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12/03/2011

QUEM FOI MESTRE LIMA DE FREITAS?


(Sítio de Rui Palmela )
 
Lima de Freitas (1927 - 1998) foi um grande pintor setubalense, desenhador e ensaista português que ilustrou mais de uma centena de livros, de que se destacou PORTO DO GRAAL publicado pela editora Ésquilo em Março 2006, com textos e ilustrações de cariz filosófico e esotérico relacionados com a “Alma Lusa” e ligados à história oculta de Portugal de que era um profundo conhecedor e estudioso.
As suas obras de arte revelam um profundo conhecimento da tradição mítico-espiritual portuguesa que através dele se revestem de uma grande riqueza. Autor de inúmeras obras, incluindo murais de azulejos de que se destacam os 14 painéis na estação do Rossio, tudo fora inspirado nos Mitos e Lendas de Lisboa, capital de Portugal  (Porto-Graal ou Porto da Paz),  lugar de Luz ou “Lux-Citânia”, que falta cumprir-se numa Nova Era Universal, a do "V Império" no dizer de Fernando Pessoa ou do  Padre António Vieira.
Mestre Lima de Freitas sabia tudo isso e só poucos entenderam a mensagem que passou nas suas pinturas , as quais  podemos ver abaixo.  Escreveu também prefácios e publicou diversos textos, tendo sido agraciado com diversos prémios. Foi também um respeitável mestre da Maçonaria (Regular) como de resto  o poeta setubalense Bocage cujo nome consta num painel de figuras destacadas daquela Ordem e foi dado à Rua onde se situa a Qtª da Regaleira ou a  "Mansão Filosofal" de Portugal, em Sintra.
Aqui ficam pois algumas pinturas de Mestre Lima de Freitas, pouco conhecidas de resto  pela maioria da população setubalense e nacional, muitos não entendendo sequer a mensagem e riqueza simbólica dos seus quadros cheios de significados, cuja beleza no entanto pode ser apreciada tanto por leigos como por eruditos, aparte uma minoria mais informada.  
                             O Graal

   
Preste João





O Milagre das Rosas

O Jardim das Hespérides
O Encoberto
A Montanha da Lua - Sintra
F. Pessoa e "O Caminho da Serpente" 
Padre António Vieira e o "Quinto Império"

    Estas são pois algumas pinturas inspiradas de Lima de Freitas com um sentido iniciático da «Alma Lusa»  que falta cumprir-se no Novo Mundo, tal como no passado, numa Nova Era Universal. Aliás, tal como dizia Gilbert Durand (um amigo pessoal do pintor), "Portugal possui em abundância os mitos da Europa... Os acontecimentos graves que estão para vir talvez permitam à Europa adquirir consciência do seu destino", sendo certo que...  "Portugal não tem razão para se envergonhar perante as restantes Nações da Europa. Pelo contrário, temos muito para ensinar-lhes, para dar-lhes",  dizia Lima de Freitas, concluindo ainda que... "A missão  tem a ver com as nossas qualidades maiores: a Fraternidade humana que temos arreigada; a ideia de universalidade; o desenho do Quinto Império"...

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