verdadeira essência do “ser português”. Com mais investigadores, mais tempo, mais trabalho, novos e mais profundos conhecimentos surgirão. Haverá ganhos até ao nível do conhecimento das línguas mortas como o ugarítico ou o acádio, já que mantemos no português termos comuns a essas línguas e ainda hoje se pode ver o contexto em que são usados, o que pode mesmo ajudar a melhorar traduções de textos antigos. Há portanto todo um mundo a explorar, assim haja quem o trabalhe.

Também escreve contos, estreitamente ligados à memória do espaço e dos seres que o habitam, como é visível em Histórias ao Serão [2009]. Existe alguma relação entre o seu trabalho como investigador e aquele que desenvolve escrevendo a partir da memória local?

As historinhas que escrevo mergulham na cultura rural que tento conhecer o melhor possível, e esse é o único elo de ligação à investigação histórica e linguística. São histórias simples e sem pretensões, mas que retratam o mundo rural antigo, e que penso que se consigam ler com gosto. Eu pelo menos gostei de as escrever.

http://alicerces1.blogspot.com/2009/10/conversa-com-fernando-rodrigues-de.html )                                                                            

12/10/2011


RAINHA ,  PADROEIRA e PROTECTÔRA de  PORTUGAL, 
ROGAI POR NÓS !


Ó Rainha e Padroeira
Do TÊU Pôvo Português,
Hoje aqui, mais uma vez,
aos  TÊUS Pés vimos rezar.

Nesta luta derradeira,
Nêste nêgro anoitecer,
Esperamos o TÊU Podêr,
Só TU nos Podes Salvar!

São os TÊUS vassalos e filhos,
Os que aos  TÊUS  Pés vêm rezar!
Ouve-nos, ó MÃE Piedosa,
Só TU nos Podes Salvar!


MÃE de dôres, de tristezas,
MÃE de prantos sem igual !
OUVI  as mães Portuguêsas
A Chorar o sêu Portugal!

As VOSSAS Lágrimas ungiram
As Chagas do Salvadôr.
LAVAI com elas os crimes
De Portugal Pecadôr !

À VOSSA Protecção nos acolhêmos, SANTA MÃE de DÊUS ;
OUVI as nossas súplicas e,  nas nossas necessidades,
SOCORREI-nos e LIVRAI-nos de todos os perigos,
ó Virgem Gloriosa e Bendita.


Portuguêses Do Fim Levantai Portugal

  Pela Graça e Vontade de Cristo, Coube aos Portuguêses do Fim,  Alguns dos mais Bravos e Valentes Lusos de tôda  a Nossa História,  A Missã...