Aqui É Portugal, A Terra de Santa Maria!
Bem Vindos tôdos(as) os que Amam a Lusitânia ...Tudo o que é aqui Dito, foi(e é) Vivido por mim, Muito embora tantas e tantas vêzes sentido,pensado e escrito por outros/as, outros/as com os/as quais me Identifico,...porque Irmanados no Passado, no Presente e no Destino Luminôso de Portugal, O Pôrto-Do-Graal...Santa Maria que É A Luz da Citânia, ou A Terra da LUZ Divina, onde A Mãe Celestial Estabeleceu o Seu Trôno Terreal.
(Embora tenha procurado, não consegui encontrar o autôr)
Sim, a Espada da Sabedoria Divina que corta fundo na raíz da Ignorância e da Estupidez, e que, por consequência , traz A Guerra... Traz a Guerra interiôr no sêr humano, uma Guerra Santa que promove o Conflito interiôr e exteriôr na sociedade humana e das Nações, no Sentido mais Alto de Limpar as almas de tôda a mancha que as Conspurca e afasta de Cristo, e por conseguinte Limpar as Nações de tôda a mancha de Pecado que as conspurca e afasta de Cristo.
Nesta Terra da Luz ou De Santa Maria, tôdos Nós, os Viryas, ou, aquêles Que Seguem Viryato, têmos vindo a sêr Enganados a partir do momento em que nos tornámos conscientes da nossa existência como sêres individuados vivos...e não estamos a culpabilizar ninguém, nem pais , nem avós, mas tôdos Nós, nos últimos 2 sécvlos(principalmente nos últimos 100 anos), gente de tôdas as idades ou estatutos sociais, da Cónii-Lusitânia Atlante, e esta, é uma Verdade Histórica que Nos pretendem escondêr, enquanto que
tentam Destruir tudo o que Confirma as Nossas Raízes Ancestrais, que
bebem da nossa Herança Atlante, ou Hiperbórea(*), herança essa
que se manifesta em maior ou menor grau nos diferentes Povos da
Europa(ou descendentes Genéticos e/ou Culturais noutros continentes...), mas de forma particular em
Portugal.
Sim, fômos enganados, manipulados na nossa consciência e nas
coisas que nos "ensinaram", a começar pelas Nossas Origens mais
Ancestrais...
Não afirmo que tudo o que nos foi ensinado
pelos nossos pais e avós é mentira ou foi manipulado pelos inimigos da
Humanidade e da Criação de Dêus, pelos Inimigos das Nações e de Portugal
em particular , por sêr a Terra de Santa Maria e por Aqui Se Encontrar
o Tesoiro Espiritual da Humanidade e o Princípio do FIM de Lúcifer e
dos seus manipuladôres aqui na Terra. Não.
Assim, se existe um Exército Maligno a guerrear A Vontade de Cristo, e a atacar e tentar Destruir A Criação de Dêus, inclusivé a Humanidade, Existe simultâneamente, Um Exército Divino a Defendêr e a Apoiar constantemente A Vida e a Criação na Terra, a Defendêr e a Apoiar constantemente tôdos os/as que Escolhem Cristo(ou O Bem e A Luz Divina) para as suas vidas(Os Guerreiros de Cristo), a começar pelos Santos Anjos da Guarda de cada alma aqui encarnada. E tal como Jesus nos Prometeu que Estaria com cada um de nós até ao Final dos Tempos, Assim É!
Graças a Cristo e ao Sêu Divino Exército de Poderosos Anjos de LUZ e Amôr Divinos, e também aos Humanos Guerreiros de Cristo(certos Viryas...), A Tradição Espiritual e
Cultural Essencial (Intocável), foi Preservada e Ocultada dos olhos e das garras de Lúcifer e
dos sêus demónios que aqui na Terra encarnados, servem O Inimigo de Cristo.
E muita coisa também nos foi transmitida pelos nosso Pais e Avós através de Costumes, tradições, Contos de Encantar, Fábulas, da Maneira como , com tôdo o Amôr e Bôa-vontade, nos Educaram, mas também através do Sangue, isto é, através dos Genes de Família.
Nos Dias Finais que correm, está em curso, promovida pelas fôrças Nêgras da Involução, uma DESORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA das Nações, que é em têrmos prácticos, O Caos implantado numa Falsa e Ilusória Ordem cujo objectivo, Satânico, é o completo Oblívio dos Sêres Humanos e das Nações Ancestrais em que encarnaram , acêrca das suas Raízes Espirituais e Culturais, numa tentativa de "apagar" A História da Humanidade e das Nações e finalmente, a Completa e Total Esvravidão.
Esta DESORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA, abrange todos os aspectos das sociedades humanas, as quais, podemos considerar que são sociedades de Viryas perdidos/as...
Existem três questões essenciais que ressoam dentro de cada um de nós, os/as VIRYAS da gloriosa Cónii-Lusitânia Atlante, que permanece viva na Essência de Portugal.
Quem é que eu sou?
De onde é que eu venho?
Qual é o meu propósito de Existência?
Estas, são perguntas essenciais e intemporais porque o Objectivo Maior de cada Virya(to) é Trilhar O Caminho, A Verdade e A Vida que é O Senhôr Santo Cristo, O Santo Criadôr de tudo o que existe visível ou invisível, Rey e Mestre de Portugal, e percorrêr Êsse Caminho é Caminhar sôbre o fio da Navalha, ou melhor, tal como O Mestre Disse,
«Estreito é o Caminho que conduz ao Céu.Larga é a estrada que conduz ao Abismo.»
A GUERRA ESSENCIAL consiste na Batalha entre os esbirros de Lúcifer, demónios encarnados na Matéria, e outros que já fôram humanos, anti-Cristos, portanto, e os Guerreiros de Dêus, Humanos , que se Regem pelo Espírito Santo e são Ajudados no Combate pelos Santos Anjos e A Virgem Santíssima.
Na verdade, não existe contradicção, pois que não existe Matéria, sem que O Espírito a crie, mas O Demiurgo, isto é, Lúcifer-Satanás também conhecido por "Javé/Jeová", estabeleceu a dualidade nêste seu mundo-sistêma, nesta imensa Ilusão e estabeleceu a Confusão e o Caos, muito bem Dissimulado sôb diversas formas, estando O Demiurgo nos "dois lados da barreira", ora APARECENDO Disfarçado de JESUS CRISTO, ora manifestando-se como "anjo de luz", criando uma imensa Ilusão.
NOTA:Há nêste vídeo verdades interessantes das quais partilho.Por exemplo a de que o Demiurgo está "dos 2 lados da realidade", a Falsa-Luz e a Falsa-Treva, etc. No entanto, várias outras afirmações, são, no mínimo, dúbias, enquanto que outras cheiram-me mêsmo a Esturro... É aconselhável uma visão muito atenta e filtrada pela Intuição.
É a Dualidade Ilusória que Divide as almas e as afasta do Caminho , da Verdade e da Vida que É Jesus , o Senhôr Santo Cristo, o Guerreiro dos guerreiros, O Herói dos heróis, O Santo dos santos.
Não é que , definitivamente, não existam BEM e MAL.
Existem, mas o Demiurgo, vulgo, Satanás-Lúcifer, mistelou tudo de modo a que O BEM parêça "Mal" , ou O MAL parêça "Bem", estabelecendo assim na enorme maioria das almas encarnadas na Terra, o Caos e a Confusão que as afastaram de Cristo e por consequência, Da Sua Protecção e Da Sua Sabedoria, adormecendo assim nas almas A Visão Interiôr que lhes permitiria Vêr e Separar o que É BEM do que É MAL, e por conseguinte a sua capacidade de escolhêr O BEM que É Cristo e as Suas Obras Divinas Manifestadas na vida encarnada das almas que O Amam e Adoram na Terra.
Assim, O Espírito pode existir sem a Matéria, mas a matéria não pode existir sem O Espírito, ou, se quisermos, a Matéria é Espírito densificado em maior ou menor grau, em diferentes graduações, não existindo, portanto, qualquer dualidade , mas sim UNIÃO-Unidade Com Cristo, absolutamente o contrário do que a imensa Ilusão que O Demiurgo estabeleceu na Terra, quer fazêr PARECÊR ás almas encarnadas na Terra e na Cónii-Lusitânia em particular. Isto É, Tudo É Uno na Criação de Dêus.
NOTA:Há nêste vídeo verdades interessantes das quais partilho.Por exemplo a de que o Demiurgo é Lúcifer/javé/jeová (dêus do "pôvo escolhido") e Não O Dêus Altíssimo Pai-Filho-Espírito Santo.No entanto, várias outras afirmações, são, no mínimo, dúbias, enquanto que outras cheiram-me mêsmo a Esturro...É aconselhável uma visão muito atenta e filtrada pela Intuição.
Actualmente(e dêsde há séculos), o VIRYA perdido de qualquer Nação, Língua ou Raça Genética, é uma vítima do controle mental implantado material e subliminarmente no seu ambiente educacional.
Essa manipulação é imposta por via económico-bancária(visível e material, mas também por via invisível e astral), por uma organização internacional denominada na Sabedoria Atlante, ou Hiperbórea, por SINARQUIA, um têrmo que significa “concentração de podêres”, sejam êles políticos, económicos, religiosos ou científicos, Sinarquia que está intimamente ligada ao Talmudismo/Sionismo/Maçonaria que é, o braço executor encarregado de materializar o GOVERNO SATÂNICO GLOBAL(NOM) em tôda a Terra.
Ir contra a corrente é, Combatêr (Vestido/a da Armadura, do Escudo e da Espada do Arcanjo São Miguel/O Podêr Divino de Cristo) sem descanso os planos da Sinarquia, e êsse Combate, que se desenrola não só nos planos Materiais e visíveis, mas principalmente no Plano Espiritual Invisível, é, sem dúvida alguma,um Combate para Heróis do Espírito(sendo uma das suas principais Armas, A Humildade/Simplicidade) naquilo que é chamado de O Caminho do Guerreiro (de Cristo!).
É importante enfatizar que a EXPERIÊNCIA MÍSTICA ligada ao Caminho do Guerreiro é pessoal e intransmissível.
Se Uma Nação(qualquer nação), Portugal por exemplo, quiser sêr Soberâna, o seu Rey e o seu Govêrno devem permanecêr inequívoca e constantemente, sôb a Poderosa Influência Espiritual Daquilo a que se pode chamar de FUNÇÃO RÉGIA, que é, Na Verdade, O Podêr do Espírito Santo, O Espírito de Cristo, e Defendêr o sêu Pôvo e a sua Pátria até á última gôta de sangue.
Um Real Líder Carismático, é o que o VIRYA(to) realmente necessita para ser Orientado numa Efectiva Estratégia de Libertação Individual,e por consequência, também Colectiva.
No entanto, até que Êsse Real Líder Carismático se Manifeste, não existe a possibilidade duma Libertação Espiritual Colectiva, de maneira que, cada Guerreiro deve estabelecêr a Ligação ao seu Eu Mais Profundo,Cristo Senhôr, ir descobrindo a Verdade e O Caminho de Cristo em si, e, simultâneamente ir Caminhando no meio duma Batalha sem tréguas...
Para isso, o VIRYA(to) pode contar com os companheiros de Batalha, os/as que partilham com êle/ela o Combate ás fôrças Nêgras da Involução anti-Crística, mas lembrando-se sempre de que O Caminho é Individual e que A Grande Batalha e a sua Libertação Espiritual só pode sêr Realizada pela União ao Senhôr Santo Cristo, o Interno e O Externo(Um e O Mêsmo).
Daí, Dêle, Vem A Sabedoria e Homens sábios não podem ser dominados.
(*) - Não sou, nem Agnóstico, nem Pagão, mas ao falar da Hiperbória(Atlante) cito e publico algumas frases referentes, assim como vídeos, porque grande(ou total) parte do que é dito, visto e ouvido, são verdades que fazem parte da Nossa Raíz Material e Espiritual como Sêres Humanos encarnados, seja na Terra da Luz , ou de Santa Maria, seja noutras nações da Terra. Sou Cristão Essencial, daquêles que bebêram directamente da Fonte, ou seja, Do Mestre, e para mim, Jesus, O Senhôr Santo Cristo, É O Tôdo-Poderôso e Altíssimo Senhôr da Bondade e da Compaixão. Êle Estava No Princípio da Criação e os dêuses da nossa Naturêza, obedecem-LHE e Glorificam-NO.
A Maldita agenda Anglo-Sionista do "Celtismo", (1) que NOS querem impingir e na qual NOS querem "integrar" á fôrça, é "aceite" em Portugal por muitos/as que cá nascêram (2),mas que não têm Amôr-Próprio, nem Patriotismo, nem Conhecimento da sua Real Identidade Ancestral.
Limitam-se a IMITAR/importar esta agenda Sionista , o "celtismo", que adoptam como sua... (3) Uma agenda anglo-Sionista que pretende tudo nivelar por baixo, Arrasando/Destruindo as Verdadeiras Raízes das Nações Antigas da Europa Ancestrale substituindo-AS por algo que nem é carne , nem é peixe, pois nunca existiu (2) com o objectivo de implantar o seu império do Mal na Terra, pela promoção da Ignorância Disfarçada de "ciência e conhecimento" e Manipulação da Verdade Histórica.
Mas Os Atlantes Cónii-Luso-Calaicos destas Terras Ancestralíssimas, Onde reside O Tesoiro Espiritual da Humanidade e das Nações, Não Desistem , Não Quebram (nem Quebrarão!), pois que O Senhôr Santo Cristo e A Senhôra da Conceição, O Podêr Suprêmo, Sempre Estiveram connôsco e Sempre Estarão.
(1) -Eis um artigo que contraria o linque anteriôr. Concordo com o artigo por partilhar dessa opinião, mas não absolutamente , na "visão" pró-IsraHell do autôr.
(2) Na verdade, nem sequer êsses podem assumir essa sua pseudo "celtitude", uma vez que "os celtas"(da maneira que são impingidos ás Nações) são uma verdadeira Farsa "histórica" que não NOS pertence...
(3) Uma verdadeira Crise de Identidade gerada pela Confusão e Ignorância promovidas nas últimas 4 gerações de Portuguêses, pelo REGIME Maçónico-Sionista que tem vindo a Destruir paulatinamente tudo o que pode Destruir da NOSSA Verdadeira Identidade Espiritual, Genética , Patrimonial e Cultural.
na breve revelaçaõ que faz daquillo que sabia da dita Madre constrangida dos seus Confessores,
com a qual communicou 58 annos, e as dis e jura.
De nenhum modo era esta veneravel Madre affeiçoada a ouvir fallar couzas do Encuberto, e dizia
que era perder tempo fallar nesta materia.
Nestes tempos fui eu a Lisboa ordenar-me, e pedio-me entaõ a dita Madre vezitase da sua parte a
Madre Brizida, pessoa bem conhecida e celebrada neste Reyno, de que em o Livro do Jorge
Cardoso, que Deos tem, em o seu Agiologio traz sua vida, aonde a podem ver os curiozos.
Chegando pois a Lisboa, fui vella e a primeira couza que me diçe foi «Diga meu Padre à Madre Leocadia que em breve tempo se desinganará, e que eu a venero muito:
porque o Senhor quando no Tabor revelou a sua gloria aos seus Decípulos, nem por isso os nove que ficarão ao pie do monte deixaraõ de ser Decipulos.»
Accabando o meu negocio vim para esta Cidade do Porto, e dey conta à veneravel Madre do que a Madre Brizida me tinha dito; e ella surrindo-se, me respondeu “Meu filho, se a couza he de Deos Elle a fará entender quando for servido”.
Convento e Capela da Madre de Dêus e Monchique
em Miragaia
Passados que foraõ alguns mezes, hum dia depois de Vesperas foi a Madre para a sua Capelinha,
como custumava, e chegando à porta vio que da parte de dentro estava deitado em terra hum
homem vestido de armas brancas desde o bico do pé até a cabeça aonde tinha hum formoso Elmo,
No braço esquerdo tinha hum escudo, e nelle gravadas as armas deste Reyno, e na maõ direita
hum bastaõ!
À cabeçeira deste homem estava huma arvore, em cujo remate estava a imagem de Christo Nosso
Senhor Crucificado, e ao pé desta arvore estava a modo de hum Hermitaõ de joelhos com as
maons levantadas em oraçaõ!
Da parte direita estava huma mulher em pé toda vestida de branco com hum veo de volante pelo
rosto, a cabeça bem composta, e na maõ direita huma Custódia, e na esquerda huma Cruz.
Da parte esquerda da arvore estava hum gentil mançebo com hum Estandarte nas maons com as
Sagradas Quinas deste Reyno, e junto delle hum homem mais entrado na idade vestido ao
cumprido, como de cor roxa.
Sobre saltouse a Veneravel Madre com a vizaõ, e como era de natural intrepida, como mulher forte
quis entrar para dentro; e neste tempo lhe diçe a Mulher:
« persignate, e dize o credo como te ensinou o P. Frei Agostinho de S. Paulo», que entaõ era confessor do dito Convento, homem de muita virtude, e autoridade.
Pondose pois de joelhos, persinandose, e dizendo o Credo, ouvio claramente dizer ao mancebo,
que tinha o Estandarte na maõ, para o que estava deitado “Tu, que dormes, levantate”, e no mesmo instante se levantou.
Repilicou o mançebo para o que estava ao pé da arvore “Tu que oras, espera”,
e para o que estava junto a si “tu que vigias segueme.”
E nisto sahiraõ pela porta da Capela fora para a parte do mar lançando estas vozes “Espanha,
Espanha, Portugal, Imperio, Imperio», e isto deziaõ todos em som de guerra.
A veneravel Madre hia seguindo com a vista esta vizaõ, e vio que alem dos Capuchos se reluzia
aquella Cruz vermelha em forma de flor de Liz.
Neste tempo era a veneravel Madre Porteyra da porta de sima, e tangendose a Campainha, e
acorrendo à obbediencia vinha chorando os trabalhos da Christandade, e abrindo a porta vio a
mesma Cruz, que dantes vira, vermelha posta no ar sobre o pateo toda branca e refulgente.
Com este spiritu do que vira tomou a chave, e na parede que faz costas à Capela Mor fez com a
chave o retrato da mesma Cruz. (Naõ sei se estará ainda hoje no mesmo lugar.)
Passados alguns tempos a Madre me communicou esta vizaõ pedindo-me segredo, e o meu
pareçer. Repondi-lhe que eu era muchacho e ignorante; que consultase o seu confessor; o qual lhe diçe que se naõ inquietase com o que vira; que Deos Nosso Senhor teria cuidado de manifestallo quando fosse servido, a tempo.
Continuando pois em fervorosa oraçaõ estava huma tarde em choro, e vio que no arco da Capela
Mór estava formada huma formosa arvore semilhante a hum Platano em folhas e chaxos, porem
advertia ella que aquella Igreija lhe parecia muito maior sem comparaçaõ do que ella he, e que sobre ella estava a Imagem de Christo Crucificado, que está no arco da Capela Môr.
Ao pé desta arvore estava virado para o Altar Mor aquelle Ermitaõ que ella vio em baixo na Capela do Senhor dos Passos ao pe da arvore que fica referida. Ouvia a veneravel Madre que dizia este
homem para o Altar Mor
“Memento mei qui Afonso dixisti”
Estando assim a veneravel Madre ademirada, e suspensa, advertiu que pela porta da Igreija (ainda
que fixada) entrava hum homem de terrivel aspecto, e fazendo venia ao Senhor, se foi chegando á
Arvore, trazendo nas maons hum machado, e um ancinho de ferro.
Em todo este tempo com duplicadas repetiçoins dizia o Ermitaõ
“Memento mei qui Afonso dixisti.”
Tomou este homem o incinho, e foi esfolhando toda a Arvore, cujas folhas, assim como cahiaõ, se
sumiaõ, e da mesma sorte os chaxos, que depois das folhas foraõ arrancados, e ficou a Arvore
como se fora Estio. Feita esta Çerimonia pos de parte o incinho, e pegando do machado foi aquelle tremendo homem cortando os troncos da Arvore sem ficar um só; e ouvio a veneravel Madre huma vox sentida que sahia do Altar Mor que dizia ao cortar dos ramos
“Disipati sunt torquentes cor meum”
Dizia-me esta Madre quando me cummunicou esta vizaõ “Meu filho, cada tronco, que cahia, fazia tal estrondo que parecia se arruinava todo o Convento.”
Perguntei-lhe que fazia ao tempo que via esta vizaõ? Respondeo-me: «conformava-me com a
vontade de Deos, e pedia-lhe mizericordia»; e neste ponto, dizia ella, que o Senhor me dezia
“post tenebras spero luçem”.
Desaparecida esta vizaõ se sentia a Veneravel Madre compungida, e sentida, deu parte ao seu
confessor; e este a deo ao Guardiaõ, que entaõ era aquelle servo de Deos Frei Manoel de Jezus, e
por alcunha o Galego por ser de Monçaõ, o qual, xegando a fallar com ella, lhe diçe que continuase seus exercicios, e que quando comungase pedise a Deos lhe dese a intender as circunstancias da vizaõ, já que fora servido mostrar-lha.
Obbedeçeo a Madre, e passadas algumas Comunhoins sentio que por coluçaõ (citando) interior se
lhe dezia
«A Arvore que viste he este Reyno, cujo povo significaõ a folhas della; em os cachos se
significaõ as riquezas; os troncos que viste saõ os Fidalgos, que heide desepar e destruir porque atormentaõ os pobres e desvalidos que saõ o meu coraçaõ. Aquelle homem que viste que desfolhou, e cortou he o rrigor com que heide castigar este Reyno, pois senaõ aproveita da minha mizericordia, ofendendo-me como se naõ fora Reyno Meu. Aquelle que viste de joelhos ao pé da árvore chorando he o corpo mistico deste Reyno, em que se significaõ os poucos que me amaõ; elles me pedem me lembre deste Reyno, como prometi lembrar-me ao primeyro Rey D. Afonso Henriques.»
Perguntou a veneravel Madre por aquellas palavras ultimas “post tenebras spero luçem” bem
mostraõ que a vossa perda se hade lembrar depois que passarem os trabalhos; mas ficar aquella
arvore com troncos arematada em poucas folhinhas, que me pareçeram de couro, ao pé da vossa
Santa Cruz, que significaõ?
Ouvio entaõ que se lhe dizia:
«filha, o tronco Real deste Reyno nunca o heide accabar, ecom os poucos que escaparaõ
significados nas poucas folhas, que viste, heide augmentar este Reyno, que hade ser Imperio ate o fim do Mundo.»
Nestes tempos naõ passava dia a veneravel Madre que naõ tivese vizoins; porque todo o seu
cuidado era encomendar muito a Deos a pax deste Reyno com Castela.
Gastava no choro muitas horas e ordinariamente a estava acompanhando o Encuberto, que era
aquelle homem que ella vio deitado (como acima fica dito) ao pe da Arvore que tinha visto na
capelinha do Claustro.
Fallava com ella em Portuguez, mas nunca levantava a vizeira do elmo, e sempre o vio cuberto de
armas brancas atte as maons.
Muitas vezes me diçe a Veneravel Madre que elle era Santo: em os dias que Comungava via sahir
humas luzes extraordinarias por baixo da vizeira: perguntava-lhe a Veneravel Madre aonde habitava,e quando havia de vir a este Reyno (porque claramente dizia que era o Rey D. Sebastiaõ), e a forma em que andava no mundo, dizia, era rezervado só a Deos Nosso Senhor.
Hum dia vinha a Veneravel Madre abrir a porta de cima, de que era Porteira, e vio que diante della
vinha o Emcuberto, a trazia pela maõ aquella mulher vestida de branco, que, como fica dito, na
Capelinha tinha dito à Veneravel Madre que se persignase e diçese o Credo; e emcontramdose com
elles no Corredor, perguntou ao Emcuberto “Vos Cazastes?”
Respondeo-lhe a Mulher (que era figura da Igreija)
«este que ves me hade reformar desde a Thiara Ponteficia, ate o menor Clerigo de Menores,e ao Mundo dará Croa Imperial»
Em outra ocasiaõ estava no choro depois de Vesperas em oraçaõ quando vio entrar pela porta do
choro dentro hum homem velho bem parecido vestido de armas brancas; trazia no braço esquerdo
muitas croas, e em sua propria cabeça trazia huma bem ornada que parecia Imperial.
Vio logo entrar outros homens de varios modos no vestido e cada hum que xegava fazia profunda
venia ao Santíssimo Sacramento, e dali ajoelhavaõ ao pe do Velho, e lhe beijavaõ a maõ, e logo o
Velho lhe punha huma das croas que no braço tinha.
Hiaõ-se estes Reys pondo à roda em forma de Çirculo, e o ultimo que entrou era
ainda moço no aspecto, gentil homem de prezença muito agradavel.
Tanto que entrou lhe fizeraõ os mais grande cortezia, e o Velho o tomou nos
braços, e tirando de sua propria cabeça a Croa, a poz sobre a cabeça do moço, e o poz junto de si.
Chegou logo hum Velho em forma de Ecleziastico, e querendo beijar a maõ ao primeiro Velho, este
lhe virou as costas, e desapareçeo a vizaõ.
Pasados alguns dias andava a Veneravel Madre muito suspensa com o que vira, e estando em
oraçaõ no choro depois de Vesperas lhe apareçeo huma maõ com huma aza mui resplandeçente,
e esta maõ pegava em huma cadeia lustroza, e de grandes elos, a qual cadeya vinha acabar no
Emcuberto.
Passou a vizaõ, e à sua vista ficou muito asustada. Virouse entaõ para o Altar môr, e diçe
«Senhor, que he isto? Cadeias! Quereis prender a Portugal, e captivalo?»
Estando pois prostrada por terra, e debulhada em lagrimas, teve huma Coluçaõ interior, que lhe
dizia
Quando a Veneravel Madre me contou esta vizaõ estava muito alegre em o Senhor, çerteficando
sempre de que este Reyno era puro, e o Emcuberto havia estender a fé por todo o mundo.
Quando Elvas esteve sitiada (continua a Veneravel Madre) e o nosso exercito entrou as trincheiras,
lhe appareçeo o Emcuberto, e lhe diçe
«Eu fui o primeyro que rompi as trincheiras, e logo me seguiraõ os que foram entrando, e D. Luis de Aro tem deixado tudo porque eu o intimidei, e fiz hir fugindo. Dá graças a Deos por esta vitoria, que o Senhor me deo liçença para communicarte esta noticia, pois com tanto cuidado lhe encomendas as couzas deste Reyno.»
Cerco de Elvas, 1659, por Pedro de Santa Colomba. Biblioteca Nacional
Em huma tarde de dia de Reys, estando a Veneravel Madre rezando as Matinas por hum escrupulo
que lhe ocorreo, chegando ao Salmo que diz
“Da imperium tuum puero tuo, et Salvum fac filium ancilae tuae ”
lhe appareçeo o Emcuberto. Ella lhe diçe
“Deixai-me rezar, naõ me inquieteis, e se me ordenais que repita este verso dizei-me
para que?”
Respondeo-lhe o Emcuberto
«Amiga, esse verso, suposto se emtenda de Christo Nosso Senhor, taobem se acommoda a mim, porque me tem prometido que heide ser Imperador porque sou seu filho muito obbediente à Igreija nossa May.»
Em tempo que Évora estava em sitio pelo inimigo, se recolheu a Veneravel Madre ao choro em hum dia de tarde levando consigo 33 freiras com vellas acezas, como muitas vezes custumava.
E pedindo a Nosso Senhor restituise a cidade de Évora à sua liberdade, com o fervor da Oraçaõ
entrou pelo choro dentro huma Religioza douda que havia no Convento, e trazia huma cana na maõ, com hum papel como bandeira, dizendo – Vitoria, vitoria. -
Respondeo a Veneravel Madre – Escutai filha, que ainda naõ he tempo: e dali a hum pouco diçe
muito alegre às fereiras (sic) - Louvemos todas muito a Deos, que está Évora restaurada –
E perguntando-lhe eu por este negocio em outra occaziaõ me diçe –